Juiz de Fora 150 anos em um minuto:
Os fatos e personalidades que constru?ram a hist?ria da cidade.
Novas cr?nicas todos os dias, de segunda a sexta.
Uma iniciativa da R?dio FM Itatiaia e do JFService
10/05/2000
Entre os grandes nomes do colunismo social de Juiz de Fora, D?cio Cataldi se
destacou com mais de 40 anos dedicados ? imprensa. Come?ou sua coluna no
Di?rio Mercantil, onde permaneceu at? seu fechamento em 1983. Criou um
pr?mio anual para pessoas de destaque na cidade, escolhidas por uma
comiss?o. Escreveu tamb?m na Tribuna de Minas e no Di?rio Regional at? dois
anos antes de falecer, em 1997, deixando seu nome gravado na hist?ria do
colunismo social de Juiz de Fora. Companheiro de D?cio no Di?rio Mercantil,
o jornalista Ismair Zaghetto lembra do amigo, de sua coluna feita de forma
exemplar e de sua seriedade, comparando-o a cronistas como Ibraim Sued e
Jacinto de Tormes.
Entre as d?cadas de 30 e 60, a Guarda Civil foi o grande diferencial em Juiz
de Fora quando o assunto era a seguran?a p?blica. A Guarda Civil foi criada
em 1926 para ser uma corpora??o de elite. Entre as fun?es da briosa, como
era chamada pelos pr?prios guardas civis, estava a repress?o a quem tratasse
os animais com crueldade, o encaminhamento de crian?as perdidas aos pais, o
zelo pela seguran?a das fam?lias durante a noite e a prote??o aos portadores
de defici?ncia, al?m do socorro aos enfermos. Os apelidos dos guardas civis
eram uma hist?ria ? parte. Nomes como "Veneno Lento", "Chassi Longo",
"Cangaceiro" e "Cabe?a de Boneco" eram dados ?queles que se pareciam com alguma coisa.
Durante uma ?poca, a Guarda Civil poderia ser apontada como um verdadeiro
Jardim Zool?gico, tamanha era a quantidade de apelidos como "Tatu", "Cavalo
Branco", "Pica-Pau" e "Bode". Entre as normas que regiam a corpora??o, constavam
a camaradagem, a moralidade, a honradez e a sensatez. Os guardas tinham que
aparar o cabelo de 15 em 15 dias, barbear-se diariamente e o uniforme n?o
poderia ter rasg?es ou manchas. A Guarda Civil acabou sendo extinta em 1970
por decreto presidencial, em pleno regime militar.
Era novembro de 1895 e as chuvas castigavam a regi?o da Zona da Mata. Na
tarde do dia 6, apesar de o temporal dificultar a comunica??o na cidade, a
not?cia de um desastre se propagou rapidamente. Dois comboios da estrada
de ferro Central do Brasil haviam se chocado na curva da Rua da Uni?o,
pr?ximo ? Esta??o Mariano Proc?pio. Parte da popula??o de Juiz de Fora foi
ao local para constatar a gravidade do acidente. A colis?o foi t?o forte
que inutilizou as duas locomotivas do expresso S-1 e do trem misto M-14.
Al?m disso, tr?s carros de passageiros e o carro especial em que viajavam
padres, bispos, irm?s de caridade, al?m de Dom Luiz Lasagna foram
destru?dos. Dom Lasagna foi encontrado entre dois bancos, com o peito
totalmente comprimido. Retirado de entre a madeira, faleceu logo em
seguida. Outras sete irm?s, cinco padres e um foguista tamb?m morreram no
acidente. Posteriormente, constatou-se que, devido ao temporal, as linhas
telegr?ficas das esta?es n?o estavam funcionando. Por isso, o agente da
Esta??o de Mariano Proc?pio concedeu passagem ao trem M-14 ao mesmo tempo
que partia o S-1. Antes do sepultamento, foi retirada uma prova em gesso
do rosto de Dom Lasagna. Vinte anos depois, em novembro de 1915, foi
inaugurado o monumento ao Bispo de Tr?poli, entre a antiga Rua da Uni?o,
hoje
Rua Dom Lasagna, e a
pra?a Mariano Proc?pio.
Cr?ditos:
Texto e ?udio - Equipe de Jornalismo R?dio FM Itatiaia JF
Edi??o Internet e recursos digitais - Equipe JFService / ArtNet