Reajuste salarial em negocia??o
Reajuste salarial em negocia??o Sinttro est? se reunindo com patr?es para decidir sobre reajuste salarial dos funcion?rios do transporte municipal e nenhuma forma de luta est? descartada
Rep?rter
29/02/2008
A ?ltima manifesta??o dos motoristas e cobradores de ?nibus de Juiz de Fora aconteceu no dia 19 de dezembro do ano passado, quando cerca de 500 ?nibus pararam durante quase duas horas na Avenida Rio Branco. Na ocasi?o, a luta aconteceu pela garantia da data base em 1? de fevereiro, do emprego dos cobradores, amea?ado pela bilhetagem eletr?nica, pelo reajuste salarial e redu??o da jornada de trabalho, entre outras.
"Com aquela paralisa??o conseguimos garantir a data base e manter o emprego dos trocadores"
,
diz o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Coletivo de Juiz de Fora (Sinttro), Paulo Avezani.
De l? para c? foram quatro reuni?es entre o Sindicato e os patr?es, mas ainda n?o houve avan?o nas negocia?es. Paulo informou que a pr?xima rodada vai acontecer
nesta quarta-feira, dia 05 de mar?o, ?s 10h, na Astransp. "A partir dessa reuni?o vamos ver o caminho que vamos tomar caso nenhuma contra proposta seja apresentada"
, diz.
O vice-presidente n?o descartou nenhuma forma de luta, inclusive paralisa?es como a que ocorreu em dezembro. "Todos os meios previstos em
lei podem ser utilizados. ? uma forma de pressionar os patr?es. A greve ? um direito
nosso, apesar de ser a nossa ?ltima arma"
.
Reivindica?es
"Como o sal?rio ? muito baixo, qualquer complementa??o
j? ajuda"
, diz.
O trocador reivindica melhorias nas condi?es de trabalho, como instala??o de mais banheiros no ponto final, pagamento de hora extra, que atualmente ? feito atrav?s de folgas e passe-livre efetivo. "S? 20% dos pontos t?m banheiro. E n?o podemos considerar que somos
beneficiados pelo passe-livre, pois s? usamos quando estamos uniformizados, quer dizer, quando estamos a trabalho. Em outros momentos temos que pagar passagem"
, reclama.
"N?o me sinto representado por eles, j? que
nada ? passado pra gente. Eles fazem as reuni?es, mas quando chegamos l? j? est? tudo organizado. N?o nos perguntam nada"
.
Ele tamb?m concorda com as reclama?es do cobrador. Quer que horas extras sejam pagas em dinheiro e
n?o recebidas em folgas. "Se eles pagassem, seria mais um incentivo para que a gente continuasse trabalhando aqui. O pior ? que quando tiramos as folgas n?o podemos escolher
o dia"
, conta ele, enquanto o trocador acrescenta. "Tem muito funcion?rio pedindo demiss?o por causa
do sal?rio baixo. Esse reajuste ainda ? muito pequeno"
.
Enviado por email:
As reuni?es do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Coletivo Urbano, Intermunicipal, Intestadual, Fretamento e Turismo de Juiz de Fora com a classe patronal continuam sendo realizadas com o objetivo de avan?ar nas negocia?es salariais da categoria. Os avan?os continuam emperrados. Por?m, todas as decis?es levadas ? Astransp e as contrapropostas da mesma s?o repassadas aos trabalhadores atrav?s de Assembl?ias P?blicas.
Causa-nos espanto que na mat?ria vinculada pela reporter Priscila Magalh?es no ?ltimo dia 29/02, conste de um depoimento de um motorista, que covadermente, n?o quis se identificar, afirmando que n?o se sente representado pelo Sinttro, ressaltando que nada ? repassado a eles. Inclusive, a pr?pria imprensa est? ciente de que enviamos releases constantes aos ve?culos de comunica??o da cidade, alertando sobre as negocia?es e convocando constantes assembl?ias p?blicas.
O que nos incomoda, como entidade sindical, ? justamente isso: o comodismo de alguns que esperam ganhar sal?rios e condi?es de trabalho dignos sem participar de nossa luta, esperando que os outros conquistem benef?cios para eles. Convidamos sempre os trabalhadores do transporte coletivo a participar efetivamente das pr?ximas assembl?ias para fortalecer o nosso movimento, inclusive estes companheiros que reclamam da n?o representatividade do Sinttro, para que estes coloquem em assembl?ias suas queixas, afinal, as assembl?ias s?o locais p?blicos para fortalecimento da categoria.
Atenciosamente,
Paulo Avezani