Juiz de Fora 150 anos em um minuto:
Os fatos e personalidades que constru?ram a hist?ria da cidade.
Novas cr?nicas todos os dias, de segunda a sexta.
Uma iniciativa da R?dio FM Itatiaia e do JFService
14/06/2000
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Um furo de Reportagem do Jornal Sete |
O jornal "O Sete" circulou por apenas seis meses em Juiz de Fora no
in?cio da d?cada de 70, mas o per?odo foi suficiente para conquistar o
p?blico com sua irrever?ncia. De vez em quando, os respons?veis pelo
seman?rio passavam aperto devido ? forte censura do per?odo da ditadura
militar. Mas foi exatamente por isso, que o jornal acabou publicando um
verdadeiro furo de reportagem na semana de 13 a 19 de junho, de 1970. A
nota seria uma cr?tica ao monumento que existia no cruzamento das
avenidas
Independ?ncia com
Rio Branco. Nela, o monumento era chamado
pelos redatores de "Monumento ? Burrice Nacional", por ficar num ponto
de grande movimento, atrapalhando o tr?fego. O jornal era impresso no
Rio, e, quando j? estava quase pronto, um dos integrantes da equipe
alertou para o fato de que o monumento trazia uma placa em homenagem ao
Marechal Castelo Branco, um dos l?deres da Revolu??o de 1964. Se fosse
publicada aquela nota, com certeza "O Sete" fecharia as portas no dia
seguinte. Como n?o havia como parar as rotativas, os integrantes do
seman?rio passaram a madrugada fazendo um furo e recortando o local onde
estava a cr?tica. Este furo, eles nunca mais esqueceram, apesar de
muitos leitores n?o terem entendido nada.
A figura do Rei Momo (foto) surgiu no carnaval carioca no ano de 1930, atrav?s
do jornal "A Noite". A princ?pio, o homem bonach?o e risonho era
estampado num estandarte, mas, no ano seguinte, o Rei Momo, em carne e
osso, ganhava as ruas do Rio de Janeiro. Juiz de Fora acompanhou a
tradi??o e tamb?m come?ou a ter os seus reis momos. Entre os mais
famosos est? J?lio Guedes, nosso representante oficial desde 1993.
nestes oito anos, J?lio diz ter visto muitas mudan?as no carnaval de
Juiz de Fora. Ele lembra com saudades das antigas Festas de Momo e diz
que os valores da juventude mudaram. Mas J?lio tem muita hist?ria para
contar, inclusive a de que foi substitu?do pelo irm?o g?meo, Carlos
Guedes, em uma das festas, porque estava muito gripado. J?lio Guedes
garante ainda que este foi seu ?ltimo ano como Rei Momo...
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Um burro chamado "Paulista"
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O carro aleg?rio sempre foi um dos pontos altos nos desfiles das escolas
de samba. Na d?cada de 50, a situa??o n?o era diferente. A
import?ncia que se dava ao carro aleg?rico era, inclusive, maior do que
aquela dada ? coreografia da escola ou mesmo ? bateria. Costumava se
dizer que, a agremia??o que n?o "armasse" um carro, conforme mandava o
figurino, perdia seu prest?gio j? de v?spera. Diante disso,
verdadeiros especialistas no assunto dominavam as quadras das escolas. Em um dos carnavais do in?cio da d?cada de 50, a Feliz Lembran?a
conseguiu finalizar um de seus mais expressivos carros. Gra?as ao
trabalho de v?rias equipes, e ap?s uma noite inteira de atividades,
finalmente se concluiu o servi?o. Toda a base do carro aleg?rico foi
inteiramente coberta com capim gordura, apanhado no dia, para parecer
fresquinho na hora do desfile. Para evitar que se soltasse, o capim
foi todo preso com grude. Como a equipe estava exausta, deixou o
carro em um dep?sito de lenha, no quintal de uma casa na Avenida Sete
de Setembro. No dia seguinte, quando os integrantes da Feliz Lembran?a
foram ao local, depararam-se com uma inacredit?vel vis?o. O carro
estava totalmente destru?do, sem qualquer condi?es de ir para a
avenida. O motivo da devassa foi a presen?a de um burro, que
pernoitava no dep?sito de lenha. O animal, aparentemente subnutrido,
n?o resistiu ao frescor do capim molhado, bem ? sua inteira disposi??o. O burro, chamado Paulista, ficou alimentado, ? bem verdade, j? o carro
aleg?rico foi mesmo por ?gua abaixo. Cr?ditos:
Texto e ?udio - Equipe de Jornalismo R?dio FM Itatiaia JF
Edi??o Internet e recursos digitais - Equipe JFService / ArtNet