Juiz de Fora 150 anos em um minuto:
Os fatos e personalidades que constru?ram a hist?ria da cidade.
Novas cr?nicas todos os dias, de segunda a sexta.
Uma iniciativa da R?dio FM Itatiaia e do JFService
21/06/2000
A
avenida Sete de Setembro, antigo Botan?gua, sempre teve
voca??o carnavalesca. Tanto que o espa?o tamb?m abrigou a Funda??o de um bloco,
em 1967, que posteriormente viria a se trnasformar na escola de Samba
Real Grandeza. O primeiro desfile, j? com o estandarte indicando o nome
do grupo, reuniu 25 foli?es. Em 68, j? com o gostinho da consagra??o do
ano anterior, cocorre pela primeira vez no carnaval da cidade, com o
tema "margarida". Apesar dos poucos recursos, o grupo levou para a
avenida uma variedade significativa de arranjos naturais, com forte
impacto visual. Com o terceiro lugar garantido, os foli?es estenderam as
comemora?es at? a madrugada, no bar do Ringo, localizado na
avenida
Sete de Setembro. Em 69, mais de 150 figurantes foram para a avenida sob
o tema "Professora Prim?ria". O sexto lugar obtido no desfile, por?m,
abateu a moral de todos os participantes. Tanto que, entre 1970 e 1973,
o Real n?o desfilou. O instrumental do bloco foi, inclusive, vendido
para que d?vidas fossem saldadas. O que parecia o fim, felizmente, n?o
durou muito tempo. Em novembro de 73, o Bloco Carnavalesco Real Grandeza
tomou f?lego e passou a existir legalmente. O retorno para a avenida
aconteceu em 74, com cerca de 160 componentes apresentando o enredo "Um
espet?culo no circo". Para n?o se limitar ? disputa do carnaval, foram
iniciadas promo?es no campo da assist?ncia social. Para isso, a dire??o
promoveu altera?es no estatuto do grupo, de modo que pudessem ser
promovidas v?rias a?es junto ? comunidade.
Juiz de Fora sempre teve estabelecimentos comerciais tradicionais, destes
onde se vendiam de quase tudo. Entre eles, destacavam-se a Casa
Passarela, situada no final da linha de bondes S?o Mateus, e a casa
Am?rica, na
Rua Halfeld. Mas, sem d?vida, a mais tradicional do
g?nero, e que resiste at? os dias de hoje, ? a Casa do Compadre, localizada na
esquina da
Avenida Brasil com
Rio Branco, no bairro
Manoel Hon?rio, antigo Pito Aceso. Fundada por Felipe Ibraim, em 1915, o
in?cio das atividades ocorreu ainda no bairro
Vitorino Braga.
Somente em 1936, a casa transferiu-se para o Manoel Hon?rio. Em 38, Felipe voltou para o
L?bano e repassou o neg?cio para os irm?os Richa, que vieram de Paiva
para assumir a firma, juntamente com seus pais, Luiz Jos? e Maria
Suleimen. Na ?poca, a localidade tinha um com?rcio muito limitado. Da? o
sucesso do estabelecimento, que vendia de tudo e tinha, sob o comando
dos Richa, um jeito todo especial de atender ? clientela, chamando por
"Compadre" os fregueses e amigos. A fam?lia era composta por dez irm?os,
seis homens e quatro mulheres: Jorge Jos? Richa, o Tufi; Michel Richa;
Adib Jos? Richa; Jos? Richa; Selim Jos?, "o Salom?o" e Ouadi Jos?. Entre
as irm?s, estavam Terezinha, Odenir, Maria e Olinda, que completavam o
grande e tradicional n?cleo de origem libanesa. Em 1950, eles
constru?ram um pr?dio novo para abrigar o estabelecimento. O im?vel
permanece de p? at? os dias de hoje ?s margens da
Avenida Brasil.
Dos seis irm?os, tr?s ainda est?o vivos, Michel, Jos? e Salim. Na casa, a
administra??o agora ? feita pelos netos de Luiz Jos? e Suleimen, por?m o
estabelecimento ainda continua sendo ponto de refer?ncia comercial no
Manoel Hon?rio.
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Corridas no Jockey Club Juiz de Fora
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As corridas de cavalo todos os domingos e feriados animavam o
Jockey
Club de Juiz de Fora no final da d?cada de 40. Aficcionados pelo turfe
tinham presen?a cativa, acompanhados de belas e bem vestidas mulheres. O
engenheiro Deusdedith Salgado era um dos diretores do Jockey Club e
recebia as pessoas ilustres e os donos de cavalos que vinham de outras
cidades. Um dos freq?entadores ass?duos das provas era o empres?rio
H?lio Gon?alves da Silva, dono do Transporte Brasil. Seus cavalos
ganharam v?rias vezes, levando alegrias a H?lio, que, al?m da paix?p por
estas corridas, tamb?m era torcedor fan?tico do Tupi Futebol Club. Em
certa ocasi?o, no Jockey Club, um cavalo de H?lio disputava palmo a
palmo o primeiro lugar com um animal chamado de Rockmoy, que era o
favorito. A poucos metros da chegada, Rockmoy estava em primeiro, mas
parou inexplicavelmente, saindo vitorioso o cavalo de H?lio. Quem estava
presente no Jockey jura que ouviu algu?m gritar "Leiteiro!!!" Antes da
parada de Rockmoy. Nesta ?poca, H?lio Gon?alves sabia que o cavalo do
advers?rio corria aos domingos, mas durante toda a semana puxava carro?a
de leite e parava de casa em casa quando ouvia aquele grito.
Cr?ditos:
Texto e ?udio - Equipe de Jornalismo R?dio FM Itatiaia JF
Edi??o Internet e recursos digitais - Equipe JFService / ArtNet