M?rcio Sotto Maior
Oftalmologista concilia a medicina com a pr?tica do arco e flecha
Ana Let?cia Sales
31/03/03
Desde crian?a, o m?dico oftalmologista, M?rcio Sotto Maior (foto ? direita), conta que j?
adorava brincar de arco e flecha. "Eu constru?a meus pr?prios arcos com
bambu e sa?a atirando. Meus alvos preferidos eram as bananeiras", relembra.
Formado em Medicina no ano de 1975, M?rcio Sotto come?ou a praticar o arco e flecha tamb?m por
influ?ncia da fam?lia. "Meus tios e av?s praticavam tiro e eu, como gostava
de atirar com flechas, resolvi investir nessa modalidade", diz.
Mas foi somente em 1992 que o m?dico come?ou a praticar seus dotes como arqueiro, profissional
na modalidade de arco composto (foto ? esquerda). "Esse tipo de arco possui
roldanas em cada uma de suas extremidades, sendo mais veloz que o arco
recurvo, este utilizado nas olimp?adas. O arco composto n?o ? uma modalidade
ol?mpica, mas o objetivo ? o mesmo do arco recurvo: quanto mais ao centro se
acertar o alvo, mais pontos ganha", explica o m?dico-atleta. Competi?es na velocidade da flecha
Desde que se tornou adepto do esporte, M?rcio Sotto ganhou muitos pr?mios,
inclusive em competi?es internacionais. Em Minas Gerais, com as provas
sempre realizadas em Belo Horizonte, ele venceu sete
competi?es. J? nos campeonatos brasileiros foram quatro vit?rias (em 93,
94, 96 e 97). O oftalmologista ainda ganhou o torneio sul-americano, em 1996
no Rio de Janeiro. Esteve ainda nos pan-americanos de Cuba e San Salvador,
quando participou do campeonato de equipe, e levou medalhas de prata e
bronze. Tamb?m esteve em campeonatos mundiais na Indon?sia,
Fran?a, Canad? e Inglaterra.
Segundo M?rcio Sotto, em Juiz de Fora essa modalidade n?o ? praticada. "Em Minas,
em geral, s?o poucos competidores", diz. Ele costuma treinar no condom?nio, onde
tem uma grande ?rea verde e um local preparado para os treinos. Apesar de
todo o empenho, M?rcio revela que os filhos n?o quiseram seguir seus passos.
"Eles j? treinaram um pouco mas acabaram partindo para outros esportes", diz.
Esporte para toda a vida
Sempre de "olhos bem abertos" nos seus alvos, o oftalmologista conta que pretende
praticar o arco e flecha at? quando ag?entar. "Essa ? uma das vantagens
desse esporte, voc? n?o precisa ter um porte atl?tico ou um grande preparo
f?sico. Existem competidores em cadeiras de rodas e pessoas da terceira
idade que praticam o arqueirismo sem nenhum problema", afirma. E daqui pra frente o plano do m?dico ? continuar competindo sempre. A
pr?xima prova acontece em Pira? no estado do Rio de Janeiro. "Vou competir
no Campeonato Brasileiro de Field", diz. Nessa modalidade o
competidor precisa entrar em uma mata e l? procura os alvos (que j? est?o
previamente marcados). Eles ficam em diversas posi?es e nos lugares mais
inusitados. Ganha quem fizer maior n?mero de pontos.