O que é a WEB 3.0?
O que é a WEB 3.0?
Caros leitores do Portal Acessa.com. Meu nome é Marcos Dalamura, sou funcionário público, ex-professor universitário, webmaster e um entusiasta de tecnologia. Mensalmente teremos um encontro aqui no Portal Acessa.com, com novidades e tendências de tecnologias, com uma abordagem simples e clara. Diariamente nos deparamos com diversas inovações, por isso gostaria de compartilhar com vocês estas novidades. Sintam-se à vontade para dar sugestões de temas. No final da coluna, teremos o INFO BITS, onde mostraremos dados estatísticos relacionados à Tecnologia. Boa leitura.
O que é a WEB 3.0?
A World Wide Web foi desenvolvida pelo programador inglês Tim Berners-Lee, em colaboração com o cientista da computação belga Robert Cailliau, e teve seu lançamento em 1991. Berners-Lee teve, é claro, a vantagem de que a Internet já existia, encontrando apoio nela e materializando o que antes eram apenas utopias. Ele implementou o software que permitia obter e acrescentar informação de e para qualquer computador conectado à Internet e, em colaboração com Cailliau, construiu um programa navegador e chamou este sistema de hipertexto de World Wide Web (a “rede de alcance mundial”).
A primeira geração da WEB teve como principal atributo a grande quantidade de informações disponíveis. Apesar disso, o papel do utilizador nesses cenários era o de mero espectador da ação que se passava na página que visitava, não tendo autorização para alterar ou editar seu conteúdo. Nesta primeira fase, ainda segundo alguns autores, surgiram os serviços disponibilizados através da rede (o comércio eletrônico, por exemplo), criando-se assim novos empregos e nichos econômicos. Entretanto, a maior parte destes serviços eram pagos e controlados por meio de licenças, ou seja, só poderia ter acesso a eles quem detivesse poder de compra.
Também nesta fase, os sites da WEB não apresentavam atualizações constantes de conteúdo e não eram interativos, pois, por mais que os usuários pudessem visitá-los, não podiam contribuir ou modificar seu conteúdo – por vezes, nem mesmo expressar sua opinião a respeito. Mesmo assim, a chamada WEB 1.0 trouxe grandes avanços no que diz respeito ao acesso à informação e ao conhecimento. A filosofia que estava por detrás do conceito da rede global foi sempre de construção de “um espaço aberto a todos, ou seja, sem um ‘dono’ ou indivíduo que controlasse o acesso ou o conteúdo publicado”.
O termo WEB 2.0, difundido em 2004 durante uma conferência de brainstorming, baseia-se no princípio da “WEB como plataforma”, na qual se desenvolvem aplicativos que aproveitam os efeitos de rede para se tornarem melhores conforme são usados pelas pessoas, aproveitando-se da inteligência coletiva dos usuários e confiando nestes como co-desenvolvedores.
A WEB 2.0 foi desta forma um ambiente de cooperação e participação: os participantes produzem e distribuem conteúdo com base em uma cultura de comunicação aberta, em que se reconhece a ampla liberdade de compartilhar e reutilizar conteúdo e onde, finalmente, não existem uma autoridade e um controle centralizados, mas uma inteligência coletiva não controlada.
Na figura abaixo é apresentada uma comparação entre os modelos de publicação de conteúdo na WEB 1.0 e na WEB 2.0. Num primeiro momento, seria possível apenas ao Webmaster, ou desenvolvedor da página, publicar conteúdos, enquanto que, na WEB 2.0, aquele que administra/desenvolve o site não é necessariamente quem cria o conteúdo do mesmo, já que seus leitores também podem criar e disponibilizar conteúdos por meio de colaboração.
Na WEB 2.0, os softwares online passam a ser entendidos como serviços, e são criados com o auxílio dos próprios usuários de acordo com suas necessidades. A WEB 2.0 proporciona livre acesso remoto aos recursos informacionais tecnológicos, uma vez que suas plataformas não são mais centradas em máquinas. Possui como ideal a utilização de todos os recursos de forma democrática, possibilitando ao indivíduo opinar, criar e trocar informações.
A WEB 3.0 ou WEB Semântica reúne as virtudes da WEB 1.0 e 2.0 adicionando a inteligência das máquinas. Nela, as máquinas se unem aos usuários na produção de conteúdo e na tomada de ações, tornando a infraestrutura da internet, de coadjuvante para protagonista na geração de conteúdos e processos. Assim, os serviços da WEB 3.0, unem-se aos usuários e aos produtores profissionais na criação ativa de conhecimento. Dessa forma, com sua grande capacidade de processamento, a WEB 3.0 é capaz de trazer para as pessoas e para as empresas, serviços e produtos com alto valor agregado por conta da sua assertividade e alta personalização, promovendo assim, a democratização da capacidade de ação e conhecimento, que antes só estava acessível às empresas e aos governos.
Comparativo da WEB 3.0 com as gerações anteriores
Até a próxima coluna com mais novidades sobre Tecnologia.