Analise de dados para a remodelação do transporte público de Juiz de Fora ainda não foi apresentados pela Prefeitura e pela UFJF

Estudo entregue em outubro ainda não teve apontamentos e soluções divulgadas para a população

Por Da Redação

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Com custo total de R$ 651.078,58, o Convênio para Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) celebrado entre a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), concluiu o projeto “Ciência de dados aplicada à gestão contábil-financeira do transporte coletivo urbano do município de Juiz de Fora (CIGECON-TRANSURB)”, em outubro de 2023. Entretanto, embora o trabalho tenha se debruçado sobre informações importantes- como a quantidade de viagens realizadas por território, como e para onde os passageiros se deslocam- e elas já estejam nas mãos do Executivo, os resultados ainda não foram disponibilizados para o conhecimento da população. 


Informações sobre o modo como o material coletado e analisado pela UFJF baseará a remodelação e que soluções propõe também não foram abordadas pelo Executivo e nem pela Universidade. O Portal Acessa.com fez contato com a UFJF e com a Prefeitura, em busca de obter informações sobre o estudo, porém, até o momento, não obteve retorno.


O projeto tinha por objetivo desenvolver um sistema computacional de monitoramento e controle do fluxo contábil-financeiro e operacional do sistema de bilhetagem e dos custos operacionais da Concessionária na prestação de serviços. Para tanto, profissionais das áreas de Modelagem Computacional e Ciências Contábeis da Universidade trabalharam a partir dos dados do sistema.


A Cooperação, inicialmente, tinha o valor de R$570.867,30 e prazo de entrega previsto para abril de 2023. Porém, um aditivo assinado dois dias antes do vencimento do prazo inicial, incluiu um acréscimo de R$80.211,28 no valor da parceria e a ampliação da data de entrega do estudo em seis meses.

Em audiência pública realizada no dia 27 de julho de 2022, o Secretário de Mobilidade Urbana, Fernando Tadeu Davi, respondeu questões a respeito da caducidade do contrato com o Consórcio Manchester, com a ruptura contratual ocorrida naquele mesmo mês. Na ocasião, o titular da pasta ressaltou que o estudo “apontaria os caminhos da melhora”.

 “Questões envolvendo terminais de integração e pensando em pontos de tronco, para que as viagens aconteçam e se evite a chegada dos ônibus até o Centro, facilitando o ir e vir da população nos corredores centrais”, comentou sobre as hipóteses pensadas na época. Tadeu também comentou na audiência sobre a possibilidade de utilização de micro-ônibus nos bairros mais adensados e a integração entre os distritos mais afastados e bairros sede, como, por exemplo, Valadares e Penido, em relação à Benfica.

Para que essas soluções possam ser aplicadas, todavia, o secretário reiterou que é necessário ter os dados em mãos.