Transporte público p?ra. Motoristas e cobradores acusam Sinttro de estar atrelado aos patr?es e cobram revisão salarial

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Sexta-feira, 26 de setembro de 2008, atualizada ?s 17h38

Transporte p?blico p?ra. Motoristas e cobradores acusam Sinttro de estar atrelado aos patr?es e cobram revis?o salarial



Priscila Magalh?es
Rep?rter

Motoristas e cobradores lideraram uma manifesta??o na tarde desta sexta-feira, 26 de setembro. Eles usaram apitos e pararam o transporte p?blico da cidade na avenida Rio Branco. Com o movimento, eles querem cobrar a investiga??o de irregularidades no Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Coletivo de Juiz de Fora (Sinttro) e a revis?o salarial.

Segundo o l?der do movimento Francisco de Paula da Silva, os trabalhadores querem rever o sal?rio, de acordo com o que aparecia na planilha da Astransp, a mesma que autorizou o aumento da passagem de R$ 1,55 at? R$ 1,75. Os valores s?o mais altos do que o recebido atualmente. "Queremos receber o que estava naquela planilha".

Os funcion?rios das empresas de ?nibus tamb?m acusam o Sinttro de estar atrelado aos patr?es. Sobre as negocia?es salariais, Silva diz que o resultado nunca ? o proposto pelo Sinttro e chama a aten??o para o reajuste das passagens nos ?ltimos anos. "Em quatro anos, tivemos reajuste de 21% no sal?rio, enquanto a passagem subiu 39,44%", ressalta ele.

Al?m disso, a categoria diz que est? sendo amea?ada pelo Sindicato. Silva conta que foi demitido h? uma semana por come?ar o movimento. Wedio Wildson diz que foi demitido nesta quinta-feira, 25, ap?s uma discuss?o com um dos dirigentes do Sinttro.

O motorista Carlos Alexandre diz que h? 12 anos o sindicato tem os mesmos dirigentes e n?o abre espa?o para a concorr?ncia de outras chapas. "Queremos que essa diretoria renuncie ou que tenham elei?es imediatamente". Ele completa dizendo que houve um abaixo-assinado entre a categoria e, quem assinou, est? recebendo uma carta de amea?a do Sinttro. "Eles dizem que quem n?o comparecer ao Sindicato em 72 horas vai responder por processo".

O vice-presidente do Sinttro, Paulo Avezani, classificou a manifesta??o como ilegal. Segundo ele, quem est? liderando o movimento n?o pertence ? categoria e est? sendo comandado por um candidato ? Prefeitura de Juiz de Fora. "Muitos trabalhadores n?o sabem nem o motivo da paralisa??o".

Avezani tamb?m negou as demiss?es. Sobre as elei?es, o dirigente diz que o processo acontece a cada quatro anos. A ?ltima aconteceu em mar?o de 2008 e a outra chapa n?o conseguiu disputar o processo eleitoral. Sobre o abaixo-assinado e as amea?as, o sindicalista diz que s?o 4.500 associados ao Sinttro e somente 116 assinaram. "Destes, 30 nos procuraram para dizer que foram enganados. Eles aderiram, pois foram informados de que o objetivo era o recebimento de uma diferen?a salarial".