Trechos interditados na BR-267

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H? mais de um ano Dois trechos da BR-267 continuam parcialmente interditados. DNIT reafirma que continua a espera de verbas da federa??o

Fernanda Leonel
Rep?rter
21/05/2007

Um ano depois e a situa??o continua a mesma. A ponte do quil?metro 28, da BR-267, pr?xima a cidade de Argirita, continua parcialmente interditada desde que um caminh?o tombou e um bloco de granito caiu sobre o local, em maio do ano passado.

Para passar pelo trecho, os motoristas precisam aguardar os ve?culos que est?o vindo na m?o contr?ria. Situa??o que, segundo empres?rios do setor de transportes e motoristas que passam pelo local, compromete a visibilidade e a seguran?a trabalha e viaja na BR, j? que a ponte fica pr?xima a uma curva.

A menos de um quil?metro da ponte, outro trecho parcialmente interditado. Na altura do km 29, metade da pista cedeu e est? afundando a cada nova chuva forte que acontece na regi?o. Mais uma vez, os motoristas utilizam uma ?nica m?o para os dois sentidos do trecho Juiz de Fora - Leopoldina.

"Eu n?o sei nem se a gente pode chamar aquele trecho de estrada. ? um absurdo tudo estar exatamente igual desde quando caiu. Parece que o governo n?o est? preocupado com a quest?o da vida humana, porque com peda?os de estrada daquele jeito, alguma coisa vai acabar acontecendo", analisou o representante da dire??o da Frota Nobre, Anderson Farias.

Segundo o representante, a empresa tem tido v?rios preju?zos com a m? conserva??o da 267. "Preju?zos materiais, morais e humanos", resumiu. Ele destacou o estresse que motoristas e passageiros s?o submetidos diariamente, por viajarem em trechos perigosos. "Trabalhamos para oferecer bons servi?os e detalhes como esse podem colocar tudo a perder".

Outro ponto destacado por Anderson foi o gasto excessivo com a manuten??o dos ve?culos, j? que, em raz?o da m? condi??o das estradas, os carros acabam parando na oficina mais cedo. De acordo com o representante, no segundo semestre de 2006 e primeiros meses de 2007, a Frota Nobre chegou a gastar 80% a mais com a manuten??o dos ve?culos.

"Estamos recebendo muitas reclama?es dos nossos clientes. Com os buracos e esse trechos de desvio, a viagem chega at? mesmo a atrasar, e a? todo mundo vem cobrar da gente. Em raz?o dos estragos da BR-267, estamos com preju?zos morais, e isso ? um estresse para n?s"

Para a empresa de Transportes Paraibuna, al?m dos trechos interditados, entre Juiz de Fora e Leopoldina, ? preciso destacar tamb?m o deslizamento de terra, que encobre parte da pista direita, no km 56, em Guarar?.

A empresa tamb?m informou, como principais preju?zos, os gastos com manuten??o dos ve?culos e pequenos atrasos que acabam acontecendo com a necessidade do motorista em andar mais devagar e com aten??o redobrada por causa dos buracos e trechos interditados.

A posi??o do Governo Federal

Em dezembro do ano passado, a reda??o da ACESSA.com entrou em contato com a assessoria do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT), em Belo Horizonte.

Na ocasi?o, foi informada de que o projeto de revitaliza??o dos trechos semi-interditados da BR-267 estariam em fase de finaliza??o e que o DNIT-BH aguardava somente pela verba para que a opera??o pudesse ser finalizada.

Procurada na tarde desta segunda-feira, a assessoria de imprensa do DNIT-BH mais uma vez afirmou que aguarda a libera??o da verba para reconstru??o dos trechos do km 28 e 29. De acordo com informa?es fornecidas, a solicita??o da verba de emerg?ncia em Bras?lia j? foi realizada. Mas a data dessa solicita??o n?o foi revelada.

A lei 8.666 que disp?e sobre licita?es e contratos, no entanto, afirma que ? obrigat?rio que o pedido de verba de emerg?ncia e a finaliza??o da obra, ocorra no per?odo de 180 dias.

O que traz a dedu??o de que - de acordo com os dados fornecidos pela assessoria de imprensa do DNIT em dezembro do ano passado, que afirmou que o pedido de verba de emerg?ncia j? havia sido feito - as obras devem ficar prontas at? junho deste ano.

No entanto, at? o momento nenhuma obra come?ou a ser realizada nos trechos interditados. O DNIT afirmou tamb?m que em rela??o aos buracos da 267, a construtora Visor acaba de vencer uma licita??o or?ada em R$ 1 milh?o de 670 mil para resolver o problema.

Coment?rios enviados por email

Estava lendo est? mat?ria sobre a BR-267, sou usu?rio h? quase 10 anos desta rodovia, e ? engra?ado como uma estrada de paisagens t?o exuberantes, ao amanhecer, a ponte que hoje em meia pista, te convidava para parar o carro e olhar a neblina refletida no sol, que hoje causa p?nico, e n?o menor do que o trecho que est? j? em menos de meia pista, ? preciso que o povo de minas, pressionem as autoridades, e lembrem sempre, que ? uma regi?o bela, rica em natureza e uma das estradas mais estrat?gicas da regi?o, porqu? liga Juiz de Fora ? Parte sudeste da Zona da Mata fico realmente frustrado quando passo pela BR-267, e lembro da ?poca em que dirigir at? Juiz de Fora era algo realmente prazeiroso. Hoje pavoroso.

Fabiano Murine de Oliveira