Educador social é preso por crimes contra a dignidade sexual de uma criança e duas adolescentes acolhidas em um abrigo do município
Um educador social de 42 anos foi preso pela Polícia Civil por praticar atos libidinosos e também por tentativa de ato libidinoso cometido contra uma criança de 2 anos e duas adolescentes, de 13 e 15 anos, respectivamente.
Os crimes aconteceram em um abrigo para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade na Zona Leste da cidade. A denúncia anônima chegou para a Polícia Civil em dezembro de 2022. A coordenação da instituição ao tomar conhecimento do ocorrido, demitiu o educador. "Ele já vinha sendo observado por funcionários da casa, que notaram a conduta diferente dele com as meninas. Quando tomaram conhecimento do que ocorreu, ele foi desligado da instituição".
A equipe reitera o alerta, destacando que é necessário realizar a denúncia quando algo dessa natureza ocorre dentro dos espaços de acolhimento. "O fato praticado por um educador social, dentro de uma instituição que crianças são levadas para a proteção, porque são crianças em risco, em vulnerabilidade. A pessoa utiliza do cargo que ocupa, quebrando assim a responsabilidade, o compromisso de proteção dessas crianças".
"Nesse caso, por envolver crime sexual, o contato pode ser feito pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, o Disque 100, qualquer outra pessoa pode também fazer a denúncia anônima através do 181 ou do 180 e até mesmo ir até a Delegacia mais próxima." Além disso, a delegada reitera que esse é um caso pontual. Que a conduta desse educador em específico não é endossado pela equipe da instituição.
No caso da criança de dois anos, a delegada afirma que ainda são levantados dados. Pelo relato das menores ocorreu no ano passado. "Elas relataram ter passado por 'brincadeiras' de cunho lascivo. Na verdade não são brincadeiras. A pessoa utiliza a profissão para praticar os ato libidinoso. " Havia um ano que o homem trabalhava como educador no local, conforme a apuração da equipe.
Prevenção
Conforme a delegada Alessandra Azalim é fundamental orientar e acompanhar as crianças. "A informação deve sempre acontecer. Quanto maior a informação, maior a prevenção. Essas crianças e adolescentes precisam estar sempre informadas, porque são vítimas muito propensas a atos libidinosos. Em abrigos, as pessoas que trabalham com essas crianças precisam ficar atentas. orientá-las, requer cuidado, porque são crianças já vulnerabilizadas. O nosso medo é que essa pessoa utilizando da sua profissão, consiga a satisfação da sua lascívia, valendo-se do cargo e valendo-se do grau de vulnerabilidade e carência".
São crianças retiradas dos lares por um motivo grave e são levadas para um local em que podem receber abrigo e proteção. Acabam sendo violentadas. "Temos ciência de outros casos, envolvendo violência sexual envolvendo outros abrigos. Investigações que estão sob sigilo", comentou a delegada.
No momento, a ação do homem é avaliada, dentro da perspectiva de tentativa de estupro de vulnerável, o estupro de vulnerável consumado. "Estamos analisando a tentativa de estupro de vulnerável, tem também a possibilidade de fraude sexual. Tudo caminha para estupro de vulnerável e ele nega." Ainda de acordo com a delegada, porém, foram atos libidinosos reiterados. "São Pessoa acima de qualquer suspeita, assim como vários outros abusadores. Mais de 90% dos abusadores são pessoas para a sociedade não cometeria qualquer tipo de crime. A pessoa se vale da confiança, vítimas confiam. Pessoas próximas, pessoas queridas, amigos. Costuma acontecer dentro de casa. "
Por isso, o procedimento foi encaminhado para a Vara da Violência Doméstica. Primeiro distribuído na vara comum. Mas o Juiz entendeu que se tratava de violência doméstica contra a mulher dentro do âmbito da relação doméstica. " A decisão foi tomada pelo juiz da vara da violência doméstica. Local em que as vítimas moravam e ele convivia praticamente diariamente com essas meninas. Tinha uma relação de confiança. No geral, temos um número bem alto de casos de violência sexual contra crianças e adolescentes. , mas ainda existe subnotificação o que chega para nós ainda é muito pequeno. em relação aquilo que realmente existe. Houve aumento, principalmente, dos crimes praticados contra crianças e adolescentes dentro do ambiente virtual. Isso tem crescido muito", salienta.
orientações
Tanto crianças quanto adolescentes para nossos pais, o primeiro recado dado pela delegada Alessandra Azalim é: "Tomar cuidado com quem você conversa, o que você conversa. O que publica. Não confie em qualquer pessoa". Para ela, também é importante estar atento aos sinais, que são muito comuns, entre crianças e adolescentes. Verificar, se está irritada, se passa muito tempo sozinha na frente de computador e smartphone. Há casos de automutilação. Hoje mesmo estava falando sobre isso, uma coisa que me chamou atenção antes do carnaval. Várias meninas que nos procuraram para denunciar questões de abuso sexual, pela internet, tentaram suicídio me chamou muito a atenção."
Ela reforça que os pais precisam ficar atentos. "Cai rendimento escolar. Há mecanismos de bloqueio, verificar tempo de conversa. Orientar e evitar publicar fotos de crianças pequenas nuas, com o uniforme escolar. A internet é um campo muito fértil para a prática de crimes. O predador, digital, encontra em crianças e adolescente vítimas muito vulneráveis. Temos crimes contra a honra, os crimes que estão previstos no estatuto da criança e do adolescente. São várias armazenamento de fotos e vídeos. Simular cenas de sexo, vídeos, nudes, extorsão, prática do cyberbullying. Quando o filho está sozinho na internet pode ser alvo de pessoas maldosas, que estão ali para captar dados e vender fotos e vídeos para sites de pornografia". Outra coisa sobre a qual a delegada alerta é que esse tipo de crime não é só cometido por adultos. Adolescentes cometem atos infracionais ligados a violações de dignidade sexual através da internet. "O Pedófilo se comporta como criança, fala infantilizada e vai ganhando confiança. Todos os casos que chegam diariamente, os fatos se repetem e são muito parecidos. Se pede um nude, se você entrega. quem está do outro lado pede mais, nasce um crime de extorsão e até de estupro virtual. Ele passa a constranger essa vítima."