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Desfile Grupo 1B

Cacique de Lins
A escola do bairro Linhares homenageia a Funalfa, organizadora do carnaval em Juiz de Fora

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Rep?rter: Ricardo Corr?a
Edi??o: Ludmila Gusman
Designer: L?via Mattos

N?o ? novidade para ningu?m que os recursos de uma escola de samba s?o escassos para tanta id?ia na cabe?a de seus carnavalescos.

No segundo grupo ent?o, nem se fala. E para fugir um pouco disso, a Cacique de Lins, do Bairro Linhares, apostou na criatividade. Dentro do desfile, materiais baratos, ou reciclados, como v?rios cd?s que enfeitavam um dos carros aleg?ricos, ou peda?os de cartazes de filmes em outro. O tema: Funalfa, valorizando e incentivando nossa cultura (ou?a trecho do samba-enredo).

Acusado por alguns de ser chapa branca, o enredo contou a hist?ria da Funda??o Cultural Alfredo Ferreira Lage, organizadora do Carnaval, que nasceu no mesmo ano da escola. Assim, a Cacique abriu, em suas fantasias e carros aleg?ricos, um grande espa?o para as manifesta?es culturais de Juiz de Fora.

Um dos carros que chamavam mais aten??o era o que retratava o museu Mariano Proc?pio. Com ?rvores, bichos e um aviso "cuidado com os macacos", o carro trazia um pedalinho bem no centro, com uma senhora feliz e disposta que roubava a cena. A escola se preocupou com detalhes, como o "Proibido pescar", e retratou ainda a Biblioteca Murilo mendes, o Museu Ferrovi?rio e Centro Cultural Bernardo Mascarenhas.

Eram outras tr?s alegorias, al?m dessa do Museu Mariano Proc?pio. O t?mido abre-alas trazia a inscri??o com o nome da escola e era escoltado por ?ndios. Depois vieram ainda o Cinema Paratodos, que trazia um "Entrada Franca" na frente e reproduzia cartazes de filmes exibidos gratuitamente no projeto. No ?ltimo carro, a representa??o da Funalfa Edi?es, com alguns dos t?tulos lan?ados pela editora da Funda??o.

Nas alas, o Jornal Orpheu, o Museu da Imagem e do Som, representado pelas baianas que usavam uma roupa bem escura, incomum na maioria dos desfiles, o Nossa M?sica, na bateria, A Rede Mercocidades, a Lei Murilo Mendes, o Pandeiro de Ouro e o Projeto Descobrir, esse na ala infantil.

A criatividade tamb?m marcou a entrada da escola na avenida, com a comiss?o de frente pintando um quadro enquanto desfilava. O desfile que come?ou por volta das 0h15 se deu, durante um pequeno per?odo, debaixo de uma chuva fina, que no entanto, n?o chegou a prejudicar a escola de samba do Linhares.

A hist?ria da Cacique de Lins

A Cacique de Lins foi fundada em 1978, ainda como bloco de embalo "Cacique de Lins". O nome uniu o s?mbolo, um ?ndio e a abreviatura de "Linhares", bairro sede da escola. Nos desfiles oficiais, a Cacique entrou na disputa em 1979. No ano seguinte foi campe? do terceiro grupo, subindo para a Segunda categoria das escolas da cidade. No final da d?cada de 80, viveu um grande momento: de 1988 a 1990, foi tricampe? do grupo 1-B, quando ainda n?o havia acesso ao grupo especial.

T?tulo novamente, depois disso, s? em 200, com o enredo "Quem ser? o dono desta festa?", que levou a escola para o grupo oficial. Mas no ano seguinte a escola caiu de novo para o 1-B, onde luta at? hoje para se reerguer.

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