Arquiteto
Como est? o mercado de trabalho
Apesar disso, Rog?rio admite que exercer esta profiss?o ? algo dif?cil, dado ? imagem que o arquiteto tem na sociedade. ?A popula??o v? o arquiteto como mero ?embelezador? de ambientes e constru?es. Algo elitista e sup?rfluo?, desabafa. Por conta desta distor??o, muitas obras s?o realizadas na cidade sem a consultoria de um arquiteto. A situa??o ? completamente diferente na Europa. Durante o per?odo que fez mestrado em Barcelona na Espanha, Rog?rio pode perceber como o arquiteto ? reconhecido nestes pa?ses.
Segundo ele, at? a carga hor?ria do curso de gradua??o ? maior, cerca de seis horas. ?Se no Brasil, para uma constru??o ser aprovada, exige-se a supervis?o do engenheiro, em pa?ses europeus, a obra ? embargada se n?o tiver a assinatura de um arquiteto?, argumenta.
O que impede a valoriza??o do profissional, segundo o professor Klaus Chaves Alberto, ? o mito de que o arquiteto encarece o custo da obra. ?O arquiteto trabalha com o or?amento que o cliente quiser?, enfatiza. Isso quer dizer que o profissional pode apresentar solu?es criativas e funcionais com os mesmos gastos.
Al?m destas dificuldades, o profissional n?o pode contar com um sal?rio fixo no in?cio do m?s . Apesar do piso salarial estar fixado em seis sal?rios m?nimos, a maioria dos profissionais da cidade trabalha como aut?noma. Rog?rio Mascarenhas Aguiar que integra o IAB de Juiz de Fora, diz que apenas a Prefeitura emprega arquitetos na cidade. As construtoras geralmente solicitam a consultoria para este ou aquele projeto. ?Por isso, o arquiteto deve ter em mente o trabalho e n?o emprego?.
Como o volume de projetos n?o ? constante, h? meses em que o arquiteto pode receber bem menos que o fixado pelos sindicatos. Em alguns casos, muito mais. A oscila??o salarial ? a ?nica regra. Mas nem s? de lamenta?es vive o arquiteto. A profiss?o tem l? suas compensa?es. A maior delas, segundo Rog?rio Mascarenhas Aguiar, ? ver o projeto concretizado. N?o ? para menos que o trabalho que lhe deu mais prazer de realizar foi o planejamento do centro cultural Privil?ge.
O trabalho foi intenso, mas em poucos meses o estilo arquitet?nico da casa noturna j? era coment?rio na cidade. ?Gastamos cerca de 3 mil horas planejando desde o design dos m?veis at? o piso mais adequado para a pista de dan?a,? comemora.