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Sexta-feira, 22 de maio de 2009, atualizada às 19h27

Prefeitura vai cortar o ponto dos profissionais da saúde que aderirem às paralisações

Clecius Campos
Repórter

O secretário de Administração e Recursos Humanos (SARH), Vitor Valverde, informou, em entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira, dia 22 de maio, que vai cortar o ponto de médicos e dentistas que aderirem às paralisações marcadas para os próximos dias 26 e 27 de maio. Os profissionais que cruzaram os braços na última quinta-feira, dia 21 de maio, também serão considerados faltosos.

"A Prefeitura não pode dar o aumento de 25% solicitado pelo Sindicato dos Médicos por motivos já apresentados anteriormente. Estamos vivendo um momento de enorme dificuldade financeira, durante o qual a grande obra que precisa ser feita é a organização financeira do município."

Para Valverde, o argumento de que os médicos recebem 25% a menos do que os demais profissionais de ensino superior da Prefeitura não é convincente. "Esses profissionais recebem 25% a menos porque trabalham metade da carga horária dos demais. Ainda assim, eles ganham 75% do salário. Não há porque conceder aumento sob essa justificativa."

Sobre a situação dos dentistas, Valverde afirma que a categoria foi representada oficialmente pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sinserpu), já que o sindicato da classe não teria apresentado pauta de reivindicações nem solicitado audiência à SARH. "Sendo assim, eles foram contemplados com o acordo firmado com o Sinserpu. Os profissionais que recebem menos serão beneficiados."

Greve dos professores

Segundo Valverde, a greve dos professores está prestes a causar um dano irrecuperável ao município. O secretário não descarta o corte no ponto dos funcionários. "Isso ainda não ocorreu porque há possibilidade de reposição das aulas. Essa é uma condição da qual a secretaria não vai abrir mão."

Sobre a negociação, a Prefeitura voltou atrás e não pretende propor novamente as condições anunciadas na última quarta-feira, dia 20 de maio. A ideia é reencaminhar a proposta aceita pelo Sinserpu. "Como o sindicato se posicionou contra a aceitação daquela alternativa, vamos retirá-la da pauta."

Os textos são revisados por Madalena Fernandes