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Uma cortina veda a entrada de luz. Um barzinho, duas poltronas, uma
estante, aparelhagem de som, etc. No sof? h? um homem estendido,
desconfortavelmente, tamb?m em roupas brancas. O ronco cadenciada
denuncia sono profundo. Renato e Roberta entram na sala e se det?m quando ouvem os roncos e percebem, assustados, um homem cabelos grisalhos desgrenhados, uns 60 anos, encolhido no sof?. Ela se encolhe no bra?o de Renato, e ele aproxima para melhor examin?-lo. Roberta faz uma express?o de medo e puxa Renato pelo bra?o na dire??o da porta de sa?da. Renato faz um gesto de calma para ela. Em seguida, d? um toque no ombro do homem, que se revira, esfrega o rosto, se levanta e encara o casal, o olhar sonolento, semicerrado, mas sem demonstrar surpresa. |
Homem - Posso ir pra minha cama?
Renato - Esteja ? vontade... Mas, antes, diz uma coisa: quem ?
voc??
Homem - (Sem deter os passos
arrastados) Eu sou o Ram?o.
J? com a m?o na ma?aneta da porta do quarto, ele interrompe o gesto, e, sem se virar, corrige. |
Homem - Ram?o, n?o. Rom?o. (Pausa) Ou ser? Romeu? N?o, acho que ? Ramon. Sei
l?... ? por a?. Puxa, que reveillon! Renato - Amigo seu? O homem fecha a porta. Os dois permanecem est?ticos.
Roberta - Nunca vi esse cara na minha vida. Renato abre a porta e ambos saem. Corta.