"Triagem auditiva em crianças escolares"

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Triagem auditiva em crian?as escolares

::: 16/11/2005

O sistema auditivo dever? estar completamente formado desde o nascimento. A partir desse instante o beb? pode reagir aos sons ambientais de forma reflexa ou atenta, fatores que est?o integrados no processo de comunica??o.

Nos primeiros anos de vida, o desenvolvimento das habilidades auditivas pode ser feito pela detec??o e localiza??o sonora, discrimina??o, mem?ria, reconhecimento e compreens?o auditiva.

Para que esse desenvolvimento possa ocorrer da melhor maneira poss?vel, faz-se necess?rio ? integridade do sistema auditivo, experencia??o sonora e intera??o da crian?a pequena com parceiros comunicativos adultos ou mesmo com outras crian?as, que ir?o desempenhar o papel de tentar interpretar as manifesta?es de comunica??o e propiciar o acesso ? linguagem.

As altera?es auditivas podem estar relacionadas a altera?es no sistema auditivo perif?rico (malforma?es, infec?es ou les?es na orelha m?dia e interna), podendo ocorrer no momento do nascimento ou ao longo da vida da pessoa. Essas altera?es denominadas perdas auditivas podem acarretar diminui??o na capacidade de ouvir. Quando existe d?ficit no processamento da informa??o pela via auditiva, denomina-se desordem no processamento auditivo. Neste ?ltimo caso, a audi??o encontra-se quantitativamente dentro dos padr?es de normalidade, por?m a pessoa n?o consegue compreender com clareza o que ouviu.

Tanto as perdas auditivas como as desordens no processamento auditivo podem trazer s?rias conseq??ncias para o desenvolvimento da linguagem, como tamb?m podem dificultar as rela?es sociais, comprometer o comportamento escolar, fragilizando as emo?es da crian?a. Por esses motivos, o diagn?stico e o tratamento devem ser realizados o quanto antes, de prefer?ncia logo que detectada qualquer d?vida a respeito da audi??o, da linguagem e da aprendizagem escolar da crian?a.

A import?ncia da triagem auditiva para as escolas ? a de avaliar crian?as para verificar poss?veis altera?es no sistema auditivo perif?rico (infec?es, malforma?es e les?es na orelha m?dia e interna) e/ou a ocorr?ncia de uma perda auditiva. Para tanto, pesquisa-se os limiares auditivos por via a?rea, as condi?es da orelha m?dia em transmitir o som captado e o reflexo estap?dio.

As desordens do processamento auditivo s?o diagnosticadas a partir de exames espec?ficos (avalia??o do processamento auditivo) e da observa??o de manifesta?es comportamentais da linguagem compreensiva e expressiva (oral e escrita), comportamento social e desempenho escolar realizados no ambiente familiar e da escola. Esses exames e avalia?es s?o realizados por fonoaudi?logos. O tratamento dessas altera?es acontece, progressivamente, em sess?es de fonoterapia.

Para que se possa realizar uma an?lise mais detalhada sobre o comportamento das crian?as que apresentam dificuldades escolares, quando est?o relacionadas ?s desordens do processamento auditivo, sugerimos que a escola, previamente, responda a um question?rio espec?fico, elaborado pela equipe de profissionais que estar? realizando os exames.

O question?rio ter? como objetivo oferecer subs?dios importantes com rela??o a fatores relacionados ?s condi?es de comportamento, escolaridade, interpreta??o sonora, que ser? analisado pela mesma equipe profissional, como dados complementares aos exames espec?ficos de detec??o de perdas auditivas e de desordens do processamento auditivo. Num terceiro momento, quando necess?rio, algumas crian?as poder?o necessitar de avalia??o mais detalhada para efeito de diagn?stico diferencial entre padr?es de normalidade e altera?es auditivas.

*Colabora??o da fonoaudi?loga Let?cia Guedes Cintra, professora da disciplina Audiologia Educacional do Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora-MG


Cal Coimbra
? psic?loga e fonoaudi?loga especialista em voz
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