Renato - (Abre os bra?os desolado) N?o tenho a m?nima id?ia. Eu fui para o reveillon do Rocha sem carro, disso eu estou certo. Copacabana de carro, no reveillon, imposs?vel...
Refletindo sobre as perguntas sem respostas, ambos come?am a achar gra?a da situa??o. Ela mais contidamente, corta o clima, consulta novamente. rel?gio e volta a se alarmar. |
Roberta - A prop?sito: voc? faz o que? Mas, por favor, enquanto responde, vai se vestindo. Eu preciso ir embora e ? bom mesmo que a gente saia juntos.
Ela recolhe a cal?a e a camisa do ch?o e as passa para Roberto, que come?a a se vestir. |
Renato - Trabalho com inform?tica. Monto equipamentos, sei tudo sobre
Internet. O Rocha, por exemplo, ? um dos meus fregueses Ele mesmo n?o manja
nada de computador e tem horror. Ent?o ele diz o que quer, eu executo.
Roberta - Eu tamb?m estou sempre navegando - seja a trabalho ou me
divertindo.
Renato vai acabar de se aprontar no banheiro e sai do quadro. Roberta recolhe as duas garrafas de champanhe do ch?o, e as deposita sobre a mesinha de cabeceira. Passa a contempl?-las com olhar curioso, reflexivo, e acena a cabe?a, incr?dula. |
Renato - (off) Quer dizer que voc? gosta
de navegar, hein? Aposto que o seu orkut ? da pesada... (Risos). Roberta ignora a provoca??o e Renato reaparece, rosto lavado, cabelos molhados, penteados. Os dois fazem uma vistoria geral e trocam olhares c?mplices diante das duas garrafas sobre a mesinha. Renato abre a porta com certa cautela. Corta.