Operação contra corrupção e tráfico de drogas dentro das unidades prisionais é realizada em Juiz de Fora
São cumpridos mandados de prisão, busca e apreensão, sequestro de veículos e de indisponibilidade financeira na cidade e em outros sete municípios do país.
Mandados de prisão, busca e apreensão, sequestro de veículos e de indisponibilidade financeira são cumpridos em Juiz de Fora e outras setes cidades do país na manhã desta terça-feira (11).
A Operação “Tabernus” tem o objetivo de desarticular grupos criminosos responsáveis por corrupção e tráfico de drogas dentro das unidades prisionais. Além de Juiz de Fora, a ação é deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com as polícias Penal, Civil, Militar e Rodoviária Federal, nas cidades mineiras de Cataguases e Goianá, e do Rio de Janeiro (capital, São Gonçalo, Angra dos Reis, Mangaratiba e Três Rios).
Segundo o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), são cumpridos 27 mandados de prisão, 36 mandados de busca e apreensão, mandados de sequestro de veículos e mandados de indisponibilidade financeira no importe de R$ 13.362.960,80.
O órgão detalhou que as atividades criminosas investigadas consistem em corrupção ativa e passiva, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro envolvendo crimes praticados dentro das unidades prisionais por agentes de segurança pública, servidores administrativos das unidades prisionais, traficantes de drogas, presos e pessoas com vínculos familiares e sociais com esses grupos.
“A articulação desse grupo criminoso permite a entrada de drogas, equipamentos de comunicação e objetos ilícitos para dentro de unidades prisionais, onde são comercializados de maneira ilícita por valores muito superiores aos negociados extramuros”, afirmou o MPMG.
Além de aproximadamente 300 policiais das forças de segurança pública, a operação conta o apoio da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp), de agentes e servidores do Gaeco-RJ, da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI) do MPRJ, agentes e servidores dos Gaecos de Juiz de Fora e Visconde do Rio Branco e promotores de Justiça.
A operação leva o nome de Tabernus que, em latim, significa bota, maneira como os policiais penais são denominados na massa carcerária.