Parada Gay reúne três mil pessoas no Calçadão

Evento trouxe de volta às origens da Rainbow Fest em Juiz de Fora

A 12ª edição da Parada do Orgulho Gay de Juiz de Fora atingiu as expectativas do Movimento Gay de Minas Gerais (MGM) e reuniu cerca de três mil pessoas no Calçadão da rua Halfeld durante a tarde deste sábado, 23 de agosto, de acordo informações da Polícia Militar (PM).

Segundo o presidente do MGM, Oswaldo Braga (foto abaixo, à direita), o evento foi um sucesso. "As pessoas compareceram. Nós resgatamos o conceito do primeiro Rainbow Fest em Juiz de Fora, que aconteceu no Parque Halfeld. O formato é novo para algumas pessoas, mas para nós já deu certo. Estamos com a sensação de que tem muita gente, já que na Rio Branco ficava espalhado e aqui estamos juntos", explica.

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O também presidente MGM, Marco Trajano (foto abaixo, à esquerda), disse que o público atendeu as expectativas. "Está ótimo. O público atendeu nosso chamado e compareceu. A característica de Juiz de Fora é de uma cidade acolhedora, então estamos muito felizes com o resultado", garante.

Com o tema #SomosTodosFemininos, o evento teve a artista plástica Karina Santana como rainha da Parada. "Represento não só uma causa ou um gênero, mas milhares de pessoas. Luto para que a sociedade dê vez e voz ao feminino" destaca a rainha.

O público também abraçou a causa. Pela primeira vez no evento, a estudante Camila Griotti, 25, gostou da festa. "É a minha primeira que venho e estou gostando muito. Está muito tranquilo", diz. Na opinião do também estudante Guilherme Rodrigues, 21, a mudança de local fez bem. "Aqui estamos mais juntos, todo mundo perto e muito mais fácil de encontrar alguém. A música também está ótima", opina.

O evento também teve a distribuição de cerca de 30 mil preservativos para o público presente, através de uma parceria da Secretaria de Saúde com faculdades de enfermagem da cidade. Cerca de 50 pessoas trabalharam na ação. "Nossa ideia é motivá-los a se prevenir contra Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs)", diz a estudante de enfermagem, Elaine Soares.

Outro lado

Na contramão dos elogios, houve quem não gostou da mudança de local. O ambulante Vilmar Pires, 45, notou queda no movimento. "Está muito fraco o movimento. Nos outros anos foi bem melhor, quando era na avenida Rio Branco", lamenta

Rainha de bateria do MGM há 3 anos, Natasha Housti, também lamentou a mudança de local. "Não é muito agradável. Eu gosto mais quando saímos juntos. Mas o importante é a festa", conclui.

Para a realização da Parada Gay, a PM fechou a entrada do Calçadão da rua Halfel, da rua Batista de Oliveira e da São João.