Juiz de Fora 150 anos em um minuto:
Os fatos e personalidades que constru?ram a hist?ria da cidade.
Novas cr?nicas todos os dias, de segunda a sexta.
Uma iniciativa da R?dio FM Itatiaia e do JFService
23/06/2000
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O primeiro concerto de Jazz em Juiz de Fora |
Setembro de 1960. Uma grande maioria de jovens lota as depend?ncias da
AABB,
Av. Doutor Deusdedith Salgado. Motivados por uma novidade no meio musical, chamada Jazz, mais de 500
pessoas se comprimiram no sal?o, na expectativa de poder assistir a um
concerto, at? ent?o, in?dito na cidade. Para a apresenta??o, foi convidado
um grupo de m?sicos de Jazz amador, que tinha ? frente o saxofonista Juarez,
considerado pela cr?tica da ?poca o sexto melhor do mundo. Para que o show representasse uma verdadeira troca
de informa?es com o p?blico local, foi sugerido que o maestro Waldyr de
Barros montasse uma pequena forma??o de m?sicos locais, de modo que a cidade
tamb?m marcasse presen?a no evento. Waldyr, m?sico experiente, adotou a id?ia e convocou os mais destacados artistas locais: no
piano, Chim; Afr?nio Magalh?es assumiu o Piston; Dilermano, a guitarra; Miltinho ficou na bateria; Walmiro, no contrabaixo e, o pr?prio Waldyr,
assumiu o piston. No dia da apresenta??o, o grupo come?ou o show de forma
t?mida, com Chim solando os compassos previstos. O clima, no entanto,
permanecia g?lido, at? que, de repente, o contrabaixista Walmiro gritou:
"Manda brasa, chim!!!". Foi a deixa que faltava para ele dobrar seu tempo como solista
e dar um verdadeiro show. J? a apresenta??o dos convidados se transformou
em uma verdadeira Jam-Session, o ponto alto da noite, com eles tocando, lado
a lado, com os m?sicos juizforanos at? quase as duas horas da manh?, sem que
o p?blico arredasse o p? da AABB,
Av. Doutor Deusdedith Salgado.
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S?rios e libaneses confirmam fama de bons comerciantes
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Sempre chamados de bons negociadores, os s?rios e os libaneses que vieram
para a cidade mostraram o porqu? da fama depois da enchente de 1940 em Juiz
de Fora. A maioria das lojas estava instalada na parte baixa da
Rua
Marechal Deodoro, muito atingida pelas ?guas do temido Rio Paraibuna. Sem tempo para
retirar as mercadorias, muitos comerciantes viram os produtos serem
encharcados e, quando as ?guas baixaram, tiveram que contabilizar as perdas
dos dias sem vendas e dos produtos, a princ?pio, estragados. Sem saber se
daria certo, um dos comerciantes teve uma id?ia para diminuir os preju?zos.
venderia os tecidos molhados pela metade do pre?o. A popula??o, que tamb?m
sofrera com a maior enchente de nossa hist?ria, resolveu aproveitar a
oferta, e outros comerciantes tamb?m colocaram ? venda o tal pano molhado. A
not?cia correu para todos os lados, e o estoque da fazenda acabou. Para n?o deixar
os fregueses na m?o e n?o perder dinheiro, os s?rios e os libaneses, aqui
chamados de turcos, molharam todos os tecidos restantes e conseguiram
esgotar os estoques.
Apesar de muito sofrimento, alguns italianos que chegaram a Juiz de Fora
conseguiram prosperar. Entre os que mais contribu?ram para o desenvolvimento
da cidade est? o italiano Pantaleone Arcuri. Ainda menino, com apenas 9 anos
de idade, aportou no Brasil em 1876, ao lado do pai. A m?e havia morrido na
It?lia, v?tima de um inverno rigoroso. Pantaleone voltaria a sua terra natal
e novamente faria a escolha definitiva pelo Brasil aos 20 anos de idade. Herdou do pai a
profiss?o de pedreiro, mas com talento de sobra, fundou a Companhia Industrial e
Construtora Pantaleone Arcuri. Grandes constru?es de Juiz de Fora foram
erguidas sob a coordena??o de Pantaleone. O primeiro importante monumento
foi o do Cristo Redentor (foto), no topo do Morro do Imperador, em
1906. Ainda ajudou a enriquecer a arquitetura de Juiz de Fora com a
constru??o do pr?dio do Cine-Theatro Central, em 1929, e tamb?m os edif?cios
da Associa??o Comercial, Pra?a Dr. Jo?o Penido, 52, do Banco de Cr?dito
Real, Rua Halfeld, 1179, e da Escola
Normal, Av. Get?lio Vargas, 521. A
resid?ncia de Pantaleone, com as ricas pinturas do italiano ?ngelo Bigi,
ainda existe na parte baixa da Rua Esp?rito Santo, em frente ao Castelinho
da Cemig. L?, Pantaleone criou os oito filhos e viveu por v?rios anos,
ajudando outros imigrantes italianos que chegavam
ao Brasil.
Cr?ditos:
Texto e ?udio - Equipe de Jornalismo R?dio FM Itatiaia JF
Edi??o Internet e recursos digitais - Equipe JFService / ArtNet