Dia internacional da mulher
Sua filosofia de vida brinda o sucesso e aceita a dor. "Quando vem o
sofrimento tem que saber aceit?-lo. Pensar: por que n?o eu? Toda a
humanidade teve seus momentos dif?ceis", diz. M?e de sete filhos, av? de 20
netos e bisav? de quatro, Zuleica procura manter-se bem consigo
para ter condi?es psicol?gicas de ouvir e amparar quem lhe pede aux?lio. "Se quando voc? nasce todos riram enquanto voc? chorava, viva de maneira que
quando morrer, enquanto os outros chorem, voc? ria", ensina. Mulher de opini?o No munic?pio, Zuleica v? a mulher como essencialmente ativa. "Juiz de Fora
sempre teve mulheres marcantes. A inesquec?vel Petina de Miranda Teixeira. Na filantropia, tem a Maria Jos? Vilela de Andrade, a Mar?lia Teixeira Leite
de Andrade. Hoje, por exemplo, tem a Odete Siamp, uma grande e caridosa
alma. Tenho muita admira??o e respeito por ela. A Mirleane Le?o, uma
bonita e elegante presen?a na sociedade. E a empres?ria Maria Pires, uma
pessoa s?ria e competente", destaca.
A cunhada do poeta Murilo Mendes A lembran?a da viv?ncia com o poeta Murilo Mendes, seu cunhado, Zuleica
guarda com carinho.
"Murilo foi uma pessoa cuja conviv?ncia foi um privi?gio. Ele marcou a vida
pela sua simplicidade. O momento em que ele conversava contigo era seu e
dele. Ele te dava toda a aten??o. Gostava muito de conversar com ele sobre
fam?lia". Sempre com uma vida socialmente ativa, no in?cio da d?cada de cinq?enta, ela
acompanhou, ao lado do marido, o inc?ndio que destruiu o lend?rio Clube Juiz de Fora. "Os s?cios se sentiram ?rf?os". Mas n?o se abateu. "Aprendi com meu marido
uma grande li??o: n?o medir a nossa vida pelas trevas. pelas noites
sombrias, pelas dificuldades, pelas m?goas. Temos que valorizar os dias em
que o sol nasce para gente. Eles s?o mais numerosos". Mulher empreendedora
Diante da nova gera??o, ela lamenta:
"para quem participou ativamente do segundo mil?nio, ? muito triste ver que
o terceiro veio com for?a de destrui??o muito grande, que tirou a esperan?a
de mundo melhor. J? come?amos o terceiro mil?nio com guerras. Era para o
mundo ter avan?ado, progredido, mas ele parece que regrediu". E pede: "o
jovem tem que ter muita garra, convic??o de que ele pode melhorar o mundo,
sendo participativo em todos os setores da vida, n?o se omitindo".
Zuleica se diz orgulhosa de ser brasileira e
envergonhada do panorama atual do pa?s. "H? muitas contradi?es na
pol?tica, tudo soa falso. Um governo que n?o pro?be cigarro e bebida
alco?lica - v?cios que provocam doen?as s?rias - porque conv?m receber os impostos. Um governo que fecha os bingos, coloca centenas de pessoas nas ruas, mas que
explora raspadinhas e loteria. A hipocrisia pol?tica me incomoda". Ela sonha
com uma mulher na presid?ncia da rep?blica. "Acho que com uma mulher no
comando, o Brasil poderia ser respeitado como pa?s s?rio".
Zuleica Mendes viu de perto o desenvolvimento da produ??o de filmes de
Carri?o, estando presente inclusive em algumas grava?es, e lastima a perda
de v?rios rolos do cineastra por m? conserva??o. Em especial, relembra o
registro do baile comemorativo centen?rio de Juiz de Fora e a vinda de Marta
Rocha ? cidade.
"Dona Santinha foi uma companheira maravilhosa do Carri?o, uma grande
incentivadora", diz.
Empreendedora, Zuleica fundou a rede de confeitaria V? Sinh?, h? 25 anos. Hoje, as lojas s?o administradas pela filha. A matriarca tamb?m esteve ?
frente de um complexo de lazer, chamado "Murilandia", por dez anos, onde
convivia muito com os jovens da ?poca, hoje, pais e m?es de fam?lia.