Juiz de Fora 150 anos em um minuto:
Os fatos e personalidades que constru?ram a hist?ria da cidade.
Novas cr?nicas todos os dias, de segunda a sexta.
Uma iniciativa da R?dio FM Itatiaia e do JFService
14/04/2000
Fazer filas nas portas dos cinemas para assistir aos filmes era uma das
principais divers?es nos finais de semana de Juiz de Fora at? a d?cada de
50. Rapazes e mo?as aproveitavam os momentos de espera para trocar flertes e
paqueras. Antes da chegada da televis?o, as not?cias tamb?m vinham pela
telona. O cinema ditava moda e comportamentos. Juiz de Fora chegou a ter dez
cinemas numa mesma ?poca. O cine
Theatro Central era o maior deles, com
2.100 lugares. Quem n?o se lembra da antiga sala do
Palace, hoje reaberto,
com a arquitetura preservada, mas com o interior totalmente remodelado para
a realidade das salas de proje??o menores. Ainda na mem?ria de muitos
juizforanos est?o o Gl?ria, o Popular, que ficava na Avenida Get?lio
Vargas,
o Rex, no Mariano Proc?pio, e ainda o Cine Audit?rium,
em Benfica. Outras
salas acabaram se fechando com o tempo. Foi assim com o festival, o S?o
Mateus, depois com o saudoso Para?so, que trazia filmes cults e nacionais,
geralmente fora do circuito comercial. Mais recentemente tamb?m o Excelsior,
com seus mais de 1.200 lugares, fechou as portas, deixando saudades. Em
mar?o deste ano, foi a vez do Veneza, um dos ?ltimos cinemas de rua de Juiz
de Fora, encerrar suas atividades. Resta o S?o Luiz, na Pra?a da Esta??o,
agora restrito ? exibi??o de filmes porn?s. Atualmente, a cidade tem como
op?es cinco salas de proje??o nos shoppings e o renascimento do Palace, com
duas salas.
At? a segunda metade do s?culo passado, os sepultamentos eram feitos em
?reas ao redor das igrejas. Com o advento de uma epidemia de c?lera,
come?aram a ser constru?dos os cemit?rios. Juiz de Fora n?o fugiu a esta
regra. Durante 20 anos, os crist?os foram enterrados em um terreno atr?s da
matriz de Santo Ant?nio do Paraibuna, hoje Catedral
Metropolitana. Por causa
da c?lera, os administradores municipais foram obrigados a encontrar outra
?rea. No ano de 1863, a C?mara publicou um edital para a constru??o do primeiro cemit?rio p?blico, em um terreno doado pelo coronel Jos? Ribeiro de
Rezende, localizado nas proximidades da estrada Uni?o Ind?stria, hoje rua
Os?rio de Almeida. Na verdade, esta rua, juntamente com a Esp?rito Santo,
foi aberta para que se tivesse acesso ao Cemit?rio Municipal. Foram gastos
dois contos e 930 mil R?is nas obras para implanta??o do novo cemit?rio,
incluindo a constru??o de uma capela em madeira.
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Ant?nio Saraiva, um empreendedor
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O engenheiro Ant?nio Carlos Saraiva, formado pela Escola de Engenharia de
Juiz de Fora, em 1949, se destaca nestes 150 anos de hist?ria da cidade,
principalmente pelo seu esp?rito empreendedor e por sua vis?o empresarial.
Saraiva construiu diversos bairros, fundou clubes e sempre morou e investiu
em Juiz de Fora. Em 1952, ele projetou e construiu o bairro Vale dos
Bandeirantes, hoje um dos mais populosos e importantes da cidade. A
urbaniza??o do bairro levou o progresso para a regi?o leste, onde hoje est?
situada a sede da Via??o Santa Luzia, maior empresa de ?nibus urbanos de
Juiz de Fora. Na zona sul, o engenheiro construiu, em 1978, o bairro
Cascatinha, porta de entrada do munic?pio pela BR-040 e, hoje, bairro que
mais cresce, al?m de ter sido o fundador do Clube Cascatinha. Saraiva ainda
construiu os bairros Jardim Am?rica e Santos Anjos e o Edif?cio Dona Li?, na
Avenida Rio Branco, onde, no ?ltimo andar, est? a Academia Rio Branco, da
qual foi um dos fundadores. Recentemente, ele tamb?m fez a doa??o de um
apartamento e uma loja para a Ascomcer. Com ligeira passagem pela pol?tica,
foi eleito deputado estadual, mas preferiu abandonar a carreira pol?tica
para se dedicar apenas aos neg?cios. Ele construiu ainda v?rios pr?dios
comerciais e residenciais no Cascatinha, e um s?tio, onde hoje reside com a
fam?lia. Cr?ditos:
Texto e ?udio - Equipe de Jornalismo R?dio FM Itatiaia JF
Edi??o Internet e recursos digitais - Equipe JFService / ArtNet
