Juiz de Fora 150 anos em um minuto:
Os fatos e personalidades que constru?ram a hist?ria da cidade.
Novas cr?nicas todos os dias, de segunda a sexta.
Uma iniciativa da R?dio FM Itatiaia e do JFService
08/06/2000
A hist?ria da fase mais prestigiosa da R?dio em Juiz de Fora est? ligada ?
hist?ria da AM, que antecedeu a FM, hoje proliferada por todo o pa?s. S?o
tempos em que a radiofonia era exercida de forma mais atuante, com
reportagens, audit?rio, orquestras, radioteatro. A antiga R?dio Sociedade, a
primeira a funcionar em Minas, em 1926, era uma AM, prefixo P R, que o
sistema de comunica??o eliminaria a partir dos anos 60. Ela predominou
sozinha na cidade at? 1949, quando Alceu Fonseca trouxe a ZYT 9, R?dio
Industrial, que inovou e dinamizou o jornalismo e os notici?rios, onde foram
destaques nomes como Jos? Carlos de Lery Guimar?es, Maur?cio de Campos
Bastos, Wilson Cid, Heitor Augusto de Lery, M?rio Hel?nio, Wilson de Andrade
e Rubens Furtado. O que caracterizava este tempo era a presen?a. Essas
pessoas n?o dormiam. Ficavam acordadas as 24 horas do dia, ? procura de
not?cias. A Industrial contou com coberturas que notabilizaram seus
rep?rteres. Ainda na velha B - 3 , a sociedade de Juiz de Fora, a hist?ria
vai registrar not?veis realiza?es nesse campo, como o jornalismo sustentado
pelo radioteatro na cobertura da semana santa, com destaque para Nat?lio Luz
e Wilson Cid. Foi tamb?m a? que se experimentou, pela primeira vez, a
montagem pr?via, minuto a minuto, das transmiss?es de carnaval, o que, para
a ?poca, era considerado uma loucura. Os veteranos contam que isso esteve
ligado ao fato de que a televis?o ainda n?o dominava. O r?dio era tudo.
Depois, os tempos mudaram.
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Portinari e Di Cavalcanti em Juiz de Fora
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Alguns pontos de Juiz de Fora s?o verdadeiras galerias de arte abertas para
a aprecia??o do p?blico, que nem sempre sabe o valor hist?rico das obras.
Artistas como C?ndido Portinari e Di Cavalcanti desenvolveram trabalhos que
enriquecem o patrim?nio da cidade. O primeiro mosaico modernista em pastilha
de vidro do Brasil est? na Pra?a da Rep?blica, no bairro Po?o Rico. Di
Cavalcanti foi quem criou o mosaico, tamb?m considerado o primeiro monumento
concretista do Brasil. O mosaico foi desenvolvido no monumento projetado
pelo arquiteto Arthur Arcuri em homenagem ao centen?rio de Juiz de Fora, no
ano de 1950. O tombamento municipal da obra j? foi feito, mas ainda est?
tramitando o processo de tombamento federal. Oscar Niemeyer era amigo de
Arcuri, e foi ele quem indicou Di Cavalcanti para realizar o belo marco em
Juiz de Fora. A outra obra urbana de grande import?ncia est? na parte
externa do edif?cio Clube Juiz de Fora, Av. Bar?o do Rio Branco,
2189. ? o painel "As Quatro Esta?es" (foto), de
C?ndido Portinari. Este painel foi criado em 1956 e integra uma s?rie de
outras 13 obras, sendo uma delas nos Estados Unidos. Os azulejos brancos e
azuis comp?em o quadro, tombado pelo munic?pio. Esta ? uma das obras mais
importantes do Brasil em espa?o p?blico.
Terra de fazendeiros, Juiz de Fora recebeu com frieza a not?cia da
assinatura da Lei ?urea e a Aboli??o da Escravatura. Alguns comentaram que a
decis?o era uma loucura, j? que, na ?poca, as fazendas estavam em plena
colheita de caf?. Mas, a medida j? era esperada. Dias antes, os an?ncios
oferecendo gratifica?es pela captura dos escravos j? vinham sendo
substitu?dos por not?cias como "Francisco Mariano Halfeld libertou ontem 117
escravos". Poucas comemora?es foram realizadas na cidade depois do an?ncio
da liberta??o dos negros. Uma banda musical percorreu as ruas e, ? tarde, na
Igreja Matriz de Santo Ant?nio foi realizado um Te Deum, com a orquestra
sendo regida pelo maestro Carlos Alves, um dos mais famosos da ?poca. Ap?s a
Lei ?urea, artigos publicados em jornais locais, exigiam do governo uma
indeniza??o monet?ria pelo preju?zo causado aos senhores de escravos, ap?s
sua liberta??o.
Cr?ditos:
Texto e ?udio - Equipe de Jornalismo R?dio FM Itatiaia JF
Edi??o Internet e recursos digitais - Equipe JFService / ArtNet