Juiz de Fora 150 anos em um minuto:
Os fatos e personalidades que constru?ram a hist?ria da cidade.
Novas cr?nicas todos os dias, de segunda a sexta.
Uma iniciativa da R?dio FM Itatiaia e do JFService
02/05/2000
Em 1948, Juiz de Fora via nascer um pr?dio com fachada em estilo Art
D?co, bem no cora??o da cidade. Naquele ano, era inaugurado o
Cine Palace,
na esquina das
ruas Halfeld e Batista de
Oliveira. O cinema, com
capacidade para mil e cinco pessoas, possu?a sala de espera, com paredes
cobertas por espelhos bisot? importados da Fran?a. Na programa??o da
?poca, eram exibidos, principalmente, musicais. Cineastas e artistas
famosos, como a atriz Leila Diniz, chegaram a visitar a cidade para
acompanhar de perto a abertura de festivais de cinema brasileiro, exibidos
no Cine Palace. Depois de anos abrigando produ?es italianas e tamb?m
filmes do mito Greta Garbo, o cinema fechou suas portas em 1985. Deste
per?odo at? o ano passado, o pr?dio permaneceu totalmente abandonado,
servindo inclusive de moradia para a popula??o de rua. Somente ap?s sete
meses de obras de recupera??o, o espa?o reabriu suas portas em primeiro de
setembro de 1999. O novo nome, Cinearte Palace, serviu para inaugurar
uma nova realidade do pr?dio. Tombado pelo Patrim?nio Hist?rico do
Munic?pio, a constru??o foi totalmente remodelada, passando a abrigar duas
salas de cinema, com 225 e 181 lugares, e ainda uma cafeteria.
O imponente pr?dio da antiga prefeitura, localizado na esquina da Avenida
Rio Branco com a Rua Halfeld ?, com certeza, um dos cart?es postais de Juiz
de Fora. Mas al?m de sua import?ncia arquitet?nica, a constru??o tamb?m tem
hist?ria. No local onde foi erguida, moravam o comendador Henrique
Guilherme Fernando Halfeld, considerado o fundador da cidade, e sua mulher,
C?ndida Carlota. Em 1852, o casal vendeu a propriedade para a comiss?o
encarregada de adquirir os edif?cios para a casa da c?mara e a nova cadeia
de Santo Ant?nio do Paraibuna, que come?ava a florescer como cidade. As
obras de constru??o do pr?dio "Reparti?es Municipaes" (foto) come?aram em 1916,
ficando sob a responsabilidade da empresa Pantaleone Arcuri e Spinelli, que
abusou do estilo ecl?tico neo-cl?ssico, compondo o cen?rio do Parque
Halfeld. Dois anos depois, era inaugurado o im?vel mais imponente do
cora??o da cidade. Tombado pelo patrim?nio p?blico em 1983, o espa?o ?
considerado como o marco da passagem da vila para munic?pio. Com o
crescimento da cidade, o pr?dio se tornou pequeno para abrigar a
Administra??o Municipal, que foi transferida para o pr?dio da antiga Rede
Ferrovi?ria Federal, na Avenida Brasil. A antiga prefeitura se transformou
ent?o na sede da Funalfa, continuando seu legado de ber?o da cultura nestes
150 anos de Juiz de Fora.
Houve uma ?poca em que o carnaval de Juiz de
Fora n?o se restringia apenas
aos tr?s dias de folia. ? que antecedendo ao carnaval, existiam as batalhas
de confete, como eram chamadas as festas pr?-carnavalescas que animavam as
ruas da cidade nas noites que antecipavam os dias oficiais de folia. Elas
aconteciam em v?rias ruas, sempre organizadas por comerciantes ou
moradores do local, como em Benfica e nas ruas Batista de
Oliveira e S?o
Mateus. Mas nenhuma delas tinha o brilho e a anima??o como as das ruas
Halfeld (foto) e Marechal Deodoro. Por causa de uma grande rivalidade, cada uma
procurava caprichar mais que a outra e garantir o desfile mais bonito. Pela
Rua Halfeld, o organizador principal era o comerciante Cec?lio Sampaio,
propriet?rio da loja de tecidos Evolu??o e que, na ocasi?o, vendia tamb?m
artigos de carnaval, como confetes, serpentinas e lan?a-perfumes. Seu rival
na Rua Marechal Deodoro era o famoso "foli?o" Ant?nio Couri, dono da Casa
Brasil, na parte baixa da rua onde a batalha acontecia. Couri, conhecido
como foli?o n?mero um da cidade, ajudava tamb?m na organiza??o das batalhas
de confetes em outras ruas e bailes, como os do Tupi, de que foi diretor
social.
Cr?ditos:
Texto e ?udio - Equipe de Jornalismo R?dio FM Itatiaia JF
Edi??o Internet e recursos digitais - Equipe JFService / ArtNet