Planejamento pode diminuir gastos em viagens e facilitar a compra
Planejamento pode diminuir gastos em viagens e ajudar a encontrar pacote ideal Turista deve se preocupar com gastos com alimentação, passeios, deslocamentos e, em alguns casos, câmbio
**Colaboração
2/12/2011
Fazer um planejamento antecipado pode facilitar a vida de turistas e até mesmo ajudar a diminuir as despesas da viagem. De acordo com o economista Guilherme Ventura, quanto maior a antecedência do planejamento, maior a facilidade para encontrar destinos, pacotes e passeios acessíveis ao orçamento.
De acordo com Ventura, o turista deve tentar planejar a viagem por completo antes de fechar negócio com alguma agência. "As atrações são os principais motivos para as viagens, portanto, é ideal procurar os pontos turísticos desejados e saber quanto custa o ingresso e não apenas focar nas passagens e hotéis. O gasto com a viagem inclui todas as despesas durante o período."
Para tentar diminuir o custo, o economista orienta a busca por pacotes em que os hotéis tenham o café da manhã, além da atenção com as despesas de deslocamento dentro da cidade que será visitada. "O café da manhã no hotel já diminui uma refeição em outro restaurante. Alimentar-se bem na hora do almoço e no jantar pode ajudar a diminuir os gastos. O turista deve se preocupar, ainda, com os deslocamentos, que, às vezes, não são percebidos, mas, no somatório, podem fazer diferença."
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De olho no câmbio
O economista garante que um bom planejamento pode fazer com que a viagem se torne mais barata. "A economia varia de acordo com o destino procurado. Dependendo do local, é importante olhar a relação de câmbio. Comprar a moeda no momento em que ela está mais barata é boa saída."
Assim como o economista, o delegado mineiro da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav/MG), Varela Aragão, comenta que é importante se preocupar com o câmbio. "A Europa é um local que apresenta um custo maior devido ao câmbio. O poder de compra da nossa moeda na Europa é muito menor do que na Argentina, por exemplo. Mas, tudo isso depende do perfil de quem vai viajar, dos desejos que tem e de quanto pode gastar."
Aragão afirma que é costume dos clientes chegaram às agências de viagens com todo o planejamento definido. "É muito comum. Os clientes já pesquisam os restaurantes, os locais de passeio e, normalmente, na agência veem apenas hotéis e passagens." Varela destaca que existem opções diferentes para todos os bolsos e que a principal dica para não ser surpreendido é pesquisar os destinos na internet.
Planejamento para viajar bem
A advogada e empresária Carolina Corrêa afirma ser bem organizada, financeiramente, para viajar. "Tenho um esquema próprio para viagens. É algo que amo fazer. Quando viajo, já estou programando a próxima vez." Ela fez uma viagem recente à Itália, por 12 dias, em outubro, e conta que gosta de aproveitar ao máximo. "Gosto de fazer tudo, aproveitar bastante. Portanto, prefiro segurar as pontas durante o ano, para poder me programar e viajar com conforto. Não gosto de viajar 'mais ou menos', só para voltar e contar que fui. Gosto de viajar com dignidade."
Carolina acredita ainda que comprar passagens com antecedência pode trazer mais vantagens, além dos preços diferenciados. "Procuro emitir passagem com certa antecedência, para conseguir preços melhores. Assim, programando um tempo antes, vou acompanhando o câmbio. Quando está bom, compro um pouquinho. Tudo na vida deve ser programado. Com viagem é assim também."
Aproveitou aumento salarial
A funcionária pública Cristiane Fonseca conta que juntou dinheiro para uma viagem aos Estados Unidos durante seis meses. A quantia foi somada a um aumento salarial, com efeito retroativo, que ela receberia um pouco antes da viagem. "Recebi um valor significativo e ainda adiantei a primeira parcela do meu décimo-terceiro. Foi ótimo. Deu para comprar coisas legais, fazer bons passeios." Cristiane visitou Nova Iorque e algumas cidades da Califórnia.
A viagem ocorreu em setembro deste ano, por 12 dias. Cristiane viajou em família e ficou hospedada na casa da irmã. "Não gastamos com hotel, então, pudemos aproveitar um pouco mais. Antes de ir, minha mãe pesquisou preços da condução, dos restaurantes. Conseguimos controlar bem o dinheiro." A troca da moeda com uma taxa de câmbio mais baixa foi conseguida na sorte. "Como eu precisava do aumento salarial, tive que contar com a sorte. Acabei comprando os dólares com o valor um pouco mais barato. Acabou dando tudo certo."
*Colaborou Clecius Campos
**Victor Machado é estudante do 8º período de Comunicação Social da Faculdade Estácio de Sá
Os textos são revisados por Thaísa Hosken