Marinheiros de primeira viagem

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Marinheiros de primeira viagem
 Eduarda Guerra 22/08/2014

Marinheiros de primeira viagem

Viajar para o exterior não é algo muito fácil de se planejar, pois são necessários meses para resolver todos os problemas de documentação. Eu já tinha quase tudo em mãos: passaporte, permissão do consulado e todas as devidas taxas pagas. Me faltava apenas uma única coisa: fazer as malas.

Caro internauta, para algumas pessoas, arrumar a mala para viajar durante uma semana já é uma tarefa árdua, imagina para quem vai ficar fora por seis meses. Seis meses? Isso mesmo. Era preciso separar roupas para um verão que chegava tranquilamente aos 35 graus com sensação térmica de quarenta e um inverninho bobo que chegava aos 19 graus negativos com sensação térmica de menos 25.

Como sou do tipo de viajante que não suporta fazer as malas com antecedência, aconteceu o que era de se esperar: às 23h30 eu estava sentada no meio de uma pilha de roupas e meu voo era às 9h do dia seguinte. O que fazer neste momento de tensão?

A primeira dica aos marinheiros de primeira viagem é: olhar a capacidade de peso das bagagens para cada viajante. Isso varia de acordo com cada companhia aérea. Com isso, o problema complica, pois você precisa separar as roupas e ficar pesando a mala para ver se ela está com o peso correto.

Para quem vai viajar durante diferentes estações do ano, o ideal é separar roupas leves para o verão. Digo roupas leves e não super curtas, já que a diferença de cultura é extrema, dependendo do país que você vai, o que pode ocasionar problemas com os nativos da região.

Já para o inverno, "segundas peles" são sempre bem vindas. Essas roupas são finas e mantêm o nosso corpo aquecido e conseguimos colocar uma calça e uma blusa de lã por cima. Um bom casaco também é ideal, além de uma bota confortável para longas caminhadas.

Como vivemos num país tropical, adquirir alguns tipos de vestuário que não fazem parte do nosso clima torna-se algo muito dispendioso financeiramente. Se você vai pegar temporada de neve, vale à pena guardar dinheiro para comprar botas e casacos impermeáveis no país de destino. Além disso, a chance de você encontrar alguém com a mesma roupa no seu país de origem, será quase nula.

Depois de pensar em todas essas dicas, eu consegui fazer minhas malas e ainda restavam algumas horas de viagem até o aeroporto.

Missão cumprida! Agora era só ir para o aeroporto e seguir rumo à terra do Tio Sam. Isso não quer dizer que a aventura acaba aqui. Ela está só começando, pois de um aeroporto ao outro, podem acontecer muitas coisas. E isso, caro leitor, você só saberá daqui a quinze dias.


Eduarda Guerra é jornalista, amante da natureza e apreciadora de bons vinhos, livros e esportes ao ar livre. Com sua mochila inseparável, adora conhecer novos lugares e pessoas de culturas diferentes.