Picol? pet promete refrescar o calor dos animais
Picolé pet promete refrescar o calor dos animais de estimação
O sol quente e as sensações térmicas que passam dos 30°C não só nos incomodam, mas também nossos pets. Na última semana, falamos de produtos criados para ajudar cães e gatos se refrescarem no dia a dia.
Quem nunca sentiu vontade de dar uma colherzinha do sorvete para seu cãozinho durante aquele passeio na pracinha do bairro? Pois é, não é indicado. Mas, uma sorveteria de Juiz de Fora criou picolés e sorvetes com receita adequada, atendendo as restrições dos animais.
O gerente geral Rodolfo Nonato conta que era muito comum ver os donos, que iam até o estabelecimento tomar a guloseima gelada, dar um pouquinho para o bichinho. Afinal, é difícil resistir a carinha de 'pidão' deles! “Foi aí que vimos que não existia ninguém no mercado local que oferecesse o produto adequado para animais. Vimos a necessidade de atender este público. Fizermos uma pesquisa sobre as restrições alimentares com veterinário e elaboramos uma receita”.
Todo o cuidado foi tomado para evitar problemas com os clientes de quatro patas. “O produto é sem gordura, adoçante, corante, açúcar e lactose. Adicionamos apenas mel, que é o único adoçante que não faz mal para o animal. O palito de madeira do picolé, trocamos por um feito de 'ossinho' comestível. Temos opção iogurte de morango e de banana".
A dermatologista veterinária Helena Feio Motta destaca que é importante os proprietários evitarem oferecer para os cães e gatos produtos com lactose, por não possuírem capacidade de degradação da substância, podendo causar distúrbios digestivos. “Hoje em dia, é comum encontrarmos estabelecimentos que possuem fórmulas exclusivas de sorvete para os pets. O importante é salientar que o cardápio deve ser assinado por um médico veterinário, para assegurar que nenhum ingrediente causará intoxicação”, orienta.
Atualmente, já é possível encontrar no mercado refrigerantes, cervejas e sucos para cães e gatos, que são uma alternativa refrescante para o verão, porém, é importante se ater aos ingredientes utilizados em tais produtos. Ela explica que alguns animais podem apresentar uma hipersensibilidade alimentar se ingerirem principalmente aditivos, conservantes e corantes, que são ingredientes contidos em tais produtos. “Podem exacerbar as respostas inflamatórias do animal causando-lhe alergia, o ideal é consultar o médico veterinário de confiança para que sejam diagnosticados os agentes alérgicos, para que os mesmos sejam evitados”.
Para quem procura uma opção caseira, uma boa alternativa que a veterinária dá é colocar cubos de gelo na água, congelar alimento úmido e oferecer como picolé, assim como fazer a guloseima com frutas em formas de gelo.
Cuidados no verão
Cães e gatos possuem poucas glândulas sudoríparas, que são responsáveis pela troca de calor do animal para o ambiente, fazendo com que a habilidade de dissipar o calor corporal seja naturalmente reduzida.
“Para combater a alta sensação térmica, os animais tendem a desenvolver algumas técnicas para se sentirem confortáveis. Gatos, por exemplo, aumentam a constância na lambedura do ventre e das patas, para que a saliva em contato com os pelos criem uma barreira de umidade amenizando o calor. Já os cães ficam a maior parte do tempo com a boca aberta e podem se apresentar ofegantes”.
Confira algumas recomendações importantes da dermatologista veterinária:
- É aconselhado a troca de água dos bebedouros mantendo-a sempre fresca e limpa. Uma boa alternativa é manter bebedouros de cerâmica ou de barro que tem a capacidade de manter a água fresca por maior tempo.
- Controlar a temperatura ambiente mantendo-a mais fresca possível.
- Oferecer a alimentação em horários em que a temperatura esteja mais amena, colabora para uma digestão satisfatória. A reação química que ocorre no momento da digestão libera muito calor, alguns animais tendem a diminuir a ingestão de alimentos por este motivo.
- Ter cuidado a exposição solar excessiva, evitando passeios em horários mais quentes e quando for necessário, utilizar protetor solar. No mercado há disponível este produto especificamente formulado para o ph da pele animal, não havendo aditivos tóxicos que podem ser ingeridos. Os protetores solares pet também são mais espessos, garantindo a sua fixação e possuem um sabor amargo que repele às lambeduras.
- Banhos semanais podem ser adotados, desde que com produtos específicos para a pele animal e a tosa é recomendada, principalmente em animais muito peludos.