População cobra ações de melhoria para C?rrego Matirumbide
População cobra ações de melhoria para Córrego Matirumbide e Praça Padre Léo
Temas foram discutidos em audiência pública na Câmara. População convive com mau cheiro, insetos e ratos. Praça não chegou a ser inaugurada
Repórter
20/6/2012
Audiência pública realizada na tarde desta quarta-feira, 20 de junho, na Câmara Municipal de Juiz de Fora, discutiu a situação Córrego Matirumbide, que corta os bairros Santa Paula, Marumbi, Progresso, Bonfim e Manoel Honório, onde deságua no Rio Paraibuna. Na oportunidade, também foi abordado o estado da Praça Padre Léo, que começou a ser construída entre as ruas Eugênio Fontainha e Professor Francisco Faria, no Manoel Honório, em junho do ano passado, mas teve a conclusão interrompida após parte da área ficar comprometida devido ao rompimento de uma galeria do Córrego Matirumbide. Foram destinados R$ 122 mil para custear a construção.
De acordo com o presidente da associação de moradores do bairro Bonfim, Célio Caetano, a situação dos moradores da região é bastante difícil diante do mau cheiro e da presença de insetos e ratos. "O nome do córrego deveria ser 'Matorumbide'. É um esgoto a céu aberto. Se gasto R$ 100 com água, a Cesama cobra outros R$ 100 de coleta de esgoto. Se pagamos, deveria ser feita alguma intervenção", disse, confirmando a fala da vereadora Ana Rossignoli, autora da emenda que disponibilizou R$ 100 mil para a construção da Praça Padre Léo, ao dizer que o local virou área para consumo de drogas. Ana chegou a dizer que a área é, atualmente, um verdadeiro "moitel". "Que educação é essa que estamos levando à sociedade?", questionou o líder comunitário.
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O presidente da associação de moradores do bairro Santa Rita, Custódio da Costa, questionou se, antes de construir, a empresa que venceu a concorrência não deveria ter feito uma análise mais criteriosa da área onde seria construída a praça, argumentando que também faltou fiscalização por parte da Prefeitura. Disse ainda que a situação do Córrego Matirumbide é uma das prioridades da região desde 1968, quando se mudou para o bairro Santa Rita, sendo alvo de inúmeras discussões do orçamento participativo de gestões anteriores.
A audiência pública foi proposta pelo vereador Julio Gasparette, que questionou se a Prefeitura tem todos os recursos para a construção das obras que está anunciando, sobretudo em relação ao tratamento do esgoto da cidade, cobrando explicações sobre o assunto ao secretário de Obras, Jefferson Rodrigues. Gasparette também questionou como a atual administração vai conseguir tratar 100% do esgoto da cidade, como tem anunciado, se faltam apenas sete meses para o fim da gestão.
O secretário destacou que apenas 8% do esgoto da cidade é tratado, reconhecendo que o número é baixo para uma cidade como Juiz de Fora. Disse também que a licitação para a escolha da empresa que vai ficar responsável por tratar o restante do esgoto da cidade já foi realizada, com custo estimado em R$ 110 milhões. "Só está faltando a licença ambiental para a assinatura da ordem de serviço. O Comdema [Conselho Municipal de Meio Ambiente] tem uma reunião ainda este mês. Conseguindo a licença, em 30 dias começaremos as obras", disse, acrescentando que, diante da situação, o Córrego Matirumbide poderá ser um dos primeiros a passar pela despoluição.
Por fim, o vereador José Tarcísio, que fechou a audiência pública, fez um apelo ao secretário para que a atual administração faça intervenções no Córrego Matirumbide até o final de 2012, argumentando que parte da canalização já está pronta.
Os textos são revisados por Mariana Benicá