Polícia Civil investiga caso de lesão corporal sofrida por criança em colégio de Juiz de Fora
Mãe compartilhou o caso da filha e pede por respostas e justiça
A Polícia Civil investiga um caso de lesão corporal contra uma criança de um ano e 11 meses e foi registrado pela mãe da menina no dia 18 de maio. O caso foi encaminhado para a 4ª Delegacia, onde será apurado. A autoridade policial requereu exame pericial e oitivas com os envolvidos deverão ser realizadas.
O relato da cirurgiã dentista, Eliane Morais, viralizou nas redes sociais no fim de semana. No vídeo, ela pedia respostas para entender o que ocorreu com a filha. Ela contou no vídeo, que ao buscar a menina, foi abordada por um funcionário da escola, que mostrou ferimentos no corpo da criança. Mas alegava que desconhecia o motivo que teria causado as lesões, embora tenha pedido desculpas e afirmado que algo semelhante não ocorreria novamente.
Eliane relatou à Acessa.com, que o formato que as lesões foram tomando a deixou muito assustada. O que a motivou a buscar a Polícia Militar e registrar um Boletim de Ocorrência. "Ela fez o exame de corpo de delito e o médico disse que o ferimento não podia ter sido causado por outra criança da mesma idade. Ou poderia ter sido causado por uma criança bem maior ou por um adulto". Ela ressaltou que a profissional que levou a criança até ela no dia do ocorrido estava muito nervosa e ficava pedindo desculpas.
"Ela ficava dizendo que não aconteceria mais, porém, ao questionar sobre o que teria acontecido, as professoras que ficam com ela me respondiam que as mesmas não sabiam o que houve, que ninguém viu nada. Mas 2 dias após o fato aí já tinham visto. A diretora me disse 2 dias depois as professoras falaram que minha filha foi machucada por um bebê da mesma idade, em uma disputa por brinquedo. E que nesse momento ela chorou muito. Elas concluíram que nessa hora a lesão foi ocasionada."
Ainda de acordo com a mãe da criança, não houve clareza por parte do estabelecimento de ensino. "Senti uma falta de apoio da escola, a falta de retorno a frieza que eles tinham demonstrado e a tentativa de diminuir o que aconteceu o tempo todo. Nas conversas com a diretora, ela me dizia que esse era um caso pontual, que a escola nunca tinha tido uma ocorrência dessa forma. Me fazendo entender que esse era somente um problema meu". Diante dessa reação, Eliane sentiu que era necessário agir. "Acendeu um alerta de mãe, porque ocorrem tantas coisas estranhas e lidar com o comportamento da minha filha foi muito difícil." No vídeo ela conta que a criança teve muita dificuldade para dormir. Além de acordar assustada várias vezes ao longo da noite."
Eliane busca por respostas e justiça. "O caso está com a Polícia Civil. As imagens foram entregues pelo Colégio à Polícia e encaminhadas para a perícia. Entramos com uma medida cautelar contra o Colégio. Eu não sei o teor das imagens que foram entregues, me informaram que foram entregues em pen drive.Vamos solicitar judicialmente o HD do colégio, porque queremos tudo. No momento, o caso está no Ministério Público", explica.
Em comunicado assinado pelo fundador e diretor geral da Rede de de Ensino Apogeu, Makerley Arimateia,a instituição expressa a atenção e cuidado em relação ao caso em que marcas foram identificadas no braço de uma das crianças da unidade Jardim Norte."Para nós, esse acontecimento é motivo de grande preocupação e requer uma abordagem séria e responsável. Sendo assim, desde o ocorrido, a equipe da escola está colaborando com a família e as autoridades para que tudo seja esclarecido com transparência e o mais breve possível."
O posicionamento oficial reforça que, com o intuito de apurar e colaborar com os órgãos públicos de investigação, no dia 5 de junho as imagens foram entregues à Polícia pela própria escola. "Nelas, não encontramos nenhuma ocorrência dentro de nossa instituição de ensino que se correlacionasse ao caso.Reafirmamos nosso compromisso com a segurança e o bem-estar de todos os nossos alunos, o qual sempre foi prioridade da instituição ao longo de mais de 20 anos de existência." Na nota, o fundador garante que a instituição continuará trabalhando na apuração do caso juntamente à família e aos órgãos responsáveis para que seja solucionado o quanto antes e as devidas providências tomadas.
Em novo comunicado à imprensa, a escola reforça o interesse no esclarecimento da questão e na busca da verdade e da justiça. "Garantimos que continuaremos trabalhando na apuração do caso juntamente aos órgãos públicos de investigação para que seja solucionado o quanto antes e as devidas providências sejam tomadas, de forma que, independentemente de quem seja, o responsável venha a ser punido."
A instituição reiterou também a entrega das imagens à Polícia Civil atendendo exatamente à solicitação feita à instituição de ensino. "Nelas, a escola não encontrou nenhuma ocorrência dentro da instituição de ensino que se correlacione às manchas vermelhas que a aluna apresentou e que, com o passar dos dias, se tornaram roxas. Sendo assim, a instituição disponibilizou as imagens, precisamente conforme o pedido da polícia."
No novo texto, o Colégio Apogeu alega que a mãe foi avisada sobre as auxiliares de disciplina terem percebido as manchas durante o banho. "Ela foi informada pela enfermeira na hora da saída. A profissional questionou a genitora se tinha conhecimento a respeito delas"
A escola ainda pontua que, no mesmo dia do ocorrido, a diretora da escola solicitou à equipe técnica as devidas imagens." No dia seguinte, a mãe buscou a criança mais cedo na escola. A diretora, que já estava com as imagens em mãos para apresentação à genitora, entrou em contato com ela, que optou por ir até a escola no próximo dia. Somente por isso ela assistiu aos vídeos dois dias depois."
A equipe do Apogeu afirma que o ambiente escolar é monitorado por câmeras e todos os integrantes da comunidade educativa (colaboradores, pais, mães, alunos e familiares) têm a ciência de que estão sendo filmados dentro dos ambientes da escola. "Assistindo ás imagens é possível verificar que a criança chegou de casaco na escola, às 9h36. Às 10h50, ela entrou no banho. Foi quando as auxiliares de disciplina viram as marcas. Ainda conforme é possível identificar pelas gravações, a criança sai do banho tranquila, não há choro ou qualquer sinal que se associe ao fato".
No período de cerca de uma hora, entre a chegada dela e o banho, segundo a escola, a criança ficou somente na sala de aula, quando interagiu apenas com outras crianças da turma. "Reafirmamos nosso compromisso com a segurança e o bem-estar de todos os nossos alunos, o qual sempre foi prioridade da instituição ao longo de mais de 20 anos de existência. Para nós, esse acontecimento é motivo de grande preocupação e requer uma abordagem séria e responsável", conclui.