Juiz de Fora 150 anos em um minuto:
Os fatos e personalidades que constru?ram a hist?ria da cidade.
Novas cr?nicas todos os dias, de segunda a sexta.
Uma iniciativa da R?dio FM Itatiaia e do JFService
25/07/2000
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Os reservat?rios de Juiz de Fora
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Juiz de Fora ? uma cidade privilegiada com rela??o ao abastecimento de
?gua. A
CESAMA (Companhia de Saneamento e Pesquisa do Meio Ambiente) tem
investido em obras nos ?ltimos anos, preocupada com esta quest?o. O
principal reservat?rio ? a Represa Jo?o Penido, respons?vel por 55 por
cento do abastecimento da cidade. No Distrito Industrial, o Ribeir?o do
Esp?rito Santo fica respons?vel por abastecer outros 36 por cento da
cidade, enquanto a Represa dos Ingleses, em S?o Pedro, colabora com o
abastecimento de oito por cento do munic?pio. O um por cento restante
fica a cargo da
Represa de Po?o D'Anta, que hoje atende apenas ? regi?o
do bairro Santo Ant?nio. A CESAMA mant?m investimentos para ampliar o
abastecimento. Nos ?ltimos anos, foram constru?das Terceira Adutora,
Subadutora Sul, Esta??o Elevat?ria junto ? Maternidade Therezinha de
Jesus, nova c?lula do Reservat?rio Central e outro reservat?rio junto ?
UFJF. Al?m disso, foi ampliada a esta??o do Distrito Industrial. Mas o
grande manancial do futuro ? Chap?u D'Uvas, hoje fundamental para o
controle do curso do Rio Paraibuna, evitando as cheias, no per?odo
chuvoso, e os problemas provocados pela seca. Obra iniciada h? mais de
40 anos, a Barragem de Chap?u D'Uvas s? foi conclu?da com verba federal
quando Itamar Franco foi presidente da Rep?blica. Para que ela fosse
feita, localidades tiveram que desaparecer, como Dores do Paraibuna, que
ficou submersa e teve que se transferir para Nova Dores, numa ?rea mais
elevada.
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Barragem de Chap?u D'Uvas
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Estradas, vegeta??o, casas, vilas... Tudo foi ficando para tr?s e a
paisagem deu lugar a uma infinidade de ?gua. A obra iniciada em 1960
para gerar energia, ficou parada por muitos anos, mas, em 1994, muita
gente viu suas propriedades submersas pela ?gua da, finalmente pronta,
Barragem de Chap?u D'Uvas. O objetivo inicial de gerar energia se
perdeu, j? que a Companhia Mineira de Eletricidade foi encampada pela
CEMIG, n?o havendo mais a necessidade de uma hidrel?trica no local.
Mais tarde, na d?cada de 70, a constru??o da Mendes J?nior Siderurgia,
hoje Belgo-Mineira Juiz de Fora, exigiu a adequa??o do curso do Rio
Paraibuna no trecho. As curvas sinuosas do rio tiveram fim, e a ?gua
passou a chegar com mais for?a na ?rea central de Juiz de Fora. Surgiu,
ent?o, a necessidade de se criar uma barragem reguladora da vaz?o do
Paraibuna. Mas a obra n?o podia ser feita num piscar de olhos, porque
exigiria cem milh?es de d?lares, incluindo constru??o de novas vilas,
estradas vicinais e desapropria?es. Mas o investimento deu certo:
Chap?u D'Uvas tem onze vezes o volume de ?gua do maior reservat?rio de
abastecimento da cidade, que ? a Represa de Jo?o Penido. Waltencyr
Giovannetti, hoje respons?vel pela opera??o e manuten??o da barragem,
acompanhou a hist?ria de Chap?u D'Uvas desde o in?cio. Ele estima que,
daqui a seis anos, ela j? estar? sendo usada no abastecimento do
munic?pio. Muitas fam?lias tamb?m acompanharam de perto esta hist?ria:
s?o os moradores da Col?nia de S?o Firmino, da localidade de Paraibuna e
de Dores do Paraibuna. Todos eles foram transferidos para locais mais
altos nas proximidades.
O crescimento de Juiz de Fora, no decorrer do s?culo XX, imp?s
mudan?as significativas no cotidiano da cidade. Uma delas foi a
constru??o do Cemit?rio Municipal, na
Rua Os?rio de Almeida, bem na ?rea
central do bairro Po?o Rico. O espa?o foi projetado para substituir o
antigo Cemit?rio da Igreja Cat?lica, situado ao redor da catedral, na
ent?o Rua da Direita. Na nova ?rea no Po?o Rico, logo foi poss?vel
perceber, atrav?s da distribui??o dos jazigos, quem era quem na cidade.
Os mais humildes, por exemplo, eram normalmente sepultados na parte
mais alta. Em conseq??ncia, isso acaba obrigando o pov?o a caminhar
morro acima. Al?m do Municipal, o bairro tamb?m serviu para abrigar
alguns dos mais importantes empreendimentos da cidade, como o pr?dio da
Construtora Pantaleone Arcuri e o Castelo da Mineira de Eletricidade.
Al?m destes, a regi?o abrigou o im?vel onde estava situada a antiga
cadeia do munic?pio e que, tempos depois, foi demolido para a constru??o
da Escola Normal. Na ?rea de transporte, o bonde Po?o Rico servia aos
moradores com precis?o. J? na ?rea esportiva, a localidade abrigava e
ainda mant?m nos dias de hoje a sede do
Tupynamb?s Futebol Clube. Conhecido como Baeta, time em seu lema "O clube perde, mas ? bronca" uma
das mais significativas marcas de sua torcida vermelha e branca.
Cr?ditos:
Texto e ?udio - Equipe de Jornalismo R?dio FM Itatiaia JF
Edi??o Internet e recursos digitais - Equipe JFService / ArtNet