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professores e hot?is da cidade |
Ricardo Corr?a
Rep?rter
07/12/05
Mas a greve continuou, a data do vestibular se aproximou e as provas,
marcadas para os dias 10 e 11 de dezembro ficaram amea?adas. Ingrediente
suficiente para deixar ainda mais desesperado o estudante que se prepara
para um dos momentos mais tensos de sua trajet?ria acad?mica. Pais, parentes
e, principalmente, os estudantes come?aram a viver uma expectativa ainda maior
com o n?o recebimento dos comprovantes de inscri??o para o Vestibular 2006,
necess?rios para saber onde cada um far? as provas. Diante de tal situa??o, algumas pessoas classificam o sil?ncio da UFJF como
falta de respeito. Caso do consultor em marketing, Roberto
Monti (foto abaixo), que ? pai de uma candidata ao
vestibular da institui??o. Em nota enviada ? reda??o da ACESSA.com, ele diz
estranhar o comportamento da Reitoria.
A Universidade, no entanto, mant?m a postura e se os estudantes e pais de
alunos de Juiz de Fora j? se mostram indignados, os candidatos de fora est?o
em situa??o ainda mais complicada. Exatamente por isso, tanto a UFJF como os
?rg?os de comunica??o, e tamb?m os hot?is da cidade continuam recebendo
in?meras liga?es de pessoas de fora, que n?o sabem como se portar nesse
momento. A m?e de uma candidata de Belo Horizonte, por exemplo, ao ligar
para a reda??o do Portal ACESSA.com diz que n?o sabe se
traz ou n?o a filha para realizar o concurso e queixa-se da falta de
respeito, principalmente com candidatos na mesma situa??o. Preju?zo para os hot?is
Ele explicou que o que ameniza um pouco a situa??o ? que a procura maior ?
pelo Pism, que ser? realizado entre os dias 18 e 21 de dezembro. Neste caso,
70% dos estudantes j? efetuaram dep?sitos, confirmando a reserva. O que
poderia ser feito, em caso de adiamento das provas, seria adiar tamb?m as
reservas para que o cliente n?o seja prejudicado. Mas o recepcionista
explica que isso causaria outro problema. Em outro estabelecimento, o executivo-de-contas Jefri Milione tamb?m
reclama da indefini??o, por entender que atrapalha tanto os hot?is, que n?o
podem ainda contar com as reservas, quanto os estudantes, j? que boa parte
fez o pagamento da garantia.
Para o gerente de um outro hotel, Jos? Luiz Bedim, os preju?zos com
um pos?vel adiamento s?o n?tidos.
"Fica muito ruim para n?s. O hotel est? com a ocupa??o total por causa do
vestibular. Ent?o n?s estamos deixando de fazer outras reservas. Se o
vestibular for adiado e essas reservas forem canceladas isso estaria nos
prejudicando", explicou ele. Defini??o da Apes pode resolver o
impasse Mas uma defini??o mesmo s? na manh? desta quinta-feira, dia 8, quando os
professores voltam a se reunir em assembl?ia. Na ?ltima, realizada no dia 5,
a maioria esmagadora decidiu pela perman?ncia do movimento.
O presidente da Apes em Juiz de Fora, professor Agostinho Begheli,
n?o quis fazer previs?es sobre o que pode acontecer nessa assembl?ia. Sobre
o vestibular, ele diz que a quest?o cabe ? UFJF, mas particularmente ele
entende que n?o ? poss?vel a realiza??o das provas com os professores
paralisados.
No meio de toda a essa quest?o confusa ainda existe uma determina??o da
justi?a que obriga que os professores voltem parcialmente as atividades. No
entanto, somente na noite de ter?a-feira, dia 6, a Apes recebeu a
comunica??o oficial e por isso o prazo para cumprir a ordem iria at? o fim
do dia de sexta-feira, dia 9. Os advogados da institui??o foram ? Bras?lia para tentar uma a??o cautelar
que anule a decis?o da ju?za Silvia Elena Petry Wieser. Eles alegam que a
greve ? um direito constitucional e por isso v?o brigar at? o fim para que
seja cumprido. E enquanto a Justi?a decide se os professores t?m ou n?o raz?o, a Apes
decide se as atividades voltam ou n?o e a UFJF decide se realiza ou n?o as
provas, os alunos esperam e permanecem em casa, de olho nas caixinhas de
correio ? espera dos comprovantes e das not?cias que v?o decidir como ser? o
final de semana.
Se desagrada os estudantes de fora, ?bviamente a indefini??o tamb?m faz o
mesmo com os representantes de hot?is da cidade. Embora comemorando a taxa
de
ocupa??o alta, muitos deles se queixam de como pode acabar essa hist?ria que
j? rende uma agonia de semanas. Em um dos hot?is de Juiz de Fora, o
recepcionista Lucas Gaio explicou que recebe cerca de dez liga?es
por dia de pessoas de fora, preocupadas com a realiza??o ou n?o das
provas.
A UFJF ainda espera a pr?xima reuni?o da Apes para decidir se vai ou n?o falar sobre isso. Na noite
desta quarta-feira, dia 7, o comando de greve estaria reunido para tentar
analisar o novo projeto de lei no qual o Governo repassa R$ 650 milh?es para
o reajuste dos servidores. A proposta do MEC prev? um aumento de 9,2% em m?dia, acima da infla??o,
e que ser? pago a partir de janeiro para 75% dos 72 mil professores com
titula??o (mestrado ou doutorado).