Impasse entre médicos e Prefeitura continua
Impasse entre médicos e Prefeitura continua
Repórter
O Executivo sugeriu a criação de comissões paritárias para concretizarem as definições sobre as questões pontuais na área de saúde, como o problema do Programa da Saúde da Família (PSF), que atualmente é vinculado à AMAC, enquanto deveria estar ligado à Secretaria de Saúde.
Segundo o secretário-geral, Geraldo Sette, a categoria quer a criação do cargo de médico dentro do programa e o fim da precarização da mão-de-obra na saúde. "O Ministério Público do Trabalho já notificou a Prefeitura pela irregularidade do vínculo. A solução para o problema deve partir do órgão."
Sette afirma que os médicos querem o enquadramento da categoria no mesmo patamar dos outros profissionais de nível superior da Prefeitura. "Tem médico que hoje ganha menos de três salários, que é o piso da categoria defendido por lei. Os profissionais estão pedindo demissão, perderam o interesse em atuar na rede pública em decorrência das más condições de trabalho."
Ficou acertado ainda na assembleia o pedido para que o Conselho Regional de Medicina fiscalize o edital de concursos públicos municipal para categoria. "Se o salário for menor do que o piso profissional, o Conselho deve entrar com ação na Justiça para impugnar o processo seletivo."
A Prefeitura mantém a posição de impossibilidade de conceder aumentos salariais lineares. Nesta quinta-feira, alguns médicos cruzaram os braços. Segundo balanço parcial do órgão, 90% dos médicos aderiram à paralisação nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Elas, entretanto, continuam em funcionamento. O Hospital Pronto Socorro (HPS), Regional Leste, PAI e Pam-Marechal funcionam normalmente. Na Regional Norte só o atendimento ambulatorial foi paralisado.
Os textos são revisados por Madalena Fernandes