Juiz de Fora 150 anos em um minuto:
Os fatos e personalidades que constru?ram a hist?ria da cidade.
Novas cr?nicas todos os dias, de segunda a sexta.
Uma iniciativa da R?dio FM Itatiaia e do JFService
09/08/2000
O bairro Po?o Rico, hoje com suas casas e pr?dios, em sua maioria, de
poucos andares, j? foi um dos principais redutos dos amantes da noite
juizforana e tamb?m ponto de burburinho do cen?rio cultural e esportivo
da cidade. A localidade concentrava nomes de destaque. S? para se
ter uma id?ia, era no Po?o Rico que morava a dupla carnavalesca campe?
da folia de rua de Juiz de Fora: Lambari, que residia na
Rua da Bahia, e
Noronha, morador da
Ant?nio Dias. J? na
Os?rio de Almeida ficava a
sede do glorioso Rep?blica Futebol Clube, dirigido por Walter Bol?o, e
considerado um verdadeiro celeiro de craques, de onde sa?ram Adilsom,
Alvim, Nerval, Durval, R?mulo, Jamil M?rio e tantos outros. Os bares
dos senhores Jos? Pimenta, Parente e Can?rio eram considerados
verdadeiros redutos dos grandes amigos, como Zez? Garcia, Man?
Piriquito, Jo?o Samba, Didi, Guinga, Juroponga e Osmarzinho Mazz?coli,
um impetuoso ponta esquerda do Rio Ouro Futebol Clube. Ali?s, foi ele
um dos primeiros a comentar os feitos de um jovem atleta que despontava
em S?o Paulo, aos dezesseis anos idade, e que era conhecido por Pel?.
Fonte: Noite Passada - Carlos Roberto Pimenta
Um dos mais aut?nticos redutos da cultura popular, respons?vel por
concentrar poetas, compositores, m?sicos, pintores e jornalistas. O
bar do beco, localizado de forma estrat?gica na esquina da galeria da
Mineira, ? considerado um espa?o verdadeiramente acess?vel e
democr?tico. Por suas mesas, j? se revezaram Itamar Franco, quando
ainda iniciava sua carreira pol?tica, Paulinho da Viola, Jo?o Nogueira,
Clementina de Jesus, Ziraldo, Jo?o Saldanha, Vin?cius de Moraes, Cartola
e muitos outros ?dolos da cultura nacional. Dos "Filhos do beco",
nasceu a organiza??o de shows de sucesso, como "Beco do Baltazar",
"Comendador Mam?o" e "Marly: a grande dama". O bar tamb?m j? foi tema
de livros e discos, consolidando-se com um terreno f?rtil para cria?es.
A capacidade de produ??o foi, durante anos, praticamente inesgot?vel.
Tanto que foram muitos os sambas-enredos feitos para as escolas e os
blocos carnavalescos de Juiz de Fora, nas mesas do beco, e cantados pelo
conjunto "Mesa de bar", que tinha tat?o e seus amigos de corda, couro,
gog? e copos animando a festa.
Fonte: Noite Passada - Carlos Roberto Pimenta
Os programas de audit?rio das r?dios Industrial e PRB-3 R?dio Sociedade
de Juiz de Fora levavam a popula??o local ? loucura. Na Industrial, o
destaque ficava por conta do programa Rancho Alegre, comandado por Paulo
Emerick e Luiz Ara?jo, respons?vel por reunir uma numerosa plat?ia. Na
PRB-3, a grade de programa??o era variada. O show matinal ficava por
conta de Tio Teteco que, com suas can?es de Marcelino P?o e Vinho,
fazia a garotada arrepiar. No "cast" do Tio Teteco, estava a cantora
Maria da Gra?a, vencedora de um concurso promovido pelo programa. Ainda
na PRB-3, havia tamb?m o programa "Marcha dos esportes", comandado pelo
saudoso radialista M?rio Hel?nio. No entanto, um verdadeiro alvoro?o
acontecia quando chegada a vez do programa "Telefone pedindo bis". Em
uma de suas edi?es, por?m, ocorreu um fato marcante. Os ouvintes
tinham acabado de se deleitar com uma m?sica italiana chamada "Per una
donna". Como fazia parte da proposta, um jovem pegou o telefone e, no
ar, pediu bis para a m?sica "Peru na dona". O esc?ndalo estava formado
em Juiz de Fora. Entre as muitas alega?es, teve ouvinte dizendo que o
fato tratava-se de "falta do que fazer". Outros, alegavam
"imoralidade". E teve gente at? afirmando que aquilo "era coisa de
juventude transviada".
Fonte: Noite Passada - Carlos Roberto Pimenta
Cr?ditos:
Texto e ?udio - Equipe de Jornalismo R?dio FM Itatiaia JF
Edi??o Internet e recursos digitais - Equipe JFService / ArtNet