Dia de Nossa Senhora Aparecida
F? e esperan?a No dia de Nossa Senhora Aparecida, juizforanos reafirmam sua cren?a pela padroeira do Brasil
Rep?rter
12/10/2006
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O ?ltimo senso do IBGE contatou que mais de 73% da popula??o do Brasil ? cat?lica e que a grande maioria deles acreditam em santos. N?o h? dados estat?sticos que provem a aceitabilidade da padroeira, mas ? s? olhar ao redor para ter certeza: Nossa Senhora Aparecida est? na f? e no cora??o de muita gente.
O orat?rio de Nossa Senhora, que fica na Catedral Metropolitana, ? ponto de encontro certo para muitos fi?is. Bem no centro da cidade, perto da correria do dia-a-dia, h? quem encontre um minuto que seja para rezar, beijar a fita da santa ou pedir mais prote??o para a caminhada do dia.
? nesse local, que a diarista, Regina Dami?o (foto abaixo), vai todas ?s segundas-feiras ascender uma vela para sua santa do cora??o. A segunda-feira ? o dia certo, anotado na agenda de compromissos dessa juizforana, independente do que tenha planejado. Nos outros dias da semana, j? depende da possibilidade. Mas, a diarista garante que sempre d? um jeitinho de ir fazer uma visita, mesmo que r?pida, para a sua "segunda m?e".
A f? de Regina come?ou cedo, quando ela ainda era crian?a. Mas foi
potencializada com a chegada do filho L?o. Ela conta que o filho
tinha
crises de bronquite intensas e que ficava tossindo quase que de cinco em
cinco minutos. "Eu peguei a imagem da minha santa e pedi com toda f? que ela
me ajudasse, porque era m?e e sabia o que eu estava sentindo"
.
A gra?a de dona Regina foi alcan?ada logo depois. O filho L?o ficou curado e, hoje, j? com 17 anos, acompanha a m?e ?s missas de domingo e sempre agradece pela nova vida que ganhou. Al?m disso, para alcan?ar a gra?a ela prometeu tamb?m ir ao Santu?rio de Aparecida para levar o cabelo e o umbigo do filho.
"A instabilidade do meu emprego de diarista ainda n?o me deixou ir. Meu marido tamb?m foi assasinado e sou eu a chefe da casa, guiada por Nossa Senhora. Ela sabe que ? s? o dinheiro que n?o me deixa cumprir a promessa, por isso entende minha demora", desabafou.
A imagem da m?e da Padroeira do Brasil parece mesmo fazer com que a f? se torne ainda maior. Foi tamb?m pela gra?a de um filho que Maria do Carmo Barroso Reis (foto) n?o tem medo de chamar Nossa Senhora de sua santa preferida.
Ela conta que tinha dificuldades de engravidar, e que com
nove anos de casada ainda n?o tinha filhos. Sempre orava, pedia, mas
acredita que um dia de pedido foi especial: "certa vez eu fiz uma vestimenta
para a minha sobrinha coroar Nossa Senhora, e com a roupa pronta na m?o,
pedi com muita f? para que ela me desse a gra?a de ter um filho. Uma semana
depois eu recebi a not?cia que estava gr?vida"
, conta.
Espalhando a f? em Nossa Senhora
Sebasti?o Couto Malta (foto), mais conhecido como "Seu Non?", ? tamb?m um dos freq?entadores ass?duos do orat?rio de Nossa Senhora Aparecida, na Catedral. O senhor de 80 anos, diz que sempre foi um cat?lico muito presente, mas que desde a morte da sua esposa e os sinais que ele teve de Nossa Senhora, vai at? o local praticamente todos os dias.
No dia que recebeu a not?cia da morte de sua esposa, ainda dentro do hospital, teve seu primeiro
infarto. "Acho que foi de tanta tristeza", diz. Passado o susto, ele
recebeu as instru?es do m?dico que o recomendou alguns passos para que ele
n?o tivesse o segundo.
Foi ent?o que meses depois, ele andava em um dos ?nibus urbanos da cidade e teve uma enorme dor no peito. Seu Non? conta que estava perdendo as for?as at? para falar quando, de repente, ele ouviu uma voz de mulher dizendo "grita! pede ajuda porque voc? tem que viver". Ele disse que olhava para todos os lados do ?nibus e que n?o via ningu?m falando com ele.
"Eu chamei por ajuda e escapei da morte. Parei para pensar depois e cheguei
? conclus?o de que era minha mulher que tinha morrido, mas que n?o queria que eu
morresse. Ela era muito devota de Nossa Senhora, e tinha o mesmo nome que
ela - Aparecida. Tenho certeza que ela teve ajuda para conseguir falar
comigo"
, diz.
Desde ent?o, Seu Non? resolveu n?o s? dar mais aten??o ? Santa que ele acredita, que lhe deu a chance de viver mais, como tamb?m optou por espalhar a f? e a sua hist?ria para quem quisesse ouvir.
Aposentado, ele sai de casa cedo e volta no come?o da tarde e distribui santinhos e ora?es da padroeira, sempre com a carteira de identidade da mulher no meio.