SINSERPU-JF faz manifestação em frente ao DEMLURB, contra supostos casos de assédio moral
A falta de comunicação eficaz com a Administração Municipal foi um ponto crucial levantado durante o ato.
Na madrugada desta terça-feira (20), o Sindicato dos Servidores Públicos de Juiz de Fora (SINSERPU-JF) organizou um protesto no pátio do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DEMLURB), localizado no Bairro Vila Ideal, em Juiz de Fora. O ato foi motivado pela persistência de graves problemas relacionados à segurança e às condições de trabalho, incluindo repetidos casos de assédio moral que têm gerado um ambiente opressivo e angustiante para os trabalhadores, segundo o Sindicato.
A manifestação, que contou com a presença de diversos diretores do SINSERPU-JF, incluindo a presidenta Deise Medeiros e o diretor Social, Raça e Gênero Adenilson Reginaldo “Zé Neguinho”, teve como objetivo destacar a deterioração das condições laborais no DEMLURB e a falta de respostas adequadas por parte da Administração Municipal.
“Estamos enfrentando uma situação crítica no DEMLURB. A categoria está adoecendo devido ao ambiente de trabalho opressivo e ao constante assédio moral”, declarou Adenilson Reginaldo, que também é funcionário do DEMLURB. Ele fez um apelo aos servidores para que registrem e denunciem qualquer situação irregular, assegurando o apoio do Sindicato para levar essas denúncias adiante.
Em nota, o Demlurb destacou que "a respeito da manifestação realizada no dia de hoje, o Demlurb reconhece o direito legítimo de representação dos trabalhadores e informa que não há nenhum registro formalizado sobre supostas situações de assédio.
Reforçamos ainda que, em todas as atividades desenvolvidas pelo DEMLURB, o Departamento prima por observar estritamente todos os direitos trabalhistas e condições legais aplicáveis".
Necessidade de urgência
A presidenta Deise Medeiros ressaltou a urgência da situação ao afirmar que o DEMLURB “está na UTI” e que a mobilização é crucial para melhorar as condições de trabalho dos servidores. Durante o ato, os manifestantes impediram a saída de ônibus em péssimas condições, que transportavam os trabalhadores de forma inadequada, destacando a necessidade urgente de melhorias.
O protesto incluiu o uso de faixas e um carro de som emprestado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), com mensagens como “Pelo respeito às mulheres” e “Basta de assédio moral”. Outros slogans também foram expostos, abordando temas como “Chega de sucateamento” e “A NR 38 é lei. Cumpra-se”, referindo-se à Norma Regulamentadora que trata da segurança e saúde no trabalho.
Vários diretores do SINSERPU-JF expressaram sua indignação com a situação. O vice-presidente Weber Wagner destacou a frequência dos casos de assédio, enquanto o diretor de Comunicação e Cultura Irlan Pereira fez um apelo por respeito às mulheres. O diretor de Saúde Anderson Luís Gonçalves “Andinho” leu um poema de Eduardo Alves da Costa, enfatizando a necessidade de ação antes que a situação se agrave ainda mais. O diretor financeiro Alexandre Crepaldi “Chaves” sublinhou a importância do DEMLURB para a cidade e a necessidade de reformas.
A falta de comunicação eficaz com a Administração Municipal foi um ponto crucial levantado durante o ato. Deise Medeiros criticou a falta de respostas aos ofícios enviados pelo Sindicato, que solicitavam esclarecimentos sobre as condições de trabalho e a aplicação do APCR para vigias. “É um monólogo”, afirmou Deise, refletindo a frustração do Sindicato com a ausência de diálogo.
O ato também contou com a presença de outros diretores do SINSERPU-JF, como a diretora Administrativa Denise Medeiros, o diretor financeiro Marco Antônio Ribeiro, a conselheira fiscal Vera Lúcia Daniel e os diretores de Base Alexandre Pereira, Rodrigo Reis e Samuel Andrada. Além deles, o vice-presidente do Sindicato dos Bancários e diretor da CUT Watoira Antônio de Oliveira também esteve presente, demonstrando solidariedade à causa.