JF Hoje

Segundo a assessoria da institui??o, a cerim?nia est? pr?-agendada para o final deste m?s. ? muito grande a possibilidade da presen?a do presidente da Rep?blica na cidade, para verificar o t?rmino de mais uma etapa da implanta??o do maior hospital federal em constru??o no pa?s, e a maior obra federal sendo executada na Zona da Mata.

O professor Raimundo Bechara, respons?vel pela pr?-reitoria que cuidar? do novo espa?o, prefere n?o falar em inaugura??o, mas no cumprimento de mais uma etapa. "N?o posso falar em inaugura??o. Na verdade as obras est?o conclu?das, mas trabalhamos com quatro pilares. Os outros s?o a quest?o dos equipamentos, o modelo assistencial e de gest?o e os recursos humanos. Acreditamos que na visita ? cidade o presidente possa assinar a aprova??o para a compra dos equipamentos ainda necess?rios. E em rela??o aos recursos humanos sabemos que ? uma situa??o complicada no pa?s, mas tamb?m estamos equacionando. Terceirizando algumas coisas e solicitando aos cursos os professores para trabalhar no CAS. ? claro que ainda precisar?amos dos t?cnicos administrativos", explicou Bechara.

Bechara disse ainda que, como parte do Hospital Universit?rio (H.U) atual ser? transferido para o novo pr?dio, um pouco da m?o-de-obra j? existe, mas com duas estruturas para administrar, novos funcion?rios precisar?o ser admitidos. "Para esse primeiro modelo, assistencial, temos mais de 160 pessoas dentro do hospital. Mas ? claro que vai se expandir, at? porque a interna??o vai continuar no pr?dio atual e teremos que ter duas estruturas. N?o ? um novo hospital, mas uma nova unidade desse hospital.

O CAS ser? o novo hospital universit?rio de Juiz de Fora. Implantado com recursos que somam R$ 37 milh?es, sendo R$ 22 milh?es para as obras e R$ 15 milh?es para a aquisi??o de equipamentos, a unidade come?ou a ser constru?da em agosto de 2002.

Quando as obras come?aram, estimava-se que terminariam no final de 2003 e que custaria R$ 10,2 milh?es, menos da metade do que foi gasto s? na constru??o. A implanta??o do CAS, no entanto, ? uma reivindica??o bem mais antiga. De d?cadas. O antigo Hospital Universit?rio foi fundado h? mais de 40 anos e sempre esteve sobrecarregado. O novo espa?o ir? atender cerca de 2,5 milh?es de usu?rios da regi?o, em uma ?rea de nove mil metros quadrados, com salas de cirrugia, p?s-operat?rios e apartamentos.

A diferen?a, que at? motivou a escolha do nome da nova unidade, est? na forma de atendimento dos pacientes. O CAS ? um hospital diferente, com ?nfase no atendimento secund?rio, ou seja, que possa suprir as necessidades que ultrapassam a capacidade das Unidades B?sicas de Sa?de de Juiz de Fora. A prioridade para o atendimento multiprofissional. Isso quer dizer que quando chegar ao hospital, o paciente ser? recebido por uma equipe que o destinar? para v?rias especialidades, de acordo com o problema. Al?m disso, os apartamentos ser?o ocupados no regime de "hospital-dia", ou seja: os pacientes s? ficam internados por at? 12 horas.

A prioridade ? na preven??o e n?o na interna??o, o que ir? fazer com que os recursos sejam economizados e possam ser disponibilizados mais leitos para os pacientes. Tudo faz parte do que se chama de "conceito de desospitaliza??o" que j? era defendido pelos gestores do HU h? muito tempo.

O paciente s? os utilizar? se for realmente necess?rio. Nos casos mais simples, passar? apenas pelo ambulat?rio e pelas cl?nicas especializadas. O setor de fisioterapia, por exemplo, far? atendimento em grupo e individual a pacientes idosos, adultos e infantis, em v?rios ambulat?rios, salas e boxes de atendimento.

A expectativa ? de que o Centro de Aten??o ? Sa?de fa?a cerca de 100 mil atendimentos por ano, logo que for inaugurado. Recursos para exames mais complexos, como tomografias e resson?ncias magn?ticas ou endoscopias, que hoje o SUS precisa pagar na rede particular, tamb?m est?o garantidos no CAS.

"Vamos ter tamb?m setor de fisioterapia, hemodi?lise, um grande centro de diagn?sticos para fazer exames que hoje o SUS n?o tem e precisa comprar nas cl?nicas particulares, o que gera dificuldades para a obten??o por parte dos pacientes", explica. Como um hospital universit?rio, os benef?cios da cria??o do CAS n?o est?o apenas no atendimento dos pacientes, desafogando a fr?gil estrutura da sa?de na cidade. Ser? tamb?m mais um espa?o para o desenvolvimento de habilidades aos formandos em medicina e outros cursos da institui??o. Para isso, professores e acad?micos poder?o acessar dados mais facilmente, comum sistema de transmiss?o de ?udio e v?deo que vai liberar informa?es at? mesmo pela internet.

Bechara ressalta a import?ncia do conceito de hospital universit?rio, em que v?rios cursos ter?o espa?o na nova estrutura. "A UFJF tem nove cursos na ?rea de ?sa?de, como medicina, odontologia, psicologia, biologia, enfermagem... At? educa??o f?sica, fisioterapia. Cada um desses cursos participar? da estrutura. Cada coordena??o est? montando seu projeto", ressaltou.

A visita de Lula
Ainda n?o est? confirmada, mas a presen?a de Lula ? bem prov?vel em Juiz de Fora no final deste m?s. ? exatamente por causa da agenda do presidente que a data ainda n?o foi marcada. Al?m da import?ncia da obra, o maior hospital federal em constru??o no pa?s e principal obra do governo da regi?o, existem ainda outros fatores que pesam para que Lula decida vir para Juiz de Fora este ano. Primeiro porque o presidente, que sempre venceu as elei?es em JF, ainda n?o veio ? regi?o desde que tomou posse no cargo mais importante do pa?s. A ?ltima visita foi em com?cio de campanha, antes de ser eleito.

Pesa ainda a favor da vinda do presidente a filia??o da reitora da UFJF, Margarida Salom?o, Partido dos Trabalhadores (PT). A filia??o da reitora e o bom entendimento com a equipe do governo foram colocados at? mesmo para a libera??o de recursos durante a constru??o do CAS. Al?m disso, Lula j? deixou claro v?rias vezes que vai visitar e mostrar todas as grandes obras que puder esse ano, at? porque ? ?poca de elei??o e o per?odo para que ele seja proibido de fazer isso pela legisla??o eleitoral come?a j? em abril. Ser? a ?ltima oportunidade para o presidente mostrar servi?o na regi?o de 2,5 milh?es de habitantes.