Assessor parlamentar do vereador Cido Reis é exonerado um dia depois de operação do Ministério Público em Juiz de Fora
Gabinete do parlamentar foi alvo de operação do Ministério Público que apura o desvio de recursos públicos recebidos por entidade civil de caráter filantrópico. Veja o que diz a assessoria do vereador.
O assessor parlamentar do vereador Cido Reis (PSB), Gilmar Antônio Oliveira, foi exonerado nesta sexta-feira (6) um dia depois do gabinete do vereador ser alvo de cumprimento de mandados de busca e apreensão em Juiz de Fora.
A ação fez parte da Operação "Proditora 2", do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que tem como objetivo apurar o desvio de recursos públicos recebidos por entidade civil de caráter filantrópico.
A exoneração de Gilmar foi publicada no Atos do Legislativo da Câmara Municipal, conforme a portaria nº 5972. A saída foi confirmada à reportagem pela assessoria do vereador, que ressaltou que a exoneração foi a pedido do gabinete para que ele possa se dedicar à defesa.
Surpreendido
Na noite dessa quinta-feira (5), por meio da assessoria, o vereador se disse surpreendido com a operação e afirmou não ter qualquer acusação formal.
"Fomos surpreendidos por uma operação na manhã desta quinta-feira, 5, desencadeada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) sobre uma suposta investigação relativa a instituição filantrópica sem nenhum vínculo com o vereador. Não há qualquer espécie de acusação formal, o que existe é uma investigação e iremos atender tudo que a justiça nos requisitar. Reforçamos que não existem vinculações ao seu mandato e que toda atuação do vereador Cido Reis como parlamentar tem sido pautada pelo interesse público e atendimento à população. Confiamos na justiça e estaremos sempre ao lado dela".
Operação
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) deflagrou, na manhã dessa quinta-feira (5), a operação que tem como objetivo apurar o desvio de recursos públicos recebidos por entidade civil de caráter filantrópico sediada em Juiz de Fora. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão, sequestro e indisponibilidade de bens, afastamento de cargos públicos e cautelares pessoais diversas da prisão.
O objetivo da operação é arrecadar provas para a conclusão de investigações que apuram desvios de verbas públicas utilizando-se de entidade civil de caráter filantrópico.