Hoje s?o 100 mil, mas eles j? foram 14, 15, nada mais do que isso e mais uns
100 participantes que aderiram pelo caminho. Eram animados, ? verdade, a
famosa Turma do Largo do S?o Roque, que fez barulho naquele ano de 1972.
Tanto que tirou do trabalho Jos? Carlos Passos, o Z? Kodak,
que por alguns minutos foi ver os amigos desfilar. O tradicional general da
banda ainda n?o era um deles, s? se tornou no ano seguinte. Mas ent?o de
onde surgiu a Banda Daki?
Surgiu aqui, mas de id?ias que vieram de outras bandas, literalmente. Em Ub?
surgiu o g?nero: banda de Carnaval. Em Ipanema copiou-se, e em Juiz de Fora,
aperfei?oou-se.
Uma d?cada se passou at? que a id?ia de Ferddy Carneiro, ubaense que levou a
tradi??o de Ub? para Ipanema, chegasse a Juiz de Fora. Junto com Albino
Pinheiro e o cartunista Jaguar, eles recriaram, no famoso bairro carioca, a
banda do barbeiro Jos? Rinaldi, que simulava a ressurrei??o de um personagem
nas ruas da cidade mineira de Ub?.
Em Juiz de Fora, a id?ia chegou em uma mesa de restaurante, ap?s id?ia de
Ivanir Yasbeck, hoje colunista da ACESSA.com. Ele, seus irm?os Muniz e Samir
Yazbeck, e toda a turma do S?o Roque foram os verdadeiros fundadores. Os
nomes s?o muitos, e sempre lembrados na cidade. Lu?s Carlos Novaes
Rosa, o Capeta, Walmir Pifano, M?rcio Domenici
Alves, o Jacar?, Jos? Paulo Abdalla, Adair Ara?jo e
Nicolau Helv?cio.
Era para ser a Banda de S?o Roque, mas para atrair a participa??o da cidade,
o nome foi mudado logo. Maninho ressaltou que teria que ser "uma banda daqui
da cidade, e n?o apenas do largo S?o Roque". Id?ia para o nome, que ganhou
um K para ficar mais original. Nascia a Banda Daki.
Na ?poca, como hoje, a concentra??o era no Largo do S?o Roque, hoje Largo do
Riachuelo. O percurso, no in?cio, era parecido. Rio Branco, depois Halfeld,
depois Batista de Oliveira e depois S?o Jo?o, em frente ao Bar do Bol?o.
O estilo ? que era um pouco diferente. Dif?cil imaginar, hoje em dia, a
banda distribuindo rosas para a popula??o, mas naquele ano foram 150 d?zias,
o que ajudou a ganhar adeptos e engrossar o desfile do ano seguinte. Outra
curiosidade que j? n?o se v? mais hoje em dia, era a faixa com os dizeres
"Data v?nia, isto ? uma pusilanimidade, quer queiram ou n?o". Se algu?m n?o
entendeu o que significa, n?o se preocupe, ? esse o objeitivo, como o
"Yollesman Crisbelle" da Banda de Ipanema.
No deccorrer dos anos, muitos c?nticos foram entoados pela Banda Daki. O
mais famoso deles, "Ai se eu fosse feliz", esp?cie de samba da Feliz
Lembran?a, composto em 1948. Quem ? das antigas e gosta de carnaval em Juiz
de Fora j? deve ter cantado o refr?o famoso alguma vez. Quem passou pela
banda tamb?m.
A banda fez gente famosa. O maestro Tim, o foli?o ass?duo, Zez? Garcia,
diversos reis momos, como Carlos e J?lio Guedes, Carlos Eduardo e Nicolau
Helv?cio, o primeiro deles. Pol?ticos de todos os partidos, intelectuais e
muita, muita gente comum. Ou comum s? at? sair de casa, com uma roupa
diferente, vestido de mulher ou de homem, como monstro, personalidade ou
simplesmente como a representa??o da alegria do Carnaval. Festa brasileira,
com um toque "Daki". Leia mais:
Veja como foi o
desfile que levou quase cem mil ?s ruas da cidade
Como nascem as
fantasias
irreverentes do desfile da Banda Daki
Brigas, sujeira e
canteiros estragados tiram parte do brilho do desfile
Veja a cobertura
fotogr?fica com quase cem fotos do desfile