Nomofobia pode ser considerada um mal do s?culo XXI
Nomofobia pode ser considerada um mal do século XXI Quando uma pessoa se torna dependente do celular e se sente desconfortável por não poder se comunicar através do aparelho, há sinais da patologia
Repórter
26/6/2010
Discretos, cabem em qualquer bolso, charmosos, sedutores, nas cores da sua preferência, tocando o seu som preferido, os celulares são considerados imprescindíveis na vida moderna. Com eles, é possível adiantar horas do dia, pois sem sair de casa dá para acessar contas bancárias, telefonar para dar e receber recados importantes, mandar torpedos para o namorado, fazer negócios na bolsa de valores e muito mais...
O aparelho é tão útil que pode fazer com que muitas pessoas se tornem dependentes dele. Há casos em que a possibilidade de ficar sem o equipamento gera um desconforto na pessoa e é aí que os especialistas emitem um sinal de alerta.
Segundo o psiquiatra César Augusto Souza Lima de Mello, quando a comunicação em tempo integral se torna um vício, uma dependência, passa a ser caracterizado uma patologia. Trata-se da nomofobia, expressão usada para designar a fobia diante da impossibilidade de comunicação, ou estar inconectável, sem um aparelho celular. A origem da expressão é inglesa, no = não + mo = mobile (telemóvel) + fobia.
Para o psiquiatra, a nomofobia pode ser considerada um mal do século XXI, já que há cerca de dez anos atrás se vivia bem sem toda essa tecnologia. Ele explica que esse transtorno é caracterizado pela angústia, sensação de impotência, incomodo forte e até mesmo por pânico que a pessoa sente ao estar incomunicável de alguma forma.
Um dos sintomas da doença, é quando a pessoa está sempre tirando o celular do bolso ou da bolsa para ficar com ele nas mãos, quando abandona tudo o que está fazendo para atender o celular e quando entra em pânico quando acaba a bateria, perde ou pensa que perdeu o celular.
O advogado Felipe Costa, tem alguns sintomas de nomofobia, porém não acha que é um problema em sua vida. Ele possui dois celulares, sendo um com dois chips, um netbook, além dos computadores de casa e do escritório. "Preciso estar conectado o tempo todo. Quando não estou em frente ao computador, uso a internet do celular", relata.