Hideo Kojima e o tapa na cara (com m?o de ferro) da Konami

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Hideo Kojima e o tapa na cara (com m?o de ferro) da Konami
Leon Cleveland 25/08/2015

Hideo Kojima e o tapa na cara (com mão de ferro) da Konami

Salve queridos leitores e desbravadores do Planeta Videogame. Como deve ser do conhecimento da maioria de vocês que leem essa maravilhosa coluna, a recente desavença entre o pai da série Metal Gear Solid, o japa Hideo Kojima, e a empresa que é a casa dessa série, a KONAMI. Também é de conhecimento de vocês que a KONAMI estava enfrentando maus bocados com finanças, chegando ao ponto de querer desistir de games para consoles e PC, dado o alto custo de produção e investimento versus o retorno recebido e faturamento consolidado.

Pois bem, tendo dito isso, vamos a segunda parte da explicação: Todo esse problema se deve, de acordo com sites especializados, como o IGN e o Gamespot.com, que o problema da KONAMI se deve aos atrasos e investimento “sem segurança”, por assim dizer, em Metal Gear Solid V: The Phantom Pain. Ora bolas, vamos raciocinar um pouco. Você tem um gênio da criação de games, responsável por obras primas que emocionaram e encantaram gamers de todas as gerações com Metal Gear Solid no PSX e Metal Gear Solid 3 no PS2, fazendo o trabalho da sua vida, o game que de acordo com sua própria campanha de publicidade: “É o elo que falta para a história ficar completa”, mas, você tem uma empresa que é publicamente conhecida por ser uma gigantesca filha da mãe com seus funcionários e fica reclamando com seu gênio que tá demorando demais para sair o que você precisa/quer. Deu para sacar a matemática do inferno que tá rolando aqui?

É o que a KONAMI tem passado.

A situação só piora. Kojima – o gênio em questão – resolve sair da KONAMI, deixando The Phantom Pain, pronto, e um dedo do meio bem visível para os empresários e acionistas, que devolvem fazendo o que? Tirando o nome do cara dos créditos. É mole? Mas Kojima não ia fazer isso sem respaldo. É claro que não. Ele estava ali, lentamente cozinhando o que seria o MAIOR e MELHOR Metal Gear Solid de, sei lá, todos os tempos. Era esse o plano.

E deu certo.

Metal Gear SOlid ainda não foi lançado. Apenas os grandes veículos receberam uma cópia para jogar e avaliar. E o que se sucedeu? Uma tonelada de nove, nove-e-meio e dez. Ressalvas para os comentários dos sites:
“ The Phantom Pain não apenas respeitou minha inteligência como jogador: ele tem expectativas para comigo, elevando-se a um patamar que poucos outros games vão ocupar.” (IGN.com – nota 100).
“The Phantom Pain é um páreo forte para um dos melhores jogos de ação já feito, mas é sem dúvida o melhor Metal Gear Solid já concebido” (Gamespot.com – nota 100)

“De forma simples, esse não é um dos melhor Metal Gears ou jogos de espionagem já feito. Esse é um melhores jogos de vídeo game já feito.” (God is a Geek – Nota 100)

“Se esse é o último jogo do Kojima, então ele está saindo no andar mais alto da indústria” (EGM – nota 95)
E segue a página do Metacritic (um site que reúne todas as críticas de um produto midiático e faz uma média aritmética do mesmo – Metal Gear Solid V se encontra com 94 de média, atualmente).

Sabem o que isso significa? Significa, KONAMI, que o problema dos jogos era o péssimo investimento. Reboots totalmente idiotas de Castlevania não vão vender. O povo não quer Gabriel Belmont. O povo quer Alucard outra vez. O povo quer 2D Scrolling com elementos de RPG e não um clone descarado – e mil vezes facilitado – de God of War! A galera, KONAMI, não quer máquinas de aposta do CONTRA: Queremos o CONTRA. Queremos que você seja a gigante que você era antes de todo o rio de titica de galinha preta que você está enfrentando.

Que esse tapa de luvas – não, luvas não. Manoplas – sirva para você aprender que investir em coisa certa não é arriscar. Em tempo: Silent Hills ERA uma aposta correta! Mas vocês prefiram demitir o Kojima. Corram atrás do prejuízo! Se a SEGA consegiu... vocês conseguem também!


Leon Cleveland é formado em Comunicação Social pelo Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora. É fã de desenhos animados, mitologias, heavy metal, culinária, gastronomia, bacon e é completamente apaixonado por games. Tão apaixonado que sua Tese de Conclusão de Curso foi "O uso da Linguagem Cinematográfica nos Games". Já escreveu para várias publicações, analógicas e digitais, sobre o assunto e planeja se especializar na recente área de "Crítica de Videogames"