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Especial Banda Daki


N?o foi s? alegria
Brigas de gangues na frente do desfile, sujeira e canteiros estragados tiram um pouco do brilho da festa do s?bado de carnaval

Rep?rter: Ricardo Corr?a
Edi??o: Ludmila Gusman
Designer: L?via Mattos

A avenida foi palco da alegria, mas n?o s? da alegria. Houve tamb?m quem n?o entendesse o esp?rito da brincadeira, como sempre tem. Brigas aconteceram, como sempre. Pris?es aconteceram, como sempre, e um pedacinho do desfile ficou manchado por pessoas que n?o tinham nada a ver com a hist?ria. A Pol?cia que filmou e usou cavalaria trabalhou muito e, felizmente, nada de mais grave aconteceu.

A pior situa??o se viu pr?ximo ao cruzamento entre a Floriano Peixoto e a Rio Branco. Ali, bem antes da banda de fato passar, aconteceram brigas. Em uma delas, um homem caiu e foi chutado violentamente pelos outros. Machucou muito o rosto e ficou semi-inconsciente. Alguns segundos depois a Pol?cia chegou. J? era tarde para prender os autores. Ele ficou ca?do no ch?o, por minutos, uns 15, at? que o servi?o m?dico chegasse para atend?-lo e lev?-lo para o hospital, com cortes no rosto e ainda sem conseguir se mexer.

Essa foi uma situa??o em que a pol?cia chegou tarde, mas isso aconteceu poucas vezes. Foram v?rios princ?pios de confus?o, principalmente ? frente do desfile, mas a maioria absoluta deles terminou em poucos segundos. Era s? come?ar uma correria que logo vinha a pol?cia, tamb?m agindo com for?a e dispersando as gangues que se enfrentavam de tempos em tempos na avenida.

No meio de uma dessas brigas, um jovem foi detido. Ele estava no meio de uma confus?o quando foi segurado por dois policiais ? paisana, no meio da multid?o. Um deles sacou o rev?lver, pegou o jovem e levou para o carro da Pol?cia Militar. Enquanto isso, com espadas e cacetetes, policiais da cavalaria correram, cercaram e acabaram com mais um princ?pio de confus?o.

Precau?es
Muita gente junto ? sempre motivo de preocupa??o. Por isso, muitos pr?dios na Rio Branco colocaram tapumes ou cercas fechando a entrada. Cuidados para evitar vandalismo e tamb?m a sujeira. Muitos usam qualquer parede ou canto como banheiro, provocando um mal cheio de embrulhar o est?mago. Pr?ximo ? Catedral, todo o passeio j? estava molhado, fruto da falta de educa??o e da inexist?ncia de banheiros qu?micos ou p?blicos fixos em quaisquer pontos por onde a banda passa.

Tamb?m os respons?veis pelo desfile tomaram suas precau?es. Na noite anterior, j? dava para ver, na avenida Rio Branco, v?rias faixas pregadas nos canteiros. Pediam que os foli?es respeitassem a avenida, n?o subissem e estragassem os canteiros. Precau??o para que a banda n?o perdesse o lugar para o desfile do ano que vem. O prefeito Alberto Bejani quer tirar a banda da Rio Branco, o que nunca aconteceu, e disse que s? n?o faria isso se os canteiros fossem preservados.

N?o adiantou muito. As pessoas mal cabiam no ch?o, e se aglomeraram tamb?m em cima dos canteiros. Bem verdade que a destrui??o foi menor que a dos anos anteriores, quando arquibancadas esmagavam ?rvores, flores e folhas dos jardins. Mas ? o que se esperava. Depende agora da Prefeitura julgar se o estrago, agora menor, vale ? pena, ou se banda vai ser fadada a sumir de seu ponto mais tradicional, onde desfila h? d?cadas. ? esperar pra ver!

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