Terapia de Casal

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Terapia de Casal - uma solução para casamentos em crise

O que é terapia de casal?

É uma terapia conjunta centrada no relacionamento amoroso. Dentro da linha Sistêmica da Terapia Familiar e Conjugal, o tratamento, nestes casos, visa facilitar a comunicação do casal que pode estar, “fechada para si e aberta para o mundo” ou, então, “fechada para si e para o mundo”. Não existe um tempo determinada para ser realizada, normalmente as sessões terminam quando o casal “casa-se novamente” (dá-se o “re-casamento”) ou desfaz de vez a relação.

Muitas vezes, os filhos do casal em crise chegam antes ao consultório, encaminhados pelos próprios pais. Durante a análise do caso, o terapeuta faz o convite para que o casal trabalhe as questões que estão sendo assimiladas pela criança ou adolescente. A terapia de casal consiste na alternância de sessões individuais (entrevistas) e conjuntas. Muitas questões da vida íntima de um casal, como a insatisfação sexual e os casos extraconjugais, são tratados primeiramente entre o indivíduo e o seu terapeuta para, depois, serem trabalhados nas sessões conjuntas.

Pontos freqüentemente trabalhados na Terapia de Casal
  • a comunicação do casal, na vida pessoal e sexual.
  • o enriquecimento dos comportamentos positivos, através do trabalho da auto-estima do parceiro mais dependente dentro da relação.
  • o desenvolvimento das habilidades nas resolução de problemas, através do tratamento da dependência. Neste caso, o dominador é conduzido a limitar-se para que ele não seja conivente com o estado de dependência do outro.
  • a mudança de padrões de comportamento que levam à discórdia conjugal (está muito ligado à submissão feminina e ao autoritarismo masculino)
  • o alívio dos problemas sexuais (perda da libido ou casos de impotência e frigidez)

Em Juiz de Fora, o valor a ser cobrado em sessões individuais por um psicólogo é de R$20 (conveniado) e R$30 (particular). As sessões conjuntas custam R$40 (conveniado) e R$60 (particular)*.

Tipos de casais que procuram a terapia

De acordo com a linha Sistêmica, dentro da Terapia Familiar, pode-se traçar vários perfis psicológicos de relações conjugais desgastadas, dentre elas, destacam-se:

  • Sadomasoquista - o dependente necessita da dependência para se auto-punir.
  • Narcisista - o dominador suga a energia do dependente para se sentir “maravilhoso”
  • Transferência X Transferência - inversão de papéis masculinos e femininos
  • Relação “papai e mamãe” - extingue-se a libido dentro da relação
Contra-indicação

Para o terapeuta Luiz Fernando Bustamante, a única contra-indicação para se começar uma Terapia de Casal é “não querer redescobrir o amor e o prazer”. No entanto, muito se questiona a eficácia do tratamento em pessoas que apresentem distúrbios psicóticos anteriores ou dependência química. No primeiro caso, a Terapia de Casal pode servir como um complemento à psicoterapia individual. Caso um dos parceiros seja enquadrado como alcoólatra ou dependente de droga, este é encaminhado aos Conselheiros Químicos (profissionais graduados) ou aos grupos anônimos, como o A.A., N.A., NARANOM ou ACANOM (os dois últimos são grupos religiosos que trabalham toda a família do dependente).

O tratamento também estará comprometido quando um dos parceiros resiste em terminar uma relação extraconjugal. Neste caso, o terapeuta ou psicólogo terão que trabalhar o papel do amante na vida daquele indivíduo (e também do casal, já que, nestes casos, ele é o “suporte” da relação), através de uma análise comportamental. Quando estes casos são furtivos e constantes, o papel do terapeuta é auxiliar o indivíduo a conviver com a traição, caso ele esteja aberto a isto ou com a culpa de estar traindo.

*Os valores foram informados em maio de 2000