Juiz de Fora 150 anos em um minuto:
Os fatos e personalidades que constru?ram a hist?ria da cidade.
Novas cr?nicas todos os dias, de segunda a sexta.
Uma iniciativa da R?dio FM Itatiaia e do JFService
12/04/2000
N?o importam as mudan?as de gera??o, as crises econ?micas, o crescimento da
cidade... alguns estabelecimentos atravessam as d?cadas e se mant?m como
tradi??o em Juiz de Fora. Entre os exemplos, est? o Raffa?s Club, casa
noturna inaugurada h? mais de 45 anos, sempre sob a dire??o de Rafael Jorge,
empres?rio que viu tantas casas de sucesso abrirem e fecharem as portas.
Outra tradi??o da cidade fica no movimentado cruzamento das avenidas Rio
Branco e Independ?ncia: ? o pastel do Mexicano. O Mexicano, sempre
movimentado, tem hora certa para abrir e fechar. Os fregueses s?o todos de
confian?a, mas pastel n?o se paga com cheque, nem cart?o de cr?dito. Outro
tradicional da cidade ? o Torresmo do Bigode. Certamente ponto de encontro
de muitos ilustres que o prestigiam, assim como o Faiz?o Dourado. Apesar de
ter mudado de endere?o, o Faiz?o manteve seu prest?gio e a caracter?stica de
receber artistas, pol?ticos e figuras importantes que aqui chegam. E quem
nunca experimentou os confeitos da F?brica de Doces Brasil, fundada h? mais
de 54 anos pelo senhor Jo?o Stiguer? A casa mant?m seu padr?o de qualidade
e, em seu ponto estrat?gico na Rua Marechal Deodoro, sempre atrai quem est?
?s compras no centro.
Figuras populares s?o comuns em todos os munic?pios. Em Juiz de Fora,
algumas pessoas ficaram na mem?ria por seus tipos pitorescos e suas maneiras
diferentes. Pener?o, Jambica, Perigo, Fogo Eterno, Zepelin, Maria Homem,
?ngela Maria s?o alguns deles. Um dos mais famosos foi Pener?o, muito
conhecido nos anos 50. Andava sempre vestido de preto e morreu tragicamente
caindo no po?o do elevador do Raffa?sCllub numa tarde. Ele comparecia a todos
os enterros e ganhava das fam?lias roupas do falecido. Era um ?dodo entre os
universit?rios, que realizavam com?cios para Pener?o em frente ? Pra?a do
Cine Teatro Central. Ap?s seus discursos desconexos, Pener?o era
delirantemente aplaudido e lan?ado, de brincadeira, como candidato a
prefeito. Mas o tipo popular acabava recebendo muitos votos nas elei?es
municipais.
O pioneirismo de Juiz de Fora n?o ? novidade quando o assunto ? a
industrializa??o. No entanto, a cidade tamb?m foi pioneira no setor de
transporte. Em 1881, era inaugurado o primeiro servi?o de transporte p?blico
de Minas, que inclu?a os bondes de tra??o animal. Os bondes el?tricos vieram
apenas em 1906, trazidos pela Companhia Mineira de Eletricidade, que
adquiriu a Companhia Ferrocarrial Bondes de Juiz de Fora, que explorava o
servi?o. O neg?cio deu t?o certo que, na d?cada de 30, a companhia j?
fabricava seus pr?prios bondes. Em 1954, o Departamento Aut?nomo de Bondes
assumiu o servi?o, que estava com os dias contados. Nos anos 60, o
transporte por bondes come?ou a ser considerado obsoleto, n?o tendo como
competir com os autom?veis e os ?nibus. A ?ltima viagem dos bondes em Juiz
de Fora aconteceu no dia 9 de abril de 1969. Sem ter mais utilidade, muitos
bondes foram depredados e alguns poucos foram doados para clubes e escolas.
Dois deles, um que fazia a linha S?o Mateus e outro que transportava
crian?as para o jardim da inf?ncia, foram levados para o Parque da
Lajinha,
onde est?o expostos. Em 1988, estes bondes foram declarados de interesse
cultural para o munic?pio. Cr?ditos:
Texto e ?udio - Equipe de Jornalismo R?dio FM Itatiaia JF
Edi??o Internet e recursos digitais - Equipe JFService / ArtNet