Juiz de Fora 150 anos em um minuto:
Os fatos e personalidades que constru?ram a hist?ria da cidade.
Novas cr?nicas todos os dias, de segunda a sexta.
Uma iniciativa da R?dio FM Itatiaia e do JFService
15/06/2000
Ind?strias, f?bricas, fazendeiros e pol?ticos ilustres chegavam a Juiz
de Fora e come?avam a mudar a cara da cidade. Passou a ser, ent?o,
necess?ria a ado??o de regras que garantissem a urbaniza??o. Editais
determinavam que os moradores tinham obriga??o de manter os quintais,
terreiros e casas limpas. Era poss?vel encontrar chiqueiros, galinheiros
e at? currais nas ruas do centro. Aos poucos, algumas pr?ticas, costumes
t?picos de comunidades do interior, come?aram a ser proibidas. Em 1861,
por exemplo, a
C?mara proibia que se amarressem animais na frente das
casas. Alguns anos mais tarde, outro edital determinava que cabritos e
porcos encontrados pelas ruas e cal?adas, atrapalhando a circula??o e
amea?ando a seguran?a dos pedestres, seriam mortos e sua carne doada
para os pobres e os presos. O primeiro c?digo de postura municipal j?
n?o permitia que os cavalos andassem em disparada pela cidade. A C?mara
chegou inclusive a criar uma licen?a de habilita??o para cocheiros,
devido ao grande n?mero de atropelamentos que vinha sendo registrado no
munic?pio. A acusa??o era de que os cocheiros dirigiam embriagados. N?o
? ? toa que dizem que a hist?ria n?o muda. Afinal de contas, o tr?nsito
continua sendo uma das quest?es de maior discuss?o na cidade, mesmo ?s
portas do terceiro mil?nio.
Desde a inaugura??o da estrada Uni?o-Ind?stria, em 1861, a regi?o da
atual Pra?a Ant?nio Carlos, havia se transformado em porta de entrada
para a cidade, que crescia em ritmo acelerado. Quatorze anos depois do
in?cio de opera??o da rodovia, a ferrovia surgia, imponente,
praticamente ao lado dos caminhos abertos por Mariano Proc?pio. Com
isso, foi se tornando importante a cria??o de uma reparti??o que
fiscalizasse os produtos que entravam e sa?am do munic?pio. A partir de
um projeto do ent?o deputado federal Constantino Luiz Paletta, foi
constru?da a Alf?ndega Ferrovi?ria de Juiz de Fora. O p?tio fronteiro do
pr?dio acabou definindo a forma??o de toda a regi?o da
Pra?a Ant?nio
Carlos. Tudo come?ou com a urbaniza??o do ent?o Largo da Alf?ndega, com
a constru??o da ponte sobre o C?rrego Independ?ncia, inaugurada em 1933.
Hoje a alf?ndega ? ocupada por instala?es do ex?rcito brasileiro.
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Escola de Samba Castelo de Ouro
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Em janeiro de 1947, Juiz de Fora ganhou sua terceira escola de samba. O antigo Cord?o do Arado, atual
Vila S?o Benedito, logo ap?s o per?odo
do p?s-guerra, descia para sambar na cidade. Por?m, o grupo, liderado
por Orlando dos Reis, foi embargado, sem motivo aparente, pelo delegado
da ?poca, doutor Pedro Vieira Mendes. A restri??o, possivelmente
devido ? falta de documento, acabou levando o grupo a legalizar o bloco,
transformando-o na Escola de Samba Castelo de Ouro. Com as cores
vermelho, branco, amarelo e preto, a agremia??o desfilou, j? em 47,
homenageando a tomada de Monte Castelo. A escola era tida pela
sociedade como uma das mais simp?ticas agremia?es da ?poca,
apresentando sempre carros aleg?ricos esmerad?ssimos. A diversidade de
enredo sempre uma das marcas registradas da Castelo de Ouro. Entre os
temas abordados nos sambas, destacam-se ?A Era Espacial?, ?Festas
Folcl?ricas" e "Rel?quias de Minas Geais". Para os observadores, uma
das melhores apresenta?es aconteceu em 1972, quando a escola apresentou
o enredo Festas Folcl?ricas, de autoria de Ben? e Zez? do Pandeiro.
Na letra, os compositores chamaram a aten??o dos juizforanos para a
import?ncia de figuras e passagens do imagin?rio popular, como o boi
bumb?, o vaqueiro, a roda de samba e o batuqueg?.
Cr?ditos:
Texto e ?udio - Equipe de Jornalismo R?dio FM Itatiaia JF
Edi??o Internet e recursos digitais - Equipe JFService / ArtNet