Meio Ambiente

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Meio ambiente de Juiz de Fora: um breve diagn?stico

Fauna e flora protegidas contra o desmatamento. Um rio polu?do que recebe cuidados especiais e a qualidade do ar que n?o requer muita preocupa??o. Esse ? o diagn?stico ambiental de Juiz de Fora. Conhe?a os detalhes...

23/10/98

Mananciais, encostas, ?reas de mata nativa s?o protegidas pela Lei 9605/98 do Meio Ambiente. Mas algumas dessas ?reas recebem um tratamento espec?fico, o que garante uma fiscaliza??o mais eficiente. As principais unidades de conserva??o ambiental localizadas em Juiz de Fora s?o:


* No vocabul?rio ecol?gico, existem algumas diferen?as entre esses termos: reserva biol?gica ? uma ?rea p?blica reservada a regenera??o da fauna e da flora. N?o ? permitido o acesso ao p?blico. S?o concedidas licen?as especiais, em caso de pesquisa cient?fica. No parque, ? permitida a visita??o do p?blico para passeios, pr?tica de atividades esportivas e educa??o ambiental. J? as ?reas de prote??o s?o propriedades particulares onde ? permitido o acesso. Na ?rea de preserva??o permanente ? permitido lazer contemplativo atrav?s de visitas programadas.

?reas como o Parque do Museu Mariano Proc?pio, Parque Halfeld, Pra?a Alfredo Lage, Morro do Imperador, entre outros como s?o protegidas pela lei 6905 e s?o de menor porte n?o exigem uma legisla??o pr?pria.

Existem tamb?m ?reas de prote??o especial que s?o as bacias hidrogr?ficas formadas pelas represas Dr. Jo?o Penido, S?o Pedro e Ribeir?o Esp?rito Santo. Apesar de integrarem a Bacia Hidrogr?fica do Paraibuna, com o decreto do munic?pio elas adquirem um status legal que facilita sua preserva??o e fiscaliza??o, garante o ge?grafo da Comiss?o Municipal de Meio Ambiente e Recursos Naturais- Comar- , Marco Ant?nio Garcia Moreira.

O Rio Paraibuna

O Paraibuna ? um rio de porte m?dio com extens?o de 166km, que nasce no Munic?pio de Ant?nio Carlos e des?gua no Rio Para?ba do Sul. Entre as cidades que banha, Juiz de Fora ? a maior e, conseq?entemente, ? a grande respons?vel por sua polui??o. S?o jogados no rio 1100 litros de esgoto dom?stico e industrial. De acordo com a Cesama, os principais poluidores s?o os efluentes industriais, o esgoto dom?stico e os res?duos dos postos de combust?veis. S?o detectados produtos qu?micos e derivados como corantes para tingimento, soda c?ustica, cloro, s?dio, merc?rio, f?sforo, detergentes, fixadores, ?leos, graxas, entre outros. Os agrot?xicos tamb?m contribuem para a polui??o do rio.

O quadro justifica a necessidade de a?es espec?ficas, como a Campanha ?Rio Paraibuna. Te quero Vivo?, lan?ada em 1997. O objetivo ? conscientizar a popula??o sobre a necessidade de se preservar o rio. Al?m da divulga??o na forma de botons, camisas, cartazes, out-doors, placas, a campanha tem o apoio das escolas, que v?m promovendo v?rias manifesta?es pela preserva??o do Paraibuna.

Est?o em curso programas paralelos que visam melhorar o aspecto e as condi?es sanit?rias do rio. S?o realizadas capina e ro?amento das margens, dragagens peri?dicas em toda a extens?o e o Demlurb, com aux?lio de dois barcos, percorre o rio diariamente para a retirada de lixo e entulhos. De acordo com o Departamento de Limpeza Urbana, na ?poca do lan?amento da campanha eram retiradas 3 toneladas de lixo por m?s. Onze meses depois, esse n?mero caiu para 300 quilos.

Outra a??o importante ? a constru??o da 1? Esta??o de Tratamento de Esgoto, na Barreira do Triunfo, dentro da ?rea onde est? sendo instalada a f?brica da Mercedes-Benz do Brasil. A esta??o vai tratar os efluentes da montadora e o esgoto das resid?ncias do bairro. Ter? capacidade de tratar de 10 a 20 litros por segundo. O custo do investimento ? de R$ 1 milh?o, sendo 80% dos recursos do programa Pr?- Saneamento/ Minist?rio do Planejamento e o restante da pr?pria Cesama. H? planos de se construir outra ETE no Bairro Benfica, com capacidade de 250 litros/segundo. O n?mero ideal de esta?es ainda est? sendo definido com base no Plano Diretor de Esgotos. Al?m disso, tem papel importante no combate ? polui??o a Barragem de Chap?u D?uvas, que atua como regularizadora do Rio Paraibuna.

Polui??o atmosf?rica

Se por um lado, a polui??o das ?guas preocupa, por outro a atmosf?rica n?o demanda tantos cuidados. O coordenador da Comar, Wilson Ac?cio, afirma que esse tipo de polui??o existe na cidade, mas em compara??o a outros munic?pios, n?o ? t?o acentuada. Quando acontece algum incidente, a Prefeitura recorre ? Funda??o Estadual do Meio Ambiente, que contrata uma empresa para averiguar o ?ndice de polui??o atmosf?rica.

A polui??o no centro da cidade ? uma quest?o que o curador do Meio Ambiente, promotor J?lio C?sar da Silva, pretende investigar. Ele est? reabrindo um processo iniciado em 1993, pelo ent?o promotor Francisco Jos? Lins do R?go, denominado Fuma?a Negra, que est? parado desde 1996. O objetivo era pesquisar os n?veis de mon?xido de carbono expelidos pelos ve?culos que passavam pela Avenida Rio Branco. Hoje passam, no local, 40 mil ve?culos por dia (a frota na cidade chega a 115 mil).

A Secretaria Municipal de Transportes (Settra) e a PM t?m um prazo de 30 dias para verificar os n?veis da polui??o atmosf?rica na regi?o central, atendendo ao pedido do curador. Para o secret?rio municipal de Transportes, Luiz Carlos de Carvalho, a frota de ?nibus nova j? contribui para diminuir a emiss?o de poluentes. A restri??o dos hor?rios de carga e descarga e a constru??o de terminais de coletivos em pontos estrat?gicos da cidade, medidas em estudo pela secretaria, tamb?m devem diminuir o problema.

O comandante da 99? Companhia de Tr?nsito da Pol?cia Militar (PM), capit?o Emerson Campos, pretende realizar blitze para observar se h? irregularidades, mas, segundo ele, a PM n?o disp?e do aparelho utilizado para medir a emiss?o de fuma?a, o fum?metro.

Colabora??o Emilene Campos,
estudante do 7? per?odo
da Faculdade de Comunica??o da UFJF

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