Procon de Juiz de Fora divulga pesquisa sobre riscos da publicidade infantil de alimentos

Levantamento alerta para os perigos de alimentos ultraprocessados destinados ao público infantil.

Por Redação

Riscos da publicidade de produtos infantis

A Agência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) de Juiz de Fora (PJF) divulgou, nessa terça-feira (8), a pesquisa intitulada "Segurança Alimentar e Publicidade Infantil de Alimentos", com foco nos malefícios de alimentos industrializados e ultraprocessados voltados para crianças e adolescentes. O estudo, lançado especialmente para o Dia das Crianças, aborda o impacto desses produtos no mercado de consumo. A pesquisa completa pode ser acessada aqui.

Um dos destaques do levantamento é a comparação de preços entre produtos com a mesma composição, mas com embalagens distintas — uma comum e outra com apelo para o público infantil, com personagens de desenhos animados e cores chamativas. A pesquisa revelou que produtos direcionados às crianças são, em geral, mais caros, tanto em lojas físicas quanto online.

Além disso, o Procon/JF orienta os consumidores sobre a importância de verificar as tabelas e rótulos nutricionais, destacando informações que devem estar presentes nas embalagens, como os teores de gordura, sódio e açúcar adicionados. A pesquisa ressalta que o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados, muitas vezes apresentados como atrativos para crianças, está relacionado ao aumento de casos de obesidade infantil e ao desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), como diabetes, colesterol alto e problemas cardíacos.

A gerente do Departamento de Estudos, Pesquisas e Projetos (DEPP) do Procon/JF, Gisele Zaquini, reforça a importância da conscientização: “Alertar consumidores, adultos e crianças, é também tarefa indispensável às ações do Procon e é importante apresentar informações sobre como se comporta o mercado de consumo para garantir os direitos do público infantil, principalmente quanto à publicidade, à precificação e à segurança alimentar de produtos destinados a esses consumidores hipervulneráveis.”