Coletivo CIDA apresenta trilogia de dança no Palco Central de Juiz de Fora
Espetáculos exploram a marginalização social através da dança; peça fica em cartaz nos dias 28 e 29 de agosto.
O Coletivo Independente Dependente de Artistas (CIDA), do Rio Grande do Norte, chega a Juiz de Fora com a "Trilogia em Dança-Tragédia", uma série de três espetáculos coreografados pelo juiz-forano René Loui. As apresentações fazem parte do evento Ocupa Dança 2024 e acontecerão no Cine-Theatro Central nos dias 28 e 29 de agosto, abordando questões sociais e a inclusão de grupos marginalizados.
Segundo a companhia, as três peças discutem a estigmatização, desumanização e invisibilidade de diferentes grupos sociais. As obras "Corpos Turvos", "Reino dos Bichos e dos Animais, Esse é o Meu Nome" e "Insanos e Beija-Flores a Dois Metros do Chão" utilizam a dança como ferramenta para questionar e retratar as dificuldades enfrentadas por pessoas negras, LGBTQIAPN+, com deficiência, transtornos mentais, entre outros.
Sobre os espetáculos
Corpos Turvos: A primeira peça da trilogia foca na urgência da sobrevivência e na busca por empatia, pedindo que os corpos representados deixem de ser apenas estatísticas. Com uma abordagem inclusiva, a coreografia se adapta às possibilidades de cada dançarino, especialmente aqueles com deficiência. Classificação indicativa: 16 anos.
Reino dos Bichos e dos Animais, Esse é o Meu Nome: Inspirado nas poesias de Stella do Patrocínio, a peça não é sobre, mas sim para Stella. O espetáculo propõe uma reflexão sobre a exclusão social e os limites entre dança e teatro, abordando temas como a marginalização de pessoas negras, LGBTQIAPN+, e outros grupos. Classificação indicativa: 16 anos.
Insanos e Beija-Flores a Dois Metros do Chão: A obra final da trilogia, inspirada em fatos reais, aborda as perspectivas de indivíduos que vivem encarcerados e explora o limite entre insanidade e arte, inspirado pela vida do artista plástico Arthur Bispo do Rosário. Classificação indicativa: 14 anos.
Programação extra
Além das apresentações, o Coletivo CIDA participará de um bate-papo aberto ao público no dia 30 de agosto, no Teatro Paschoal Carlos Magno, discutindo os temas abordados nas obras e os processos criativos envolvidos.
Sobre o coreógrafo e o coletivo
René Loui, natural de Juiz de Fora e residente em Natal, é o coreógrafo por trás da trilogia. Com formação em Artes Cênicas e Design, Loui é um dos fundadores do CIDA e é conhecido por explorar temas de estigmatização e desumanização em seus trabalhos. O CIDA, fundado em 2016, é um coletivo de dança contemporânea conhecido por sua produção experimental e inclusiva, com membros de diversas regiões do Brasil e forte atuação no cenário cultural do Rio Grande do Norte.
Ocupa Dança 2024
O evento Ocupa Dança 2024 celebra a dança e a arte em Juiz de Fora com uma programação diversificada que inclui mostras, espetáculos, oficinas e debates. O objetivo é fortalecer a comunidade artística local e proporcionar uma vivência rica em dança e cultura para os moradores da cidade.
As apresentações são acessíveis, contando com recursos de LIBRAS e audiodescrição.