O segundo, ? a diminui??o da taxa de fecundidade, de natalidade da popula??o. Isso ? um dado estat?stico do IBGE: enquanto, na d?cada de 70, a taxa de natalidade era de 5,8 filhos por mulher, o Censo de 2000 nos mostra que nascem 'apenas' 2,3 filhos por mulher atualmente", informa.
Para ele, Juiz de Fora supera, em m?dia, a taxa nacional de idosos pela qualidade de vida. "A cidade tem uma melhor qualidade de vida, um dos melhores ?ndices de desenvolvimento humano do Brasil, um ?timo servi?o de sa?de, um n?vel de escolaridade acima da media do pa?s", comenta. Contudo, o munic?pio ainda apresenta defici?ncias.
Para ele, ? necess?rio que se cumpra a Pol?tica Nacional do Idoso, de 1994, e o Estatuto do Idoso, de 2003. "A lei tem que ser cobrada, tem que pegar. Temos que fazer mais, se fizermos s? o que for cobrado, n?o vamos evoluir", alerta. O mais importante, segundo ele, ? o desenvolvimento de projetos visando a qualidade de vida de todos n?s. "A popula??o jovem, os governantes e os intelectuais de hoje, tem que pensar no seu futuro, pois ser?o idosos daqui a 20 anos. Eles t?m que come?ar a pensar nos problemas do idoso n?o como problemas dos outros, mas como seus problemas tamb?m", diz M?rcio.
O N?cleo de Pesquisa come?ou a ser desenvolvido no munic?pio em 1991 com a implanta??o do Curso de Extens?o "Universidade com a Terceira Idade". Hoje, o P?lo Interdisciplinar na ?rea do Envelhecimento exerce diversas atividades voltadas para esse p?blico, como atividades f?sicas, cursos de inform?tica, de l?nguas estrangeiras, coral, oficinas de m?sica, artesanato, dentre outros. Ao todo s?o 18 projetos, al?m de um trabalho de pesquisa nas comunidades pr?ximas a UFJF buscando dados mais precisos sobre os idosos (esse ano, foi realizado um estudo com 543 idosos, entre abril e maio, no per?odo da Campanha Nacional de Vacina??o Contra Gripe).
"A d?cada de 90 apresentou um aumento de trabalhos de extens?o relacionados ao tema, dentro das universidades. Cresceu o n?mero de trabalhos de pesquisa sobre a popula??o idosa e cursos voltados para o seu enriquecendo cultural, al?m de informativos sobre o processo de envelhecimento", comenta M?rcia. Segundo ela, as aulas dadas pelo P?lo apresentam uma forma de ensino diferenciada, de mais f?cil aprendizado, voltadas para as expectativas dos idosos.
Ela v? como um processo natural o envelhecimento da sociedade e o aumento de programas para atender a demanda dessa parcela da sociedade.
Ressalta que quanto mais idosos a cidade possuir, mais servi?os ser?o disponibilizados. "Os idosos t?m que se conscientizarem de que ? necess?rio solicitar seus direitos, cobrar da sociedade, pois tendo essa demanda, a sociedade vai corresponder", informa.
Para M?rcia, a sociedade est? mudando a vis?o preconceituosa de velhice. "Cada vez mais as pessoas buscam espa?os de conviv?ncia, de lazer e, com isso, a sociedade est? mudando sua vis?o sobre os idosos, o envelhecimento. Ainda existem muitos mitos que a pessoa velha 'acabou para a vida', mas, hoje, est? comprovado que esses mitos n?o t?m raz?o de ser", comenta.
Segundo ela, os desafios do envelhecimento demogr?fico devem ser encarados da forma mais r?pida poss?vel, pois ? quest?o a ser discutida. "As pessoas t?m que entender que ? um processo natural, aqueles que sobreviverem v?o chegar l?. E, para chegar com qualidade de vida, temos que nos preparar para isso, temos que participar mais das quest?es relacionadas ? Terceira Idade", conclui M?rcia.
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