Juiz de Fora 150 anos em um minuto:
Os fatos e personalidades que constru?ram a hist?ria da cidade.
Novas cr?nicas todos os dias, de segunda a sexta.
Uma iniciativa da R?dio FM Itatiaia e do JFService
05/05/2000
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Aristocracia Rural - cap?tulo um
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No final do s?culo passado, a Zona da Mata despertou a aten??o de
agricultores mineiros, principalmente quando a cultura do caf? passou a
apresentar resultados compensadores. Com isso, tradicionais fazendeiros de
outras regi?es do estado se transferiram para Juiz de Fora, formando aqui
pequenos distritos. Como a cidade ainda n?o apresentava atrativos, os
propriet?rios de terra permitiam que os visitantes ficassem instalados em
suas fazendas. O interc?mbio social entre as fam?lias ocorria por meio de
grandes festas e reuni?es, normalmente relacionadas a casamentos, batizados,
datas festivas, como a festa de S?o Jo?o, e celebra?es religiosas. Algumas cerim?nias eram realizadas nas pr?prias fazendas, locais com vastas
acomoda?es para hospedagem dos visitantes. As festas chegavam a durar at?
tr?s dias e, para se chegar ao local da celebra??o, era preciso caminhar
l?guas a cavalo ou, ent?o, lan?ar m?o do carro de boi.
Nessa ?poca, uma
das propriedades mais conhecidas era a Fazenda de Salvaterra. A
propriedade era considerada uma acolhedora inst?ncia de repouso e, por isso,
recebia visitantes de todas as partes, que vinham em busca de recupera??o.
Isto porque, no local, descobriu-se uma fonte de sais de t?rio, considerada
ben?fica para a sa?de. Com tanta movimenta??o, Salvaterra acabou marcando
?poca na vida social de Juiz de Fora.
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Aristocracia Rural - cap?tulo dois
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S?o Mateus e Sant'Ana eram consideradas as duas melhores fazendas da regi?o
no final do s?culo passado. A primeira localizava-se em Juiz de Fora,
enquanto a segunda, em Rio Novo. Ambas pertenciam ao doutor C?ndido
Teixeira Tostes, o doutor Candinho, como todos carinhosamente o tratavam. Com tamanha capacidade de trabalho, ele foi eleito o maior produtor de caf?
e, ainda, o possuidor da maior fortuna do estado de Minas Gerais no final do
s?culo passado. O doutor Candinho, tido como um culto advogado, tamb?m
ocupou a diretoria do Banco de Cr?dito Real de Minas Gerais, em 1897.
Outra propriedade de destaque na regi?o foi a Fazenda da Floresta, que
pertencia ?s fam?lias Assis e Penido, e que era dirigida pelo coronel
Teodorico de Assis. Considerada uma das mais belas, eficientes e
produtivas do munic?pio, entrou para a hist?ria quando, em suas deped?ncias,
o eminente Presidente Ant?nio Carlos articulou e acertou os ?ltimos golpes
da Revolu??o de 1930. Alguns historiadores ainda acreditam que, na sede da
fazenda, foi selada a sorte do Presidente Washington Luiz, que n?o renunciou
frente ? imposi??o de seu sucessor. A Fazenda da Floresta foi uma das
poucas que conseguiu sobreviver ap?s o desaparecimento da cultura do caf? na
regi?o, aderindo aos poucos ao processo de industrializa??o que foi
consolidando-se no munic?pio.
Consideradas pontos de encontro, lazer e divers?o, as pra?as p?blicas s?o
espa?os que foram se multiplicando no decorrer da hist?ria de Juiz de Fora.
Algumas, apesar de regionais, acabaram ficando famosas em toda a cidade,
como ? o caso da
pracinha de S?o Mateus, da
pra?a da
Baleia e a do Bom Pastor. Outras foram batizadas com nomes de
personalidades que se
destacaram no dia-a-dia de Juiz de Fora. Este ? o caso da
pra?a Menelick
de Carvalho. A ?rea recebeu este nome em homenagem ao doutor Menelick de
Carvalho, delegado de pol?cia e que tamb?m ocupou o cargo de prefeito da
cidade. Em sua ?poca, como chefe do executivo, realizou obras importantes
para Juiz de Fora, como a constru??o da represa Jo?o Penido e da rede de
capta??o e adu??o de ?gua do reservat?rio. Al?m de prefeito, Menelick de Carvalho tamb?m dirigiu a Companhia Mineira de
Eletricidade. Outra figura hist?rica e que tamb?m emprestou seu nome para um logradouro p?blico foi o
Presidente da Rep?blica Ant?nio Carlos. O espa?o, que recebeu seu nome e
que tamb?m ? conhecido como
Pra?a do Canh?o, foi constru?do no antigo Largo
da Alf?ndega, no centro de Juiz de Fora. O pr?dio, cuja obra foi batizada
de alf?ndega seca de Minas Gerais, n?o chegou a funcionar como tal. Diante disso, o local foi ocupado pela quarta regi?o militar e,
posteriormente, passou a abrigar o dep?sito de suprimento e armamento do
ex?rcito.
Cr?ditos:
Texto e ?udio - Equipe de Jornalismo R?dio FM Itatiaia JF
Edi??o Internet e recursos digitais - Equipe JFService / ArtNet