Juiz de Fora 150 anos em um minuto:
Os fatos e personalidades que constru?ram a hist?ria da cidade.
Novas cr?nicas todos os dias, de segunda a sexta.
Uma iniciativa da R?dio FM Itatiaia e do JFService
29/06/2000
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Ex-prefeitos: Alberto Bejani
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A elei??o de Bejani para a Prefeitura de Juiz de Fora em 1988 foi sem
d?vida alguma um dos fatos marcantes da pol?tica da cidade nestes 150
anos. Nascido em S?o Gon?alo-R.J. no ano de 1950 de fam?lia humilde,
desde pequeno foi criado em Juiz de Fora. Foi vendedor de pirulitos na
rua, motorista da Coca-Cola e trabalhou na R?dio Industrial onde fazia
de tudo um pouco. Mas foi na R?dio Nova Cidade, de propriedade de Josino
Arag?o, que Bejani se destacou como o Rep?rter 730 e se tornou conhecido
em toda a periferia da cidade como um verdadeiro defensor dos mais
humildes levando ao ar suas reclama?es e ajudando-os a resolver os
problemas pessoais ou de seus bairros. Quando resolveu se candidatar a
prefeito, os grandes partidos lhe negaram a legenda e ele s? encontrou
abrigo no Partido da Juventude, que n?o tinha nenhuma tradi??o. Pouco
conhecido no centro da cidade, elegeu-se justamente com os votos da
periferia, e levou o PJ a eleger 4 vereadores, inclusive sua mulher, na
?poca, M?rcia Bejani que foi a mais votada. Sem experi?ncia administrativa,
dizia que quando entrou para a prefeitura n?o sabia distinguir uma
fatura de uma duplicata, mas formou um secretariado apartid?rio com
pessoas competentes e acabou fazendo um bom governo. Depois de perder
uma elei??o para prefeito no segundo turno, elegeu-se como o ?nico
deputado estadual da cidade em 1998 e neste ano vai tentar novamente a
elei??o para prefeito como candidato do PFL.
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Figuras Populares: Maria Fogueteira
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Bombinhas, estalinhos, chuva de prata, de ouro e foguetes. Nos meses de
junho e julho, os fogos de artif?cio dominam o c?u e as festas
promovidas em homenagem a Santo Ant?nio, S?o Jo?o e S?o Pedro. Nesta
?poca, uma figura popular se sobressai em meio aos folguedos. ? Maria
Jos? Lopes, popularmente conhecida como Maria Fogueteira. Quando
crian?a, aprendeu os ensinamentos para se fazer fogos com o pr?prio pai,
a partir dos 4 anos de idade. Entre os conselhos, ela conta que o pai
sempre frisou a import?ncia de se fazer a festa, por?m com seguran?a.
Tanto que, aos 81 anos, sendo 77 como Fogueteira, ela jamais passou por
qualquer situa??o de risco. Para Maria Fogueteira, a beleza dos fogos
est? diretamente relacionada a sua fabrica??o, que deve ser feita com
muito capricho. Desta forma, momentos de espet?culo ser?o inevit?veis e,
o melhor, sem maiores preju?zos. Mestre no assunto, Maria Fogueteira n?o
resiste em soltar alguns fogos no quintal de sua casa, no bairro
Eldorado. Para isso, por?m, ela ressalta que os foguetes maiores devem
ser acionados ? dist?ncia, em um local livre de curiosos. Segurar bem e
de forma correta ? outra dica da Fogueteira. Atualmente, ela dedica a
maior parte de seu tempo soltando bombinhas, estalinhos, chuva de prata,
de ouro e fogos. A produ??o ficou em segundo lugar. Por isso, quem tiver
uma festa e quiser logo anim?-la, basta convocar Maria Fogueteira e
ficar tranq?ilo, porque ela cuida do espet?culo.
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Chegada dos imigrantes s?rios e libaneses
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Enquanto os italianos chegavam a Juiz de Fora no final do s?culo passado
trazendo mulher e numerosos filhos, os s?rios e os libaneses que
escolheram Juiz de Fora para viver vinham na frente de suas fam?lias,
evitando que passassem por tantas dificuldades. Perseverantes, os
estrangeiros vindos de terras ?rabes comercializavam v?rios produtos de
porta em porta, andando horas a fio. N?o se importavam, tinham sempre
como meta vender mais e mais at? conseguir abrir o "lojinha". A? sim,
podiam trazer mulher e filhos para a cidade promissora. Muitos se
concentraram na parte baixa da
Rua Marechal Deodoro, com suas lojas de
tecidos. Aqui no Brasil eram chamados somente de turcos, por terem esta
denomina??o carimbada em seus documentos, j? que a S?ria e o L?bano
estavam sob o dom?nio do Imp?rio Turco Otomano. As comidas ?rabes, como
o quibe e a esfiha, tamb?m agradaram aos brasileiros, assim como as
massas italianas. Sempre animados, os imigrantes fundaram na cidade o
Clube S?rio e Liban?s,
Av. Bar?o do Rio Branco, 3480, e at? hoje preservam seus costumes e datas
marcantes de seus pa?ses de origem.
Cr?ditos:
Texto e ?udio - Equipe de Jornalismo R?dio FM Itatiaia JF
Edi??o Internet e recursos digitais - Equipe JFService / ArtNet