Festival da ?ndia movimenta JF
Rep?rter
19/01/2007
A vida e a arte dos povos ind?genas saiu do interior das florestas e aldeias para encantar os habitantes de Juiz de Fora. Cocares, m?scaras, mantos, cord?es, pe?as em cer?mica e plumas s?o alguns dos objetos expostos e dispon?veis para a compra at? domingo, dia 21, no Centro Cultural Bernardo Mascarenhas (Avenida Get?lio Vargas, 200). |
A Feira de Artesanato integra parte da programa??o do Campeonato de Futebol Ind?gena (leia a mat?ria!), que re?ne na cidade cerca de dois mil ?ndios de diversas regi?es do Brasil.
Al?m dos objetos em exposi??o, os visitantes podem aproveitar a oportunidade
para saber mais sobre cada item vendido no local. Como explica o ?ndio
Lindomar, do povo Xavante, no Mato Grosso, h? colares espec?ficos
para mostrar se a pessoa ? casada, solteira ou est? namorando. "As meninas
quando come?am um namoro fazem uma pulseira para os seus companheiros, criando
assim, um jeito de facilitar para os solteiros"
.
H? tamb?m figuras moldadas em cer?mica utilizadas pelo povo ind?gena para espantar maus esp?ritos e doen?as.
Outra op??o na feira ? a pintura na pele, feita pelo pr?prios ?ndios. Para a meninada de f?rias, h? pulseiras de palha e apliques de penas que s?o confeccionadas na hora, a gosto do fregu?s. Dependendo da pe?a, os valores variam de R$ 5 a R$ 50.
A abertura da feira
A beleza da pele, dos longos e negros cabelos dos ?ndios chamou a aten??o de quem esteve na abertura da feira. Por volta das 15h, desta sexta-feira, dia 19 de janeiro, cerca de 200 pessoas aguardavam ansiosamente a chegada dos ?ndios em frente ao CCBM e, quando as portas foram abertas, as rea?es do p?blico foram m?ltiplas. Abra?os, apertos de m?o, fotografias e at? pedidos de aut?grafos para as estrelas da tarde: os ?ndios!
A pequena N?vea Fraz?o Macedo (foto acima) aproveitou a
oportunidade para fazer um amigo, o ?ndio Iruali, do povo Man?ki, no Mato Grosso. "Adorei o cocar dele"
, comenta. Al?m de fotografar o ?ndio, a menina quis
saber a grafia de seu nome e guardar as palavras do jovem para a
posteridade. "Pedi uma dedicat?ria"
, conta sorrindo.
A arteflorista No?mia
Silva (foto ao lado) reuniu a filha, Cl?udia, e os dois netos para uma tarde de
contato com os ?ndios. "Morei em Penedo, no sul de Alagoas, e l? tive a
oportunidade de conhecer a tribo de Porto Real do Col?gio. Vim porque tenho
muita admira??o por aquele povo"
, afirma.
J? a filha, Cl?udia, preocupou-se com a educa??o dos meninos. "Na escola, o
Luiz Felipe come?ou a ter contato com a cultura, atrav?s do Dia do ?ndio,
da? achei interesse traz?-los"
, esclarece.
Mas nem s? as crian?as tiveram seu dia de gl?ria neste evento. O m?dico
Adelg?cio de Paula, estudioso dos povos ind?genas,
aproveitou a abertura da feira para falar um pouco de xavante e
tupi-guarani. "Sou admirador dessa cultura e acho muito importante esse
contato da comunidade com todos"
, enfatiza.
Mesmo em dias de f?rias, os fot?grafos Arlen Tavares e Cec?lia
Pereira (foto acima, centro) resolveram trabalhar. Neste caso, fizeram fotos para seu
arquivo pessoal. "O artesanato ? bonito, rico. Fico feliz desta minoria ter
um espa?o para a participa??o"
, diz Cec?lia. Embora maravilhado com a
feira, Arlen lamentava o fato da pouca caracteriza??o dos ?ndios, que
estavam de bermuda e camiseta. "Sei que eles estavam em um campeonato de
futebol, mas n?o queria v?-los dessa forma, est?o perdendo a identidade"
,
comenta.
E teve gente que atravessou o oceano Atl?ntico para conhecer os ?ndios. A empres?ria italiana Ana Botter (foto acima, ? direita) estava em Juiz de Fora a
neg?cios, mas n?o quis perder a chance de ver os ?ndios de perto e levar
algumas lembran?as para a sua terra. "Achei tudo bel?ssimo. Agora s? falta
eu conhecer a Amaz?nia"
, fala, declarando seu amor ao Brasil.
Causa maior
Para o presidente do Comit? Intertribal (ITC) e uma das maiores lideran?as ind?genas do pa?s, Marcos
Terena (foto ao
lado), toda a programa??o do Campeonato de Futebol Ind?gena ? de grande
import?ncia para divulgar a cultura dos ?ndios. Al?m disso, Terena garante a
troca de conhecimentos ? m?tua. "De maneira geral, todos est?o contentes,
pois antes de chegarem aqui aprenderam sobre a hist?ria de Minas Gerais"
,
esclarece.
Quanto ao ass?dio, Terena confessa que a maioria dos povos presentes n?o
esperava tanta especula??o. "N?o podemos desconsiderar que muitos
brasileiros nunca viram ?ndios, fato que desperta curiosidade"
, diz.
A Feira Ind?gena fica em cartaz at? o pr?ximo domingo, dia 21 de janeiro, no Centro Cultural Bernardo Mascarenhas (Avenida Get?lio Vargas, 200).
">Arte ind?gena encanta juizforanos Cocares, m?scaras, mantos, cord?es e plumas s?o alguns dos objetos expostos e dispon?veis para a compra
Rep?rter
19/01/2007
A vida e a arte dos povos ind?genas saiu do interior das florestas e aldeias para encantar os habitantes de Juiz de Fora. Cocares, m?scaras, mantos, cord?es, pe?as em cer?mica e plumas s?o alguns dos objetos expostos e dispon?veis para a compra at? domingo, dia 21, no Centro Cultural Bernardo Mascarenhas (Avenida Get?lio Vargas, 200). |
A Feira de Artesanato integra parte da programa??o do Campeonato de Futebol Ind?gena (leia a mat?ria!), que re?ne na cidade cerca de dois mil ?ndios de diversas regi?es do Brasil.
Al?m dos objetos em exposi??o, os visitantes podem aproveitar a oportunidade
para saber mais sobre cada item vendido no local. Como explica o ?ndio
Lindomar, do povo Xavante, no Mato Grosso, h? colares espec?ficos
para mostrar se a pessoa ? casada, solteira ou est? namorando. "As meninas
quando come?am um namoro fazem uma pulseira para os seus companheiros, criando
assim, um jeito de facilitar para os solteiros"
.
H? tamb?m figuras moldadas em cer?mica utilizadas pelo povo ind?gena para espantar maus esp?ritos e doen?as.
Outra op??o na feira ? a pintura na pele, feita pelo pr?prios ?ndios. Para a meninada de f?rias, h? pulseiras de palha e apliques de penas que s?o confeccionadas na hora, a gosto do fregu?s. Dependendo da pe?a, os valores variam de R$ 5 a R$ 50.
A abertura da feira
A beleza da pele, dos longos e negros cabelos dos ?ndios chamou a aten??o de quem esteve na abertura da feira. Por volta das 15h, desta sexta-feira, dia 19 de janeiro, cerca de 200 pessoas aguardavam ansiosamente a chegada dos ?ndios em frente ao CCBM e, quando as portas foram abertas, as rea?es do p?blico foram m?ltiplas. Abra?os, apertos de m?o, fotografias e at? pedidos de aut?grafos para as estrelas da tarde: os ?ndios!
A pequena N?vea Fraz?o Macedo (foto acima) aproveitou a
oportunidade para fazer um amigo, o ?ndio Iruali, do povo Man?ki, no Mato Grosso. "Adorei o cocar dele"
, comenta. Al?m de fotografar o ?ndio, a menina quis
saber a grafia de seu nome e guardar as palavras do jovem para a
posteridade. "Pedi uma dedicat?ria"
, conta sorrindo.
A arteflorista No?mia
Silva (foto ao lado) reuniu a filha, Cl?udia, e os dois netos para uma tarde de
contato com os ?ndios. "Morei em Penedo, no sul de Alagoas, e l? tive a
oportunidade de conhecer a tribo de Porto Real do Col?gio. Vim porque tenho
muita admira??o por aquele povo"
, afirma.
J? a filha, Cl?udia, preocupou-se com a educa??o dos meninos. "Na escola, o
Luiz Felipe come?ou a ter contato com a cultura, atrav?s do Dia do ?ndio,
da? achei interesse traz?-los"
, esclarece.
Mas nem s? as crian?as tiveram seu dia de gl?ria neste evento. O m?dico
Adelg?cio de Paula, estudioso dos povos ind?genas,
aproveitou a abertura da feira para falar um pouco de xavante e
tupi-guarani. "Sou admirador dessa cultura e acho muito importante esse
contato da comunidade com todos"
, enfatiza.
Mesmo em dias de f?rias, os fot?grafos Arlen Tavares e Cec?lia
Pereira (foto acima, centro) resolveram trabalhar. Neste caso, fizeram fotos para seu
arquivo pessoal. "O artesanato ? bonito, rico. Fico feliz desta minoria ter
um espa?o para a participa??o"
, diz Cec?lia. Embora maravilhado com a
feira, Arlen lamentava o fato da pouca caracteriza??o dos ?ndios, que
estavam de bermuda e camiseta. "Sei que eles estavam em um campeonato de
futebol, mas n?o queria v?-los dessa forma, est?o perdendo a identidade"
,
comenta.
E teve gente que atravessou o oceano Atl?ntico para conhecer os ?ndios. A empres?ria italiana Ana Botter (foto acima, ? direita) estava em Juiz de Fora a
neg?cios, mas n?o quis perder a chance de ver os ?ndios de perto e levar
algumas lembran?as para a sua terra. "Achei tudo bel?ssimo. Agora s? falta
eu conhecer a Amaz?nia"
, fala, declarando seu amor ao Brasil.
Causa maior
Para o presidente do Comit? Intertribal (ITC) e uma das maiores lideran?as ind?genas do pa?s, Marcos
Terena (foto ao
lado), toda a programa??o do Campeonato de Futebol Ind?gena ? de grande
import?ncia para divulgar a cultura dos ?ndios. Al?m disso, Terena garante a
troca de conhecimentos ? m?tua. "De maneira geral, todos est?o contentes,
pois antes de chegarem aqui aprenderam sobre a hist?ria de Minas Gerais"
,
esclarece.
Quanto ao ass?dio, Terena confessa que a maioria dos povos presentes n?o
esperava tanta especula??o. "N?o podemos desconsiderar que muitos
brasileiros nunca viram ?ndios, fato que desperta curiosidade"
, diz.
A Feira Ind?gena fica em cartaz at? o pr?ximo domingo, dia 21 de janeiro, no Centro Cultural Bernardo Mascarenhas (Avenida Get?lio Vargas, 200).
Arte ind?gena encanta juizforanos Cocares, m?scaras, mantos, cord?es e plumas s?o alguns dos objetos expostos e dispon?veis para a compra
Rep?rter
19/01/2007
A vida e a arte dos povos ind?genas saiu do interior das florestas e aldeias para encantar os habitantes de Juiz de Fora. Cocares, m?scaras, mantos, cord?es, pe?as em cer?mica e plumas s?o alguns dos objetos expostos e dispon?veis para a compra at? domingo, dia 21, no Centro Cultural Bernardo Mascarenhas (Avenida Get?lio Vargas, 200). |
A Feira de Artesanato integra parte da programa??o do Campeonato de Futebol Ind?gena (leia a mat?ria!), que re?ne na cidade cerca de dois mil ?ndios de diversas regi?es do Brasil.
Al?m dos objetos em exposi??o, os visitantes podem aproveitar a oportunidade
para saber mais sobre cada item vendido no local. Como explica o ?ndio
Lindomar, do povo Xavante, no Mato Grosso, h? colares espec?ficos
para mostrar se a pessoa ? casada, solteira ou est? namorando. "As meninas
quando come?am um namoro fazem uma pulseira para os seus companheiros, criando
assim, um jeito de facilitar para os solteiros"
.
H? tamb?m figuras moldadas em cer?mica utilizadas pelo povo ind?gena para espantar maus esp?ritos e doen?as.
Outra op??o na feira ? a pintura na pele, feita pelo pr?prios ?ndios. Para a meninada de f?rias, h? pulseiras de palha e apliques de penas que s?o confeccionadas na hora, a gosto do fregu?s. Dependendo da pe?a, os valores variam de R$ 5 a R$ 50.
A abertura da feira
A beleza da pele, dos longos e negros cabelos dos ?ndios chamou a aten??o de quem esteve na abertura da feira. Por volta das 15h, desta sexta-feira, dia 19 de janeiro, cerca de 200 pessoas aguardavam ansiosamente a chegada dos ?ndios em frente ao CCBM e, quando as portas foram abertas, as rea?es do p?blico foram m?ltiplas. Abra?os, apertos de m?o, fotografias e at? pedidos de aut?grafos para as estrelas da tarde: os ?ndios!
A pequena N?vea Fraz?o Macedo (foto acima) aproveitou a
oportunidade para fazer um amigo, o ?ndio Iruali, do povo Man?ki, no Mato Grosso. "Adorei o cocar dele"
, comenta. Al?m de fotografar o ?ndio, a menina quis
saber a grafia de seu nome e guardar as palavras do jovem para a
posteridade. "Pedi uma dedicat?ria"
, conta sorrindo.
A arteflorista No?mia
Silva (foto ao lado) reuniu a filha, Cl?udia, e os dois netos para uma tarde de
contato com os ?ndios. "Morei em Penedo, no sul de Alagoas, e l? tive a
oportunidade de conhecer a tribo de Porto Real do Col?gio. Vim porque tenho
muita admira??o por aquele povo"
, afirma.
J? a filha, Cl?udia, preocupou-se com a educa??o dos meninos. "Na escola, o
Luiz Felipe come?ou a ter contato com a cultura, atrav?s do Dia do ?ndio,
da? achei interesse traz?-los"
, esclarece.
Mas nem s? as crian?as tiveram seu dia de gl?ria neste evento. O m?dico
Adelg?cio de Paula, estudioso dos povos ind?genas,
aproveitou a abertura da feira para falar um pouco de xavante e
tupi-guarani. "Sou admirador dessa cultura e acho muito importante esse
contato da comunidade com todos"
, enfatiza.
Mesmo em dias de f?rias, os fot?grafos Arlen Tavares e Cec?lia
Pereira (foto acima, centro) resolveram trabalhar. Neste caso, fizeram fotos para seu
arquivo pessoal. "O artesanato ? bonito, rico. Fico feliz desta minoria ter
um espa?o para a participa??o"
, diz Cec?lia. Embora maravilhado com a
feira, Arlen lamentava o fato da pouca caracteriza??o dos ?ndios, que
estavam de bermuda e camiseta. "Sei que eles estavam em um campeonato de
futebol, mas n?o queria v?-los dessa forma, est?o perdendo a identidade"
,
comenta.
E teve gente que atravessou o oceano Atl?ntico para conhecer os ?ndios. A empres?ria italiana Ana Botter (foto acima, ? direita) estava em Juiz de Fora a
neg?cios, mas n?o quis perder a chance de ver os ?ndios de perto e levar
algumas lembran?as para a sua terra. "Achei tudo bel?ssimo. Agora s? falta
eu conhecer a Amaz?nia"
, fala, declarando seu amor ao Brasil.
Causa maior
Para o presidente do Comit? Intertribal (ITC) e uma das maiores lideran?as ind?genas do pa?s, Marcos
Terena (foto ao
lado), toda a programa??o do Campeonato de Futebol Ind?gena ? de grande
import?ncia para divulgar a cultura dos ?ndios. Al?m disso, Terena garante a
troca de conhecimentos ? m?tua. "De maneira geral, todos est?o contentes,
pois antes de chegarem aqui aprenderam sobre a hist?ria de Minas Gerais"
,
esclarece.
Quanto ao ass?dio, Terena confessa que a maioria dos povos presentes n?o
esperava tanta especula??o. "N?o podemos desconsiderar que muitos
brasileiros nunca viram ?ndios, fato que desperta curiosidade"
, diz.
A Feira Ind?gena fica em cartaz at? o pr?ximo domingo, dia 21 de janeiro, no Centro Cultural Bernardo Mascarenhas (Avenida Get?lio Vargas, 200).